Revitalização da PRC-280 avança para a ligação até Clevelândia

Também foi lançado edital para dar continuidade à construção do Contorno Noroeste de Pato Branco

Em 2022, o governo do Estado do Paraná começou os estudos para a revitalização da PRC-280 com whitetopping no trecho entre Palmas e Pato Branco, atendendo também os municípios de Clevelândia e Mariópolis. Em dezembro de 2024, o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou a ordem de serviço para dar início às obras de revitalização da PRC-280, agora na ligação de Pato Branco até Clevelândia.

Nova etapa do Contorno Noroeste de Pato Branco ligará a PR-493 à PRC-158. Crédito: Roberto Dziura Jr/AEN

A intervenção viária entre Pato Branco e Clevelândia representa a fase final da revitalização da rodovia, abrangendo um trecho de 38 quilômetros. No total, a obra se estende por mais de 140 quilômetros e conta com um investimento de R$ 450 milhões.

Na mesma ocasião, também foi lançado o edital para dar continuidade à construção do Contorno Noroeste de Pato Branco. 

De acordo com o governador, os investimentos devem passar de R$ 500 milhões para o Sudoeste, com obras importantes. “O Sudoeste vem crescendo muito, ajuda muito o Paraná a também crescer, gera muito emprego, tem muita indústria vindo para cá. E nós temos que preparar a região com muitas obras para acompanhar esse crescimento”, informou Ratinho Junior. 

Uso de whitetopping

A PRC-280 foi a pioneira entre as rodovias estaduais a passar por revitalização utilizando a técnica de whitetopping, que consiste na aplicação de uma camada espessa de concreto sobre o pavimento original. O pavimento rígido está sendo implantado em 13 trechos de rodovias em diferentes regiões do Estado, totalizando aproximadamente 340 quilômetros entre obras finalizadas, em andamento e previstas.

Esse método proporciona maior durabilidade e reduz a necessidade de manutenções frequentes. Em entrevista ao Massa Cinzenta, Janice Kazmierczak Soares, diretora Técnica do DER/PR, destacou que a restauração em pavimento de concreto (Whitetopping) apresentou mais vantagens. “O custo inicial desta técnica ficou menor que o custo da restauração em pavimento asfáltico, principalmente em decorrência da alta nos preços dos ligantes asfálticos. Além disso, quando se considera o custo de manutenção, o pavimento de concreto é bem mais econômico, quando bem executado. Enquanto o pavimento asfáltico exige conservação constante a partir do segundo ou terceiro ano de vida útil, o pavimento de concreto é mais resistente, exigindo apenas a troca do material das juntas de dilatação e pequenos reparos nas placas, caso ocorra alguma patologia”, afirma Janice. 

A revitalização com whitetopping entre Pato Branco e Clevelândia compreende um trecho de 38 quilômetros.
Crédito: Roberto Dziura Jr/AEN

Dejalma Frasson Junior, gerente da Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), ressalta que, no Brasil, a pavimentação enfrenta desafios, especialmente nas vias urbanas, que apresentam deficiências e geram custos adicionais para o governo, os usuários, o setor empresarial e o meio ambiente. “Atualmente, o transporte rodoviário é o principal modal do país. No entanto, nossa malha viária pavimentada representa menos de 13% do total. Entre as soluções em crescimento, destacam-se aquelas que utilizam concreto e cimento. Ainda assim, dessas vias pavimentadas, apenas 2% a 3% contam com concreto, embora sua aplicação esteja crescendo de forma exponencial. Um dos desafios é a falta de conhecimento técnico entre os profissionais de engenharia sobre essa tecnologia, que já é utilizada globalmente há mais de 100 anos. No Brasil, sua adoção tem se intensificado apenas nos últimos 10 a 15 anos”, comenta.

Dentre os benefícios da técnica de whitetopping, a ABCP cita:

  • Maior durabilidade e, portanto, maior economia, já que há menos necessidade de manutenção;
  • A técnica reaproveita toda a infraestrutura do pavimento existente. Ainda assim, a sua durabilidade se mantém, sendo igual a de um pavimento de concreto novo;
  • A aderência dos pneumáticos à superfície do pavimento de concreto é favorecida pela existência das ranhuras artificiais, evitando aquaplanagem e proporcionando menor distância de frenagem;
  • Maior capacidade de reflexão da luz, o que exige até 60% menos iluminação em trechos urbanos e propicia melhores condições de visibilidade ao motorista, além de aumentar a segurança de tráfego;
  • Por fim, é totalmente reciclável ao fim de sua vida útil.

Contorno Noroeste

A nova etapa do Contorno Noroeste de Pato Branco ligará a PR-493 à PRC-158, complementando o primeiro trecho já concluído, que conecta a PR-493 à BR-158. O projeto tem como objetivo desviar parte do tráfego, especialmente de veículos pesados, do perímetro urbano. Com a obra, o trecho da PRC-158 que atualmente corta a cidade deverá ser municipalizado e transformado em uma avenida, melhorando a mobilidade urbana. 

A licitação será realizada por meio de concorrência eletrônica na modalidade semi-integrada, incluindo a elaboração do projeto executivo e a execução da obra em um único contrato. De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, a previsão é concluir a licitação e iniciar a obra em 2025. O prazo de entrega é mais de dois anos. 

O primeiro trecho da obra, entregue em 2021, tem 5,28 quilômetros de extensão e facilita o tráfego comercial com a PRC-280, corredor estratégico para exportação entre os municípios da divisa com Santa Catarina e os portos paranaenses.

Fontes

Governo do Estado do Paraná.

Janice Kazmierczak Soares, diretora Técnica do DER/PR.

Dejalma Frasson Junior, gerente da Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).


Jornalista responsável: 
Marina Pastore – DRT 48378/SP 
Vogg Experience 


A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



Massa Cinzenta

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