Urbanização no Brasil cresceu 19% de 2015 a 2019, segundo IBGE
País tem 45.945 km² de áreas urbanizadas, o que corresponde a 0,54% do território total brasileiro
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa que mostra que as áreas urbanizadas cresceram 19% entre 2015 e 2019. Estão inclusos nesta estatística aglomerados de casas, ruas e edificações.
De acordo com IBGE, o Brasil tem 45.945 km² de áreas urbanizadas. Apesar de parecer um número alto, ele corresponde a 0,54% do território total brasileiro.
Urbanização x setor imobiliário
Para Luis França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o mercado imobiliário é o grande responsável pela construção das cidades e essa alta demanda favorece o desenvolvimento delas. “Trata-se de um setor que tem um efeito direto na prosperidade econômica de diversas regiões do Brasil, visto que ele movimenta 97 atividades econômicas e é responsável pela geração de 10% dos empregos no país. Obviamente, quanto maior a diversidade econômica dos locais onde ocorre o aumento da urbanização mais perene será o impacto na economia. Portanto, a urbanização fortalece o desenvolvimento dos municípios brasileiros, estimula o transporte público, atrai investimentos, melhora a segurança e outros itens que impactam na qualidade de vida da população brasileira”, aponta França.
Déficit habitacional no Brasil
O crescimento das cidades e a concentração da população nacional em médios e grandes municípios é um reflexo da transição urbana iniciada no final do século XIX e acelerada a partir da década de 60 do século passado. “Como resultado, atualmente, 85% da população brasileira vive em centros urbanos impondo uma série de desafios no combate ao déficit habitacional. Por outro lado, é preciso considerar que o aumento da população urbana gera uma demanda por imóveis formais, que pode ser amplamente respondido pelo setor imobiliário, mas faz-se cada vez mais necessários programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida; uma legislação cada vez mais clara que favoreça o investimento em novos empreendimentos e acesso a crédito para investidores e consumidores. Isto pode garantir, ainda, o desenvolvimento destas localidades e geração de empregos. Sem estas medidas, o déficit habitacional pode aumentar”, explica França.
A pesquisa do IBGE apontou que o Brasil possui uma concentração habitacional forte no litoral, seguindo um padrão iniciado ainda na colonização. A costa tem 443 municípios, que representam 27% do território nacional e 8% das áreas urbanizadas. Fora do litoral, as cidades se concentram alinhadas com vias de circulação, como rodovias. “O litoral brasileiro compreende uma extensão de 7,4 mil quilômetros, portanto, dado a sua dimensão, é natural o desenvolvimento imobiliário. Todavia, os investimentos em empreendimentos no litoral brasileiro são parte do próprio projeto de desenvolvimento das cidades brasileiras, em um processo de urbanização iniciado há décadas. O dinamismo econômico de algumas cidades litorâneas, que aos poucos deixam de ser meros pontos turísticos com a expansão de polos industriais também atraem investimentos imobiliários de todos os tipos”, destaca França.
Por fim, a pandemia do coronavírus e o home office podem ter alterado alguns comportamentos de consumo e estimulado o trabalho remoto diretamente de cidades litorâneas, aliado às plataformas de locação de imóveis online. Um exemplo disso é que dados do DataZAP+ do segundo trimestre de 2021 apontam que houve aumento da participação das buscas de 1,49 p.p. por imóveis nas cidades do litoral do Estado – Santos, Praia Grande, Guarujá, São Vicente, Bertioga e Caraguatatuba. “Isto atrai investimentos de todos os tipos, gera empregos, tributos e contribuem para a diminuição do déficit habitacional”, conclui França.
Fonte
Luis França é presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC)
Contato
Assessoria de imprensa: marcos.araujo@loures.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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