Uso do BIM já consegue reduzir 10% do custo da obra
Dados foram apresentados em seminário sobre a disseminação da ferramenta, promovido pela ABDI e a ABRAMAT
Paralelamente à FEICON 2019, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (ABRAMAT) promoveram o 2º Seminário de Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção no Brasil. O evento mostrou dados reveladores. Entre eles, o de que quem já está usando o BIM (do inglês, Building Information Modelling) em seus projetos tem reduzido em até 10% o valor total da obra.
Apesar de a ferramenta elevar o custo com TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), design, arquitetura e engenharia, existe a compensação ao diminuir gastos com desperdício de insumos e outros materiais de construção, além de um gerenciamento mais eficaz da mão de obra, reduzindo retrabalhos. “Nosso objetivo é contribuir para a mudança de paradigma da construção civil no Brasil. E nesse ponto, o BIM é uma revolução”, diz a coordenadora de difusão tecnológica da ABDI, Talita Daher.
Registro histórico mostra que o BIM teve a primeira incursão no Brasil em 2004. Após uma década de expansão, a ferramenta passou a ser deixada de lado por escritórios de engenharia e arquitetura, a partir de 2014. Motivo: o aprofundamento da crise econômica inibiu o investimento em softwares, em computadores mais potentes, em pessoal especializado e em tempo maior para desenvolver os projetos.
Expectativa é de que até 2028 o BIM esteja totalmente integrado à construção civil brasileira
Convicto de que o BIM é eficaz no monitoramento de desvios em obras públicas, o governo federal decidiu incentivar o uso da ferramenta. “O governo está absolutamente comprometido com a disseminação do BIM. Prova disso é que a estratégia, lançada em maio de 2018, envolveu a participação de nove ministérios. As ações estão em curso e a meta é que, até 2028, o BIM esteja integralmente adotado pelo setor, inclusive como critério para as obras públicas”, aponta a subsecretária da Indústria, da Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade (SEPEC), do Ministério da Economia, Talita Saito.
O plano prevê que a primeira fase de exigência do BIM em obras públicas comece em 1º de janeiro de 2021, com os projetos de arquitetura e de engenharia. A segunda fase terá início em 1º de janeiro de 2024, quando envolverá projetos de execução. A última etapa iniciará em 1º de janeiro de 2028, com abrangência total da obra: projetos, execução e pós-obra (gerenciamento e manutenção). “O BIM é um instrumento de economia de escala, mas só vai pegar com o envolvimento e a cooperação do setor produtivo”, destaca a subsecretária.
Para que essas metas sejam atingidas, a Biblioteca Nacional BIM (BNBIM) é fundamental. A plataforma faz parte da Política Nacional de Disseminação do BIM, também conhecida como Estratégia BIM BR. Atualmente, a primeira biblioteca BIM pública no mundo conta com 1,6 mil itens.
Acesse a Biblioteca Nacional BIM
https://plataformabimbr.abdi.com.br/bimBr/#/
Assista a íntegra do 2º Seminário de Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção no Brasil
https://www.youtube.com/embed/_71FT8RdldE
Entrevistado
Reportagem com base em dados apresentados no 2º Seminário de Disseminação do BIM e a Indústria de Materiais de Construção no Brasil
Contato
abdi@abdi.com.br abramat@abramat.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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