Setor de materiais de construção aposta em otimismo e prevê crescimento de 3% para 2025
Pesquisa mensal da Abramat indica que 83% das empresas associadas planejam investir em 2025, ante 62% em 2024
O setor de materiais de construção obteve um crescimento expressivo de 5,6% no faturamento até novembro de 2024, de acordo com dados divulgados pela Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção). Este foi o primeiro resultado positivo desde 2021, refletindo um ano de trabalho intenso e colaborações entre entidades e o governo, como os programas Construa Brasil e Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB).
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, destaca que 2024 trouxe um otimismo cauteloso para o setor. “Encerramos o ano com crescimento acima do PIB em vendas ao varejo e para construtoras, o que reflete o dinamismo do mercado. Contudo, desafios como as negociações da Reforma Tributária e oscilações econômicas demandam atenção redobrada”, pontua.
Perspectivas moderadas e positivas para 2025
Para 2025, a entidade projeta um crescimento mais modesto, em torno de 3%. Essa expectativa baseia-se em fatores como a alta dos juros, que restringe o crédito imobiliário, e a inflação acima da meta, que impacta o poder de compra da população.
No entanto, o ciclo de obras lançadas e em andamento, além de programas como o Minha Casa Minha Vida e o Marco do Saneamento, sustentam uma demanda consistente por materiais de construção.
Navarro reforça a importância de iniciativas industriais e governamentais nesse cenário. “Estamos otimistas, mas com os pés no chão. O apoio aos programas habitacionais e a colaboração com entidades são fundamentais para manter o setor aquecido”, explica.

Aumento de investimentos e desafios no horizonte
Um dado que chama atenção no último Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa mensal da Abramat, é que 83% das empresas associadas planejam investir em 2025, ante 62% em 2024. Esses recursos serão direcionados à expansão da capacidade instalada e melhorias em linhas de produção, refletindo confiança no potencial de crescimento do mercado.
Apesar do otimismo, o setor enfrenta desafios significativos. Entre eles, estão os altos custos de commodities, a regulação da Reforma Tributária, a escassez de mão de obra qualificada e incertezas sobre investimentos em infraestrutura. “Precisamos superar barreiras como tributação e falta de capacitação para avançar em soluções industrializadas, que trazem maior produtividade e menor impacto ambiental”, alerta.
Industrialização como tendência e diferencial competitivo
Outro aspecto que ganha força é a industrialização no setor de construção. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que 65% das construtoras brasileiras utilizam algum tipo de solução industrializada, como kits elétricos, estruturas pré-fabricadas em concreto e drywall. Contudo, a maioria aplica essas tecnologias em menos de 50% das obras.
Navarro vê na industrialização uma oportunidade de avanço. “A adoção de tecnologias modernas aumenta a produtividade, reduz custos e impactos ambientais, mas ainda há barreiras como a tributação e modelos de financiamento que precisam ser superadas para acelerar essa transição”, conclui.
Com um balanço positivo em 2024 e planos robustos para 2025, a indústria de materiais de construção mantém-se como um pilar estratégico para o desenvolvimento econômico do país, encarando os desafios como oportunidades de inovação e crescimento.
Entrevistado
Rodrigo Navarro é presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), organização que representa e impulsiona o desenvolvimento do setor no Brasil, com o objetivo de fortalecer o ecossistema da construção civil, promovendo inovação, sustentabilidade e políticas públicas para o crescimento do mercado.
Contato:
rodrigo.navarro@abramat.org.br
Jornalista responsável
Ana Carvalho
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