Cimento e plástico se unem para gerar tijolo do futuro
Criado na Inglaterra, produto se inspira no brinquedo Lego e possui encaixes que economizam argamassa e melhoram desempenho termoacústico
Criado na Inglaterra, produto se inspira no brinquedo Lego e possui encaixes que economizam argamassa e melhoram desempenho termoacústico
Por: Altair Santos
O conceito-matriz do brinquedo Lego, que permite se construir quase tudo encaixando peças, foi o que levou a empresa inglesa Ecomat Research a desenvolver o “tijolo do futuro”. O objeto une plástico reciclável, cimento e gesso em um único produto e pode ser assentado com encaixes, gerando economia de argamassa. Com 33 centímetros de comprimento e 25 centímetros de altura, o bloco pesa em torno de dois quilos e possui boas propriedades termoacústicas, além de resistência à chuva, ao vento e à maresia.
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Por causa destas propriedades, nos testes a que foi submetido o “tijolo do futuro” mostrou-se mais eficiente para proteger concreto e armações de patologias. Isso porque, comprovou ser imune a fungos e bactérias. Chamado tecnicamente de elemento modular, pelo fabricante, o novo tijolo já foi apresentado em feiras na Itália e na Romênia como uma opção competitiva para construções rápidas, como stands e showroom. Recentemente, o produto entrou em outra fase de aplicação, permitindo a construção de casas de baixo custo para refugiados e vítimas de cataclismos naturais.
Coincidentemente, o “tijolo do futuro” mostrou ter propriedades antissísmicas superiores aos tijolos convencionais. Isso se deve ao fato de que, conforme se dá o empilhamento para subir a parede, o intertravamento entre as peças ajuda a reforçar a estrutura. Além disso, defende o fabricante, trata-se de um componente com sustentabilidade comprovada, já que ele permite ser reutilizado e é construído a partir de matérias-primas recicladas, como o plástico de garrafas PET (Polietileno Tereftalato).
Norma técnica
Possibilita ainda obter mais rapidez na obra. Na construção de uma casa-modelo, a conclusão ocorreu com 1/3 a menos do tempo normal para se erguer a estrutura de uma habitação térrea com 60 m² de área. Submetido às rigorosas normas britânicas para construção, o “tijolo do futuro” foi aprovado com a seguinte recomendação: “Está em perfeita consonância com as diretrizes técnicas e procedimentos constantes da legislação atual em termos de estrutura e à prova de terremotos”.
No Brasil, o “tijolo do futuro” já foi apresentado em duas feiras: a Plastech Brasil e a Construnorte. Em 2015, será mostrado também na Feicon Batimat, que acontece em março, em São Paulo. Segundo a Ecomat Research, a expectativa de que o material prospere em países emergentes e em nações mais pobres é grande. Tanto que ela inaugurou recentemente uma fábrica em Bergamo, na Itália, para estreitar negócios com sul-americanos, africanos e países do Golfo Pérsico.
Entrevistado
Danny Smile Wahab, creative managing director (director de inovações) da Ecomat Research (via email)
Contato: future@ecomatresearch.com
Créditos Fotos: Divulgação/Ecomat Research
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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