Referência tecnológica, ABCP comemora 75 anos

Desde 1936, a Associação Brasileira de Cimento Portland trabalha pela qualidade dos materiais usados na construção civil brasileira.

Desde 1936, a Associação Brasileira de Cimento Portland trabalha pela qualidade dos materiais usados na construção civil brasileira

Por: Altair Santos

A tecnologia do cimento e do concreto tem na Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) seu fio-condutor. Desde 1936, ela investe incessantemente no controle de qualidade dos produtos fabricados no país. Não é à toa que o setor cimenteiro foi o primeiro ramo industrial do país a entrar em conformidade com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) da qual a ABCP é uma das fundadoras, em 1940. Hoje, aos 75 anos, a associação reúne oito grupos industriais, cinco multinacionais, dos quais dois são originários do Brasil e três nacionais, com um total de 79 fábricas de cimento no território nacional – incluindo a Cimento Itambé.

Renato José Giusti, presidente da ABCP: "Brasil virou um canteiro de obras e a indústria do cimento tem importante papel a desempenhar.”

Desde a sua criação, a ABCP adota como lema a transferência de conhecimento. Isso inclui a pesquisa tecnológica, para melhorar a qualidade do cimento, do concreto, dos processos produtivos e construtivos, além da promoção de cursos, palestras, eventos e feiras para qualificar os profissionais envolvidos com a cadeia produtiva da construção civil. “Capacitar faz parte do DNA da ABCP. Por isso, somos reconhecidos nacional e internacionalmente pela excelência de nossos serviços, o que nos leva a ganhar prêmios, tornando-nos benchmarking de outros setores”, orgulha-se o presidente da associação, Renato Giusti.  

Sempre em parceria com seus filiados e instituições diversas, a ABCP mantém um laboratório de ensaios completo e moderno que presta serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de construção e aos consumidores. Além disso, elabora pesquisas e projetos e conta com uma equipe de profissionais – arquitetos, engenheiros, geólogos e químicos, entre outros – à disposição do mercado para prestar consultoria e dar suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Trata-se de um centro de referência  que possui a certificação ISO 9001 e acreditação no Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade (lnmetro) para fazer análises químicas, físico-mecânicas e mineralógicas de matérias-primas, combustíveis, resíduos industriais, clínquer, cimento, concreto, argamassa e produtos cimentícios.

Reconhecimento

Outra ação importante da ABCP é que desde 1991 ela concede seu próprio selo de qualidade através de um programa contínuo de visitas de inspeções às unidades fabris.  Além disso, desde 1998 o selo de qualidade da associação passou a atender ao compromisso da indústria cimenteira frente ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), cuja meta era elevar para 90% o percentual médio de conformidade com as normas técnicas dos produtos que compõem a cesta básica de materiais de construção. De todos os produtos dessa cesta básica, o cimento se destaca por ter alcançado o maior índice de conformidade, ou seja, 99%.

De acordo com Renato Giusti, são medidas como essas que fizeram a indústria brasileira de cimento ser reconhecida internacionalmente por seu excelente desempenho tecnológico, energético e ambiental,  e pela reduzida emissão de gases de efeito estufa. “Essa posição é fruto de um grande esforço das empresas. São ações para reduzir emissões, contribuindo no combate às mudanças climáticas, levando a nossa indústria a ser reconhecida mundialmente como a mais ecoeficiente. Somente em 2010, a indústria brasileira de cimento, com apoio técnico da ABCP, destruiu em seus fornos cerca de um milhão de toneladas de resíduos, por meio da tecnologia de coprocessamento. Desse total, mais de 50% dos resíduos tinham poder calorífico e foram aproveitados como combustível, além de preservarem as reservas de combustíveis fósseis”, ressalta.

Sobre os projetos futuros da ABCP, Giusti afirma que a meta é fazer com que a associação continue perseguindo sua meta, que é “ajudar a construir o país”.  “Afinal, é edificante e prazeroso cuidar, com dedicação e rigor, do aperfeiçoamento do mercado da construção civil, da melhoria da qualidade de vida da população e do desenvolvimento do Brasil”, conclui.

Entrevistado
Renato José Giusti, presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)
Currículo

– Formado em engenharia metalúrgica (1971) com especialização em marketing e mercado
– Exerce o cargo de Presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), entidade técnica da indústria do cimento no país
– É diretor do Departamento de Construção Civil, DECONCIC e membro do Conselho da Indústria da Construção da FIESP, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
– É Membro do Conselho Deliberativo da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas
– É Conselheiro do IBRACON, Instituto Brasileiro do Concreto
Contato: renato.giusti@abcp.org.br

Crédito: Divulgação/ABCP

 

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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