Tratado de Itaipu completa 50 anos

Usina Hidrelétrica deve investir US$ 1 bilhão para modernizar sua estrutura nos próximos dez anos

Hidrelétrica de Itaipu.
Crédito: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Em abril de 1973, Brasil e Paraguai assinaram um documento que continha os estudos técnicos e entendimentos diplomáticos para aproveitamento dos Recursos Hídricos do Rio Paraná, no trecho entre Guaíra e Foz do Iguaçu. No ano seguinte, foi criada a Itaipu Binacional, responsável por construir e gerenciar a usina. Dez anos depois, ela finalmente começou a gerar energia. O total pago pelo empreendimento hidrelétrico de Itaipu foi de USS 63,5 bilhões – esse valor inclui desde desapropriação de terras à construção de casas e pagamento das empreiteiras.

O ano de 2023 também marcou a liquidação da dívida contraída para a construção da hidrelétrica. As últimas parcelas foram pagas à Eletrobras e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e somam US$ 115 milhões. De acordo com o ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira, a quitação abre caminho para a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da usina.

Curiosidades de uma obra colossal

Até hoje, a obra de Itaipu é considerada a maior do Brasil e a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, perdendo somente para Três Gargantas, na China. Seu reservatório tem capacidade para um volume de 29 bilhões de m³ e 170 km de extensão. Com 196 metros, a altura da barragem principal equivale a um prédio de 65 andares. Já o seu vertedouro tem vazão máxima de 62,2 mil m³/s, o que corresponde a 40 vezes à vazão média das Cataratas do Iguaçu

Em sua obra, o volume de escavações de terra chegou a 23,6 milhões de m³, 8,5 vezes superior ao do Eurotúnel (que liga França e Inglaterra sob o Canal da Mancha). Já o volume de concreto utilizado foi de 12,7 milhões de m³ – este número seria suficiente para construir 210 estádios de futebol como o do Maracanã, no Rio de Janeiro. Por fim, a quantidade de ferro e aço utilizados permitiria a construção de 380 Torres Eiffel.

Modernização e evoluções tecnológicas

Com o objetivo de garantir o adequado desempenho da hidrelétrica, concebeu-se o Plano de Atualização Tecnológica (PAT), um projeto de grande envergadura, superando até mesmo a própria construção da usina em termos de complexidade. Em março de 2022, celebrou-se o primeiro acordo referente ao PAT, com o Consórcio Modernização de Itaipu (CMI). O projeto completo estipula uma década de atividades e implica um aporte financeiro de aproximadamente US$ 1 bilhão.

Uma dessas ações foi o recente escaneamento 3D de toda a Área Industrial. Este processo criou uma espécie de retrato tridimensional fidedigno de toda área industrial, incluindo a parte externa, segundo Angelo Mibielli, representante da Superintendência de Engenharia no Colegiado de Apoio da Gerência Executiva do Plano da Atualização Tecnológica (PAT). Este processo possibilitará converter este material para o formato BIM e, consequentemente, facilitará o acesso às informações referentes à usina, como medidas exatas de todas as dimensões, incluindo metragem de cabos, fibras óticas, tamanhos de máquinas, espaços etc.

Outra atualização tecnológica que está sendo realizada atualmente na usina é a substituição de todos os cabos de força e controle e dos sistemas do controle centralizado, das unidades geradoras, da subestação isolada a gás, dos serviços auxiliares, do vertedouro e de medição e faturamento. Este processo é necessário para implantar tecnologias digitais mais atuais nos sistemas e equipamentos elétricos e eletrônicos, segundo a gerente executiva do Comitê Gestor do Plano de Atualização Tecnológica, Renata de Biasi Ribeiro Tufaile.

Ainda, uma modernização será feita na Subestação da Margem Direita, que liga Itaipu ao sistema elétrico paraguaio e ao sistema de corrente contínua de Furnas, que transmite parte da energia de Itaipu ao Brasil.

Por fim, a Itaipu Binacional também vem investindo desde 2018 em obras de infraestrutura na região Oeste do Paraná, o que inclui estradas, aeroportos, ponte, hospitais, praças e ciclovias. 

Fontes

Angelo Mibielli é representante da Superintendência de Engenharia no Colegiado de Apoio da Gerência Executiva do Plano da Atualização Tecnológica (PAT).

Renata de Biasi Ribeiro Tufaile é gerente executiva do Comitê Gestor do Plano de Atualização Tecnológica. 

Contato
Assessoria de imprensa: imprensa@itaipu.gov.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP



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