SENAI adota sistemas construtivos alternativos
Objetivo é estimular setor a viabilizar obras eficazes sob o ponto de vista energético, além de minimizar desperdício de materiais e de tempo
Objetivo é estimular setor a viabilizar obras eficazes sob o ponto de vista energético, além de minimizar desperdício de materiais e de tempo
Por: Altair Santos
No Instituto SENAI de Tecnologia da Construção Civil (IST Construção Civil), localizado em Taguatinga – cidade-satélite do Distrito Federal -, é onde se concentra um importante reduto de pesquisa de sistemas construtivos focados em eficiência e sustentabilidade. O objetivo é aproveitar cada vez mais as tecnologias e os materiais que reduzam o consumo de energia e de recursos naturais, adequando o setor para viabilizar obras que promovam a redução de desperdício de materiais e de tempo.
Para credenciar sistemas construtivos com essas características, o SENAI do Distrito Federal acompanha as tendências e oferece soluções que impactam diretamente na produtividade. Para isso, o IST Construção Civil oferece consultorias, ensaios em materiais e em sistemas construtivos, a fim de apontar soluções que melhorem processos e produtos, além de adequá-los às normas técnicas, em especial a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15575:2013). “São soluções que o IST do SENAI propõe para melhorar a competitividade na construção civil”, ressalta o coordenador do instituto, o engenheiro civil Marcelo Feijão.
Feijão informa que o IST trabalha atualmente adequando a construção às plataformas tridimensionais, como o BIM, disponibilizando informações para a gestão do projeto, da obra e de toda a vida útil do prédio ou instalação que adote um sistema inovador comprovadamente eficiente e sustentável. “Isso permite diminuir o tempo gasto nos processos de fluxos logísticos, atividades de inspeção, retrabalhos e fluxos de informação quanto ao desperdício de materiais”, completa.
De EPS a cinzas de termelétricas
Uma das especialidades do IST Construção Civil do Distrito Federal é o estudo de sistemas construtivos que utilizam concreto. Recentemente, o instituto abriu negociação para adequar a tecnologia Blok Term Acoustic Systems à Norma de Desempenho. Neste sistema, as paredes são criadas a partir de placas de poliestireno expandido (EPS, ou isopor) unidas por malhas de aço e cobertas com concreto. No entanto, ainda não há confirmação de que haverá pesquisa sobre o modelo construtivo.
Além do IST em Brasília, o SENAI possui outros institutos voltados ao desenvolvimento da construção civil do país. O do Ceará, por exemplo, no momento estuda a eficácia da aplicação de cinzas oriundas da queima do carvão mineral das usinas termelétricas como agregado para produzir concreto para rodovias, blocos para alvenaria, peças cerâmicas e material para a fabricação do cimento. A pesquisa conta com o apoio da Universidade Federal do Ceará (UFC). Segundo Régis Rafael Tavares, gerente de mercado do IST cearense duas alternativas se apresentam prontas para o mercado: o uso das cinzas em obras rodoviárias e em estruturas pré-moldadas de concreto.
Entrevistado
Engenheiro civil Marcelo Feijão, coordenador do Instituto SENAI de Tecnologia da Construção Civil (IST Construção Civil) de Taguatinga-DF
Contato: ist@sistemafibra.org.br
Crédito Foto: Divulgação/SENAI
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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