Universidade investe em produção intelectual continuada para recompor perdas ao mercado
Em busca de mão de obra qualificada, indústria tem assediado com mais frequência mestres e doutores, mas ambiente acadêmico tem conseguido suprir demanda por recursos humanos.
Por: Altair Santos
O maior interesse das empresas em desenvolver departamentos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) tem atraído mestres e doutores do mundo acadêmico para a iniciativa privada. Atentas, para que não haja uma dispersão de cérebros em seus corpos docentes, as universidades intensificam a produção intelectual continuada, através de seus programas de pós-graduação. “Hoje, a formação de recursos humanos está estruturada para suportar eventuais perdas ou trocas de docentes de seus quadros. As linhas de pesquisa englobam vários docentes e a saída esporádica de alguns deles não diminui a capacidade destes programas em formar recursos humanos de alta qualidade no mestrado e no doutorado”, explica o professor-doutor Edilson Sérgio Silveira, coordenador geral dos programas de pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
No âmbito das empresas, o Brasil ocupa posição desfavorável em produção de conhecimento, se comparado a outros países. Por isso, Edilson Sérgio Silveira avalia como positivo o fato de algumas companhias estarem investindo nesta área, nem que isso resulte em perdas para o universo acadêmico. Ele ressalta, porém, que isso seria mais interessante se ocorresse em conjunto com as universidades. “Algumas empresas desenvolvem esta construção de conhecimento e de desenvolvimento tecnológico em parceria com as universidades, mas são poucas. A Petrobras é um destes exemplos. É preciso entender que um ambiente favorável à pesquisa engloba não apenas infraestrutura física, como laboratórios e equipamentos, mas também grupos de pesquisadores de alto nível. O investimento é custoso, mas essencial para manter a empresa competitiva”, diz.
No entanto, o pesquisador que se transfere de uma universidade para a iniciativa privada precisa saber que irá encontrar um ambiente diferenciado para desenvolver seu trabalho. “A postura do pesquisador em um ambiente de empresa é diferente da apresentada em ambiente acadêmico, mesmo porque os objetivos são outros. A função primordial da academia é a formação de recursos humanos de altíssima qualidade. Já a função da empresa é a obtenção de lucro através do desenvolvimento de novos produtos. Este tipo de pressão pode sim influenciar o desempenho do pesquisador no mercado fora da academia. Por isso, em algumas áreas, é crucial a parceria entre empresa e universidade”, alerta o coordenador dos programas de pós-graduação da UFPR.
A Cimento Itambé mantém desde 2007 um Convênio com a Universidade Federal do Paraná e dentro deste Convênio, está patrocinando em 2011 uma pesquisa sobre concreto junto à cadeira de Materiais de Construção com o envolvimento de dois professores e três alunos bolsistas da graduação.
O Brasil forma atualmente cerca de 12 mil doutores por ano e 36 mil mestres. Em algumas áreas, no entanto, ainda faltam pesquisadores. É o caso das engenharias, onde o mercado tem competido muito com a pós-graduação pelos profissionais. “Certamente, essa dificuldade passa também pela perspectiva de um salário maior do que o incentivo oferecido por uma bolsa de doutorado ou mesmo de mestrado que o aluno receberia durante sua estadia num programa de pós-graduação”, avalia Edilson Sérgio Silveira. Para reverter esse quadro, algumas universidades têm incentivado a cultura empreendedora em seus alunos. Assim, dentro do próprio universo acadêmico eles começam a incubar empresas com caráter inovador. Na UFPR, essa prática permitiu que o número de pós-graduados crescesse 8% de 2008 para cá. Em 2010, a universidade titulou 800 mestres e 250 doutores.
As agências de fomento também têm sido aliadas das universidades para segurar seus pesquisadores. “A UFPR, assim como outras instituições deste porte, incentiva seus pesquisadores a obter financiamento para suas pesquisas nas instituições
de fomento. Também submetemos, como instituição, vários projetos para estas agências de fomento, de modo a garantir um nível de investimento em infraestrutura e equipamentos. Com isso, foi possível fazer com que tanto o número de programas de pós-graduação quanto o número de alunos destes programas aumentasse nos últimos anos”, conclui o professor-doutor Edilson Sérgio Silveira.
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
18/12/2024
Obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte foram iniciadas
Em setembro de 2024, tiveram início as obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte. Com uma extensão de 10,5 km e sete novas estações, a linha conectará a Estação Nova Suíça ao…
18/12/2024
Construção civil deve encerrar com crescimento de 4,1% em 2024 e superar a média nacional do PIB
O ano de 2024 marcou um período de crescimento expressivo para a construção civil no Brasil. Segundo o IBGE, o setor cresceu 4,1% no acumulado dos três primeiros trimestres,…
18/12/2024
Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade bate recorde de inscrições com projetos que transformam o setor da construção
A 25ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade alcançou um marco inédito, com 101 inscrições de projetos que propõem soluções inovadoras e sustentáveis para a…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.