Aliança Trump-Putin pode viabilizar maior estrada do mundo

Chamada de Trans-Eurasian Belt Development, rodovia ligaria Londres a Nova York, cruzando toda a Rússia e o estreito de Bering

Chamada de Trans-Eurasian Belt Development, rodovia ligaria Londres a Nova York, cruzando toda a Rússia e o estreito de Bering

Por: Altair Santos

Já imaginou um complexo rodoferroviário entre Londres e Nova York, cruzando a Rússia siberiana de ponta a ponta e atravessando o estreito de Bering? O projeto pode sair do papel se a aliança entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin se estreitar, como parece ser a tendência. A megaobra já tem até nome: Trans-Eurasian Belt Development. O plano prevê o aproveitamento de rodovias e ferrovias já existentes na Europa, na Rússia e nos Estados Unidos, combinado com a construção de novos trechos que encurtariam a distância.

Desafio da rodovia é construir uma estrutura que possibilite cruzar o Estreito de Bering, entre a Rússia e o Alasca, nos Estados Unidos
Desafio da rodovia é construir uma estrutura que possibilite cruzar o Estreito de Bering, entre a Rússia e o Alasca, nos Estados Unidos

Entre traçados novos e antigos, a Trans-Eurasian Belt Development terá 20.776 quilômetros. Para superar o estreito de Bering, precisará da construção de uma megaponte com 88,5 quilômetros, ligando os pontos mais próximos entre os dois continentes (Ásia e América) ou um túnel submarino. Tecnologia e engenharia de ponta para viabilizar essas estruturas já existem. Porém, há dois obstáculos: o alto custo, estimado em 75 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 230 bilhões), e o afastamento do maior incentivador do projeto, o russo Vladimir I. Yakunin, que dirigia a Russian Railways até agosto de 2015, quando foi exonerado do cargo.

Antes de deixar a direção da estatal russa responsável por ferrovias no país, Vladimir I. Yakunin afirmou que o projeto não deve ser incentivado apenas pelo governo russo. “É um projeto que está acima das nações, é internacional, intercontinental”, disse. No papel, a Trans-Eurasian Belt Development passaria por nove países: Estados Unidos, Rússia, Bielorrússia, Polônia, Alemanha, Holanda, Bélgica, França e Inglaterra. O maior trecho, no entanto, ficaria em território russo: 9.977 quilômetros. Por esses cálculos, teriam de ser construídos 836 quilômetros de rodovias novas, sem aproveitar os traçados já existentes.

China saiu na frente

Traçado da Trans-Eurasian Belt Development passaria por nove países
Traçado da Trans-Eurasian Belt Development passaria por nove países

A Trans-Eurasian Belt Development serviria ao transporte de cargas e de turistas. Para a Rússia de Vladimir Putin e os Estados Unidos de Donald Trump, seria a oportunidade de confrontar o crescimento econômico da China, que em 2014 anunciou projeto com as mesmas características da antiga Rota da Seda. A diferença para a proposta russa é que o governo chinês estaria disposto a bancar 80% da obra, avaliada em US$ 50 bilhões (cerca de R$ 160 bilhões), e o plano envolveria, além de rodovias e ferrovias, um cinturão marítimo com a construção de portos estratégicos e a ampliação do Canal de Suez, no Egito, para receber supernavios.

Outra característica do projeto chinês é que a rota Eurásia cruzaria 21 países (China, Bangladesh, Malásia, Camboja, Laos, Mongólia, Mianmar, Cazaquistão, Paquistão, Azerbaijão, Índia, Irã, Iraque, Nairobi, Egito, Grécia, Turquia, Rússia, Alemanha, Áustria e Itália) em vez dos nove do plano russo-americano. A megaobra ainda permitiria avanços em áreas como telecomunicações e fornecimento de energia (gás e petróleo). Resta saber qual ficará pronta primeiro: se a Silk Road Economic Belt e Maritime Silk Road, pensada pela China, ou a Trans-Eurasian Belt Development.

Saiba mais sobre o projeto chinês, clique aqui.

Entrevistado
Russian Railways (via assessoria de imprensa)

Contato
int-press@css-rzd.ru

Crédito Foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo