Semestre mantém viés de alta para material de construção

Se preservar ritmo até o final de 2019, venda de cimento terá o primeiro crescimento após 4 anos de retração

Foto: Expansão de 1,5% na venda de cimento, ao longo do primeiro semestre de 2019, era esperada pelo SNIC Crédito: Cia. de Cimento Itambé
Expansão de 1,5% na venda de cimento, ao longo do primeiro semestre de 2019, era esperada pelo SNIC
Crédito: Cia. de Cimento Itambé

Números do primeiro semestre apontam que a venda de material de construção manterá o viés de alta para o segundo semestre de 2019. A iminente aprovação da reforma previdenciária, somada a uma agenda econômica favorável ao mercado, mostra potencial para injetar otimismo no setor. As vendas de cimento, por exemplo, registraram de janeiro a junho um total de 25,8 milhões de toneladas, com crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período de 2018.

Segundo Paulo Camillo, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), os primeiros seis meses de 2019 estiveram alinhados com as projeções do começo do ano. “Essa expansão de 1,5% no primeiro semestre era esperada pela nossa previsão. A expectativa para o segundo semestre é de um crescimento bem mais robusto”, revela. Se esse ritmo se mantiver, o SNIC estima que o ano fechará com crescimento de 3%. Caso se confirme, será a primeira alta anual após 4 anos consecutivos de retração.

O presidente do SNIC confirma que o aumento no consumo de cimento se deve ao mercado imobiliário. “O número de lançamentos imobiliários permanece numa trajetória de alta. O que também se percebe é uma maior participação dos consumidores industriais, ou seja, da construção formal nas vendas de cimento. Nesse sentido, setores como o de concreto e de artefatos a base de cimento voltaram a ganhar participação nas vendas”, afirma. O dirigente, porém, faz uma ressalva: “As empresas de cimento continuam sofrendo com as constantes pressões nos seus custos, como aumentos nos preços dos insumos, combustíveis e energia elétrica.”

ABRAMAT revisa crescimento, mas confia na melhoria do ambiente econômico

A ABRAMAT também prevê crescimento, mas revisou de 2% para 1,5% a estimativa para 2019. “Esse ajuste de meio ponto percentual para baixo se justifica frente ao resultado do PIB no primeiro trimestre e pelo ritmo de retomada da economia mais lento que o esperado”, justifica o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, Rodrigo Navarro, que segue confiando na melhoria do ambiente econômico no segundo semestre. “Percebe-se uma progressiva elevação no nível de emprego, acompanhada de medidas de estímulo à demanda, o que reforça a confiança”, diz.

Para a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o PIB da Construção deverá crescer 0,5% em 2019. Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), a previsão é atribuída, entre outros aspectos, à queda de atividade das obras de infraestrutura. Quanto aos empreendimentos imobiliários, a especialista alerta para a necessidade de acompanhar com atenção as mudanças que o governo federal pretende introduzir no programa Minha Casa Minha Vida, que responde por 67,5% das vendas do mercado, conforme os Indicadores ABRAINC-Fipe.

Já a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) vê um cenário de estabilidade. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas avançaram 0,4%, com destaque para os primeiros quatro meses de 2019, quando houve alta de 11,4% (descontados os distratos). Os lançamentos também apresentaram crescimento, com 20.652 novas unidades em todo o país. Já o estoque nacional fechou o semestre com cerca de 120 mil imóveis.

Entrevistados
Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) (via assessoria de imprensa)
Contatos
secretaria@snic.org.br

abramat@abramat.org.br
abrainc@abrainc.org.br
assessoria.fgv@insightnet.com.br



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