UFPR tem centro de excelência para projetos de infraestrutura
Universidade abriga o Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura (ITTI) que é referência para estudos que viabilizam construções de estradas, pontes, hidrovias e portos.
Universidade abriga o Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura (ITTI) que é referência para estudos que viabilizam construções de estradas, pontes, hidrovias e portos
Por: Altair Santos
Dentro da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, funciona atualmente um dos mais importantes centros de estudo e viabilização de projetos na área de infraestrutura do Brasil. Trata-se do ITTI (Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura) que foi criado em 2009 e tornou-se em pouco tempo referência para organismos como DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente). “Um dos nossos objetivos é dar agilidade aos processos para a execução das obras. Fazemos consultorias específicas, usando o conhecimento dos professores da universidade”, explica o coordenador do ITTI, Eduardo Ratton.
Uma peculiaridade do instituto é que ele pode requisitar o conhecimento de qualquer setor da UFPR. “Não são apenas os professores da área de engenharia da universidade que prestam serviço. Os estudos são multidisciplinares e exigem uma série de profissionais. Por exemplo, o porto de Manaus recentemente nos solicitou uma análise de contratos de concessão. Neste caso, foram convocados professores do departamento de contabilidade da universidade”, revela o coordenador do ITTI. “Para cada solicitação, montamos um grupo de trabalho”, completa.
O ITTI não se envolve em execução de obras, mas pode determinar qual sistema construtivo é o mais adequado para o projeto. Isso é normal quando o instituto é acionado para realizar estudos sobre rodovias. “Em nossas análises de viabilidade técnica, econômica e ambiental contamos com um software que aponta, por exemplo, qual o pavimento mais adequado para determinado tipo de estrada. Ele considera o tráfego que aquela rodovia vai receber, o desgaste que isso vai gerar e recomenda se o ideal para aquele trecho é receber pavimento asfáltico ou de concreto. São vários parâmetros que entram nesta análise, e que permitem ao DNIT optar pela melhor solução”, revela Ratton.
Pelos projetos que abraça, o ITTI agrega não só inovação à UFPR, mas cria um orçamento extra para a universidade, gerando recursos para o investimento em equipamentos e pesquisa. “Estamos constantemente comprando máquinas, comprando computadores, comprando uma série de instrumentos auxiliares, que permitem que esta prestação de serviços seja realizada. E estes equipamentos depois ficam todos na universidade”, diz o coordenador do instituto. Segundo Eduardo Ratton, perto de 30% dos valores recebidos pelo ITTI é investido em equipamentos.
O instituto tem três programas: G Pontes, G Rodovias e G Hidrovias. São estudos de gestão ambiental – mais conhecidos como EIA (Estudo de Impacto Ambiental) – para obras já realizadas ou que estão em andamento. Entre elas, uma ponte de 1.400 metros sobre o rio Paraná, na BR-262, que vai ligar as cidades de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e Castilho, em São Paulo. “Mais um exemplo: fizemos uma avaliação para a BR-285, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que está para ter sua construção anunciada”, diz o coordenador do ITTI.
Outra avaliação do instituto abrange a construção de uma hidrovia no rio Paraguai, na região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. “Fizemos uma modelagem hidrodinâmica e morfológica para verificar que consequências a dragagem do rio trará para o meio ambiente da região”, finaliza Eduardo Ratton. Desde que foi criado, o ITTI já analisou projetos para obras em dez estados do Brasil.
Entrevistado
Eduardo Ratton, coordenador do ITTI (Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura) da UFPR
Currículo
– Graduado em engenharia civil pela UFPR
– Possui mestrado em Geotecnia, pela Universidade Livre de Bruxelas (Faculdade de Ciências Aplicadas)
– Tem doutorado em Ciências Aplicadas, na área de Planejamento e Transportes da Universidade livre de Bruxelas (Faculdade de Ciências Aplicadas)
– Conta com pós-doutorado em Ciências da Terra pela Universidade de Bonn (Alemanha)
Professor titular do departamento de transporte da UFPR
Contato: eduardo@ambientec.brtdata.com.br
Crédito Foto: Divulgação/UFPR
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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