Tecnologia em concreto recupera estradas no PR

Concessionárias reconstroem pontes e investem em contenção de encostas para superar danos causados pelas chuvas nas BR-277 e BR-376, no litoral paranaense.

Concessionárias reconstroem pontes e investem em contenção de encostas para superar danos causados pelas chuvas nas BR-277 e BR-376, no litoral paranaense

Por: Altair Santos

Em março de 2011, duas das principais rodovias federais que cruzam o Paraná foram afetadas por enxurradas, que causaram destruição de pontes e deslizamentos. Na BR-277, entre Curitiba e Paranaguá, a concessionária Ecovia estima que até setembro todas as obras de recuperação estejam finalizadas. Elas incluem a reconstrução de três pontes: a do km 26, sobre o Rio Sagrado II, que teve sua cabeceira danificada, e as do km 24, no Rio Sagrado I, e km 18, no Rio Jacareí, que foram totalmente destruídas.

Evandro Couto Vianna, diretor-superintendente da Ecovia

Para acelerar as obras, a Ecovia optou por recuperar a ponte sobre o Rio Sagrado II, na região do município de Morretes, utilizando estruturas em aço. O uso desta tecnologia é permitido por que a estrutura da obra não foi comprometida. “Somente suas cabeceiras foram danificadas. Daí a utilização da técnica. Já as pontes do quilômetro 24 e do quilômetro 18 terão novos projetos da engenharia, com estrutura em concreto”, revela Evandro Couto Vianna, diretor-superintendente da concessionária.

O representante da Ecovia explica que a causa dos danos nas pontes não foi o fato de elas serem antigas – algumas com mais de 30 anos – mas a quantidade de entulhos trazida pela enxurrada, o que gerou pressão sobre as estruturas, resultando na queda. “Além do que, apesar de terem estruturas antigas, as pontes são periodicamente inspecionadas por equipes da concessionária e recebem manutenção sempre que necessário”, completou.

Além das obras de recuperação a cargo da Ecovia, outras pontes em rodovias estaduais localizadas no litoral paranaense também serão recuperadas. O investimento soma R$ 7.440.808,00 e será feito pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para reerguer quatro pontes em concreto na PR-408 – sobre o Rio Sagrado II, com 50 metros de extensão; sobre o Rio Sambaqui, com 28 metros; sobre o Rio Sapitanduva, com 44 metros, e sobre o Rio São Joãozinho Feliz, com extensão de 40 metros. “Nosso objetivo é restabelecer, até o segundo semestre do ano, a trafegabilidade em toda a malha rodoviária estadual do litoral”, destaca o superintendente Leste do DER, engenheiro Gilberto Loyola.

BR-376

Na BR-376, principal ligação entre o Paraná e o litoral de Santa Catarina, as chuvas causaram queda de barreiras em vários trechos. Para acabar com esses transtornos, a concessionária Autopista Litoral Sul informa que as obras para contenção de encostas na rodovia estão em andamento e incluem drenagem, estabilização, implantação de barreiras de contenção, aplicação de concreto (cortina atirantada) e grampeamento do solo.

A cortina atirantada é uma tecnologia de contenção em concreto armado e é recomendada para cortes em terrenos com grande carga ou que apresentem pouca estabilidade. O processo de execução normalmente é dividido em quatro etapas: perfuração, instalação dos tirantes (monobarra ou cordoalha de aço), injeção da nata de cimento e protensão dos tirantes. Já o grampeamento do solo é uma técnica de reforço de solo em que se empregam inclusões semi-rígidas denominadas grampos, que podem ser barras de aço, barras sintéticas de seção cilíndrica ou retangular, microestacas ou, em casos especiais, estacas.

Ponte sobre o Rio Sagrado II, na BR-277: estrutura não foi comprometida e enxurrada destruiu cabeceiras
Ponte sobre o Rio Sagrado I, na BR-277: destruição total da ponte exigirá reconstrução em concreto
Queda de barreira na BR-376, em março de 2011: Autopista Litoral Sul investe em tecnologia para evitar novos deslizamentos

Cortina atirantada: tecnologia será usada na BR-376, no trecho entre Paraná e Santa Catarina, para evitar desmoronamentos de terra


Entrevistado

Evandro Couto Vianna, diretor-superintendente da Ecovia

Currículo

Crédito fotos: Divulgação/Ecovia/Orlando Kissner/AEN/PRF

Por: Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330s


– Graduado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia Kennedy, de Belo Horizonte (MG)
– Possui especialização em MBA em Gestão Empresarial – Faculdade Internacional Facinter de
Curitiba/IBPEX (PR)
– Foi engenheiro chefe das áreas de Planejamento e Controle de obras da Mendes Júnior Engenharia S.A e Via Engenharia S.A
– Foi Gerente de Administração do Contrato e Gerente de Operação na Ecovia
– É diretor-superintendente da Ecocataratas, desde março de 2008, e também da Ecovia desde janeiro de 2007
Contatos: comunicacaosul@ohlbrasil.com.br / erika.martins@br.mslworldwide.com (assessoria de imprensa) / imprensa@ecovias.com.br / eversonm.nqm@ecovia.com.br (assessoria de imprensa) / http://www.ecovia.com.br
http://www.autopistalitoralsul.com.br/



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