Região portuária e centro histórico do Rio viram canteiro de obras gigante
Parceria Público-Privada injeta R$ 8 bilhões na principal intervenção urbana em andamento no Brasil, e que engloba 5 milhões de metros quadrados.
Parceria Público-Privada injeta R$ 8 bilhões na principal intervenção urbana em andamento no Brasil, e que engloba 5 milhões de metros quadrados
Por: Altair Santos
A principal intervenção urbana em andamento no Brasil acontece na região portuária e no centro histórico do Rio de Janeiro. Num espaço de 5 milhões de metros quadrados, uma Parceria Público-Privada (PPP) está injetando R$ 7,6 bilhões em um plano de infraestrutura que engloba desde a transformação do sistema viário da região até investimentos em saneamento básico e telecomunicações. Batizado de Porto Maravilha, o projeto transformou a porta de entrada da capital fluminense em um gigantesco canteiro de obras. A previsão é que permaneça assim até 2015, quando toda a revitalização da área deverá estar concluída.
As obras abrangem 4 quilômetros em túneis, reurbanização de 70 quilômetros de ruas e avenidas, 650.000 metros quadrados de calçadas, reconstrução de 700 quilômetros de redes de infraestrutura urbana, além de 17 km em ciclovias. As mudanças principais no traçado virão com a construção de uma nova avenida e a substituição do Elevado da Perimetral por uma nova via expressa, que será metade em túnel e metade em nível. “Essa mudança vai aumentar a capacidade de tráfego em 50%. Além disso, está em estudo a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), interligando diversos pontos da região”, explica Jorge Luiz de Souza Arraes, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), responsável pela implantação do Porto Maravilha.
O empreendimento, além de envolver megaobras, é um desafio à engenharia, pois a região está repleta de prédios antigos – boa parte deles tombados pelo patrimônio histórico do Rio de Janeiro. “O maior desafio será a construção dos túneis do binário e da via expressa, pelo fato de serem subterrâneos e com profundidade média de 15 metros, para evitar interferências na infraestrutura urbana e nas estruturas dos edifícios. Entretanto, por se tratar de intervenção em uma região estratégica, por suas características históricas, sociais e econômica, os desafios são muito mais de gestão do processo de transformação”, analisa Jorge Luiz de Souza Arraes.
Quando concluídas as obras, o consórcio Porto Novo – composto pelas construtoras OAS, Norberto Odebrecht e Carioca Engenharia – terá direito a explorar a região até 2025. A primeira etapa do empreendimento deve estar finalizada até o final de 2012 e envolve, além da renovação da infraestrutura urbana, a implantação do Museu de Arte do Rio (MAR), com inauguração prevista para junho de 2012, e do Museu do Amanhã, cujas obras começaram em dezembro de 2010. A fase dois teve início em 15 de junho de 2011 e deverá ser concluída até 2015. “O objetivo do Porto Maravilha é se tornar referência de urbanização para outras cidades”, comenta o presidente da CDURP.
O projeto Porto Maravilha possibilitou também uma requalificação da região portuária do Rio. Significa que o uso do solo industrial foi transformado em residencial, comercial e empresarial, através de uma nova lei de zoneamento da área. O redesenho permite a construção de prédios de até 50 andares no local. “Essa operação urbana consorciada vai criar novas condições de trabalho, moradia, transporte, cultura e lazer para a população e fomentar expressivamente o desenvolvimento econômico da cidade”, avalia Jorge Luiz de Souza Arraes. Por conta desta intervenção urbana, o metro quadrado na região já custa mais de R$ 4,5 mil.
Pavimento rígido
Nos túneis a serem executados, as obras subterrâneas serão construídas pelo método NATM (New Austrian Tunneling Method) por causa do terreno formado por material de baixa coesão, e em região de prédios antigos. O NATM consiste na escavação sequencial do maciço, utilizando concreto projetado como suporte, associado a outros elementos como cambotas metálicas, chumbadores e fibras no concreto, em função da capacidade autoportante do maciço. Quando prontos, os túneis receberão pista em pavimento rígido. Mas não será apenas nesta etapa do Porto Maravilha que o concreto estará manifesto. O material se fará presente também nas redes de drenagem, de esgoto e de telecomunicações, em forma de pré-fabricado.
Mais informações
Conheça o projeto Porto Maravilha
Confira o vídeo
Entrevistado
Jorge Luiz de Souza Arraes, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP)
Currículo
– Engenheiro civil especializado em engenharia sanitária e ambiental, em planejamento ambiental e política de urbanização.
– Coordenou projetos do Departamento de Pesquisas do Banco Nacional da Habitação (BNH), gerenciou a área de Saneamento e Desenvolvimento Urbano na Caixa Econômica Federal.
– O executivo também foi diretor imobiliário da Fundação dos Economiários Federais (Funcef).
– Atualmente é presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP), responsável pela implantação do projeto Porto Maravilha.
Contato: jorge.arraes@cdurp.com.br / lubraga@cdurp.com.br (assessoria de imprensa) / www.portomaravilha.com.br Twitter:@portomaravilha
Créditos Fotos: divulgação/ CDURP/ www.cidadeolimpica.com/ Lucíola Villela
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330a
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