Varejo desperta para as certificações greenbuilding

Redes de lojas e de restaurantes buscam soluções de desempenho para reduzir consumo de água e de energia elétrica

Sandrino Beltrane, do GBCI Inc.: crescimento de 40% na busca de certificações LEED em 2019, em relação a 2018. Crédito: GBC Brasil
Sandrino Beltrane, do GBCI Inc.: crescimento de 40% na busca de certificações LEED em 2019, em relação a 2018.
Crédito: GBC Brasil

O varejo é o novo protagonista das construções sustentáveis no Brasil. Liderado por redes de lojas e de restaurantes, o setor fez crescer 40% o volume de certificações LEED (Leadership in Energy and Environmental Design [Liderança em Energia e Design Ambiental]) em 2019, na comparação com 2018. “O varejo é o principal contratante de certificações Greenbuilding em 2019”, confirma Sandrino Beltrane, Head de Desenvolvimento de Negócios no Brasil pelo GBCI Inc. (GreenBuilding Certification Institute), em palestra no GreenBuilding Brasil 2019.

O segmento também é responsável pelo aumento da diversificação no número de clientes e tipo de empresas. Segundo Beltrane, 60% dos novos registros estão ligados ao varejo. Até outubro de 2019, houve 115 solicitações de certificações LEED no Brasil. “A gente percebe a democratização dos conceitos de construção sustentável. Saiu da esfera do real estate (mercado imobiliário residencial) e também não está mais confinado ao topo da pirâmide do setor produtivo. Antes, apenas as indústrias brasileiras de grande porte e as multinacionais buscavam certificações. Hoje vemos indústrias de pequeno e médio porte, além do varejo”, cita o palestrante.

De acordo com o Head de Desenvolvimento de Negócios no Brasil pelo GBCI Inc., o varejo, por exemplo, é bem objetivo em sua busca pela certificação. “O mercado de varejo clama por desempenho”, diz. Ou seja, as redes de lojas e restaurantes querem soluções para reduzir consumo de água, de energia elétrica e de resíduos. Um case é a rede de lojas Renner. A empresa já possui três edificações com o selo LEED, após superar requisitos para a redução no consumo de água em 72% – o objetivo inicial era de 45% de economia – e atingir a meta quanto à reciclagem e reutilização de resíduos, que alcançou 80% – 5% acima dos 75% fixados pelo USGBC.

Além do comércio, cresce a demanda por certificações voltadas a bairros inteligentes

As medidas para alcançar esses níveis de desempenho incluem o aproveitamento de água de chuva, o uso de lâmpadas LED, de madeira certificada e de tintas e adesivos com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. O USGBC também exigiu a coleta seletiva na operação e o controle da qualidade do ar interno durante a fase de construção. A unidade da Renner no shopping RioMar, em Fortaleza-CE, foi a primeira a obter o selo LEED Silver, em 2015. Já em 2018 foi a vez do prédio administrativo da empresa, em Porto Alegre-RS, reconhecido na categoria LEED Gold.

Em sua palestra no GreenBuilding Brasil 2019, Sandrino Beltrane destacou também a crescente demanda por certificações a bairros inteligentes. Recentemente, foi concedido ao empreendimento Cidade dos Lagos, em Guarapuava-PR, o primeiro LEED Communities do Brasil. O condomínio atende uma área com 3 milhões de m2, que reúne indústria, comércio, escolas, hospitais, prédios corporativos e habitacionais. “O conceito de construção sustentável vem mexendo com paradigmas em vários segmentos e mudando as cidades”, finaliza Beltrane.

Veja o vídeo da palestra no GreenBuilding Brasil 2019

Entrevistado
Reportagem com base na palestra de Sandrino Beltrane, Head de Desenvolvimento de Negócios no Brasil pelo GBCI Inc. (GreenBuilding Certification Institute), no GreenBuilding Brasil 2019

Contato
contato@gbcbrasil.org.br

 

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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