Tendência de ficar em casa transforma arquitetura dos empreendimentos
Conceito “stay at home” promove contato com a natureza, mudanças no ambiente de trabalho e cômodos maiores

Crédito: Divulgação/Blue Heaven
Um estudo recente publicado no The Journal of the American Association revelou que, embora tenha havido uma leve recuperação entre 2021 e 2022, o tempo dedicado a atividades fora de casa diminuiu significativamente em 2023, com uma redução de 53 minutos diários em comparação a 2019, período pré-pandemia, entre os americanos. Aqui no Brasil, o percentual de brasileiros que trabalham em seu domicílio de residência é de 8,3% do total, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Em 2019, antes da pandemia, este percentual era de 5,8%. Diante deste cenário, como o home office vem impactando a construção de novos imóveis?
Contato com a natureza
Para Fabricio Bellini, diretor da Blue Heaven Empreendimentos, uma das principais tendências é um maior contato com a natureza. “Eu diria que no Brasil temos uma tela viva, uma conexão direta com a natureza, que já faz parte do nosso ambiente e da nossa origem. Sempre moramos em casas, com essa relação direta com o espaço ao redor. Os apartamentos surgiram depois, por questões de mobilidade e praticidade, mas a essência de viver em um ambiente onde você pode estar em contato com a natureza e sentir que está em uma verdadeira casa nunca deixou de existir. Hoje, após tantas mudanças que vivemos nos últimos anos, as pessoas passaram a valorizar mais essa possibilidade de ter um ambiente que proporcione bem-estar, seja em casa ou no trabalho”, comenta Bellini.
E isso também se reflete nos projetos, pois uma das tendências mais fortes na arquitetura atualmente é o retorno às nossas origens, à simplicidade genuína. “A ideia de voltar ao primitivo, ao que é essencial e verdadeiro, tem sido cada vez mais valorizada. A arquitetura tem se voltado para esse resgate da essência, buscando criar espaços que verdadeiramente conectem as pessoas ao seu ambiente de forma simples, mas autêntica”, afirma Bellini.

Crédito: Divulgação/Blue Heaven
Mudança no ambiente de trabalho
Esse conceito de ambiente de trabalho também tem mudado. “Estamos repensando a ideia do escritório como um lugar pesado e desconfortável e tentando transformá-lo em um espaço mais agradável, porque passamos a maior parte do tempo entre nossa casa e nosso trabalho. A qualidade de vida precisa estar presente em ambos os lugares, para que possamos realmente usufruir deles de forma plena”, explica o diretor da Blue Heaven Empreendimentos.
Apesar de uma parte das pessoas já ter voltado ao trabalho presencial, o conceito de ter um espaço dedicado em casa para atividades como estudos ou até mesmo para algumas demandas profissionais ainda é muito valorizado. “Não se trata apenas de ter um local para trabalhar, mas de ter um ambiente agradável, que proporcione conforto e bem-estar. No nosso caso, além de oferecer a opção de home office dentro do apartamento, também incluímos um escritório de uso dos moradores. Acredito que o home office tem um caráter mais pessoal, voltado para as necessidades e atividades individuais de cada um. Embora as pessoas tentem se desconectar do trabalho, é quase impossível não trazer um pouco dele para dentro de casa, principalmente com a rotina moderna”, expõe Bellini.
Bellini acredita que o escritório de uso dos moradores serve para situações mais profissionais. “Por exemplo, se eu preciso fazer uma reunião ou atender alguém, posso fazê-lo nesse espaço, sem a necessidade de levar a pessoa para minha casa. Isso permite que eu mantenha a minha privacidade enquanto ainda consigo atender demandas externas de forma prática e confortável. Esses dois espaços — o home office para minhas atividades pessoais e o escritório para atender outras pessoas — oferecem flexibilidade e a possibilidade de trabalhar de maneira mais equilibrada entre o ambiente doméstico e o profissional”, comenta.

Crédito: Divulgação/Blue Heaven
Mais espaço
O diretor da Blue Heaven Empreendimentos destaca que hoje há uma busca crescente por casas maiores, especialmente após a pandemia. “As pessoas têm valorizado mais o espaço, e a casa, em sua maioria, é grande. Um exemplo claro disso é a procura por suítes amplas e salas confortáveis, pois esses são os ambientes mais usados no dia a dia, com destaque para a suíte master. Isso se torna um grande diferencial para os clientes, que buscam espaços mais generosos para o convívio. Tenho um exemplo de um cliente que mora em uma cobertura triplex com sua esposa e filha. E esse tipo de situação não é isolado. Conheço empreendimentos em Curitiba, por exemplo, onde há apartamentos de 800 metros quadrados, e, ao visitá-los, nos surpreendemos ao saber que moram lá apenas o casal e um filho. Isso mostra que as pessoas realmente gostam de ter mais espaço, o que, sem dúvida, traz muito conforto, especialmente para quem gosta de receber amigos e familiares. Esse é um dos principais motivos pelo qual as pessoas têm buscado imóveis com mais amplitude”, aponta.
Entrevistado
Fabrício Bellini é diretor da Blue Heaven Empreendimentos e especialista em mercado imobiliário com mais de 20 anos de experiência.
Contato
Assessoria de imprensa – redacao2@rotascomunicacao.com.br
Jornalista responsável:
Marina Pastore – DRT 48378/SP
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A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
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