Reestruturação dos cursos de engenharia sai do papel
Mudanças curriculares focam em inovação, competitividade, empreendedorismo e parcerias entre universidades e empresas
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A Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação deve levar para consulta pública, ainda em 2019, a reforma curricular das graduações de engenharia ofertadas no Brasil. O estudo começou em 2017 e considera propostas da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) e do próprio Conselho Nacional de Educação (CNE). As mudanças curriculares focam em inovação, competitividade e empreendedorismo, no combate à evasão e na maior integração entre teoria e prática.
Entre as alterações, estão formação baseada em competências, utilização de metodologias inovadoras de ensino e fortalecimento de parcerias com empresas. Para o diretor de assuntos acadêmicos do Instituto de Engenharia, Ângelo Sebastião Zanini, a formação de engenheiros deve ser mais interdisciplinar, integradora, empreendedora e humanística. Porém, não pode deixar de manter o foco nos fundamentos matemáticos, científicos e tecnológicos. “As atividades práticas de experimentação em laboratório também não podem ser minimizadas ou suprimidas”, ressalta.
Ao encaminhar a proposta de mudança na grade curricular dos cursos de engenharia, a Câmara de Educação Superior faz ressalvas que abrangem a queda do Brasil em índices internacionais de competitividade e inovação. “O Índice Global de Inovação (IGI), elaborado pela Universidade de Cornell, INSEAD e Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), mostra que o país caiu 22 posições entre 2011 e 2016, colocando-se em 69º entre 128 nações avaliadas, posição que manteve em 2017 e em 2018”, destaca o documento. Também é sublinhado o baixo número de engenheiros por habitantes. O Brasil hoje registra 4,8 graduados para 10 mil habitantes.
Proposta também defende que escolas de engenharia se tornem de vanguarda
Para atingir uma mudança curricular que realmente modernize o ensino de engenharia no Brasil, e consiga atrair os jovens, os organismos que estão envolvidos na reforma são unânimes quanto à necessidade das universidades conseguirem fortalecer parcerias com as empresas. Um exemplo bem sucedido é o intercâmbio técnico-científico que acontece entre a Cia. de Cimento Itambé e os cursos de engenharia civil de três universidades: a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a FAE Curitiba.
Mas a proposta em estudo também defende que as escolas de engenharia se tornem de vanguarda e agreguem disciplinas optativas ao currículo, sem precisar que haja uma ação governamental para que isso ocorra. É o que a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo-SP, fez em 2018 ao acrescentar a nova disciplina sobre túneis no curso de graduação de engenharia civil. Os alunos podem optar pela matéria “Túneis e Obras Subterrâneas” quando forem cursar o 10º período. Segundo a coordenadora do curso, a professora-doutora Magda Duro, a Mackenzie é a primeira instituição brasileira a trazer a disciplina de túneis para a grade curricular de graduação. “Estamos sempre atentos e focados nas demandas atuais do mercado, nas inovações acadêmicas e também nos interesses dos alunos”, diz a coordenadora, indo ao encontro do que a reestruturação dos cursos de engenharia irá propor.
Entrevistados
Conselho Nacional de Educação
Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge)
Instituto de Engenharia
Contatos
imprensa@mec.gov.br
abengeestudantil@abenge.org.br
site@iengenharia.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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