Processos sucessórios requerem planejamento

Pequenas e médias empresas estão mais suscetíveis a procedimentos mal conduzidos, e que podem resultar até na falência da Companhia.

Pequenas e médias empresas estão mais suscetíveis a procedimentos mal conduzidos, e que podem resultar até na falência da Companhia

Por: Altair Santos

sucessão nas empresas é um fenômeno que requer paciência. Normalmente, quando o dono do negócio decide transferir o comando, o processo, se feito criteriosamente, pode durar até uma década. Sobretudo se a Companhia em questão for familiar. Por isso, planejamento é a palavra-chave. Caso contrário, a sucessão pode causar disputas judiciais e até comprometer a vida da empresa. “Em geral, processos planejados são mais tranquilos. Os mais complicados são quando a sucessão ocorre por morte”, alerta a consultora Cláudia Tondo, autora dos livros Desenvolvendo a Empresa Familiar e a Família Empresária e Protocolos Familiares e Acordos de Acionistas: ferramentas para a continuidade da Empresa Familiar.

Cláudia Tondo: empresas sem sucessor têm a fusão como alternativa.

A especialista destaca que os processos sucessórios exigem mais cuidados quando as corporações são familiares e com perfil de pequena e média empresa. “Normalmente, nas empresas familiares há questões emocionais muito fortes envolvidas. No caso das pequenas e médias empresas, além deste ingrediente, pode ocorrer o caso de não haver sucessores diretos. Neste caso, o recomendável é que a companhia busque a fusão ou a venda, caso contrário ela pode vir a morrer ou não ter um processo sucessório adequado”, ressalta, destacando que promover esse modelo de governança é sempre mais complicado para a primeira sucessão. “Por isso, independentemente do setor de atuação da empresa, o importante é que as famílias estejam atentas e preparadas para cuidar deste assunto”, completa.

Empresas que cuidam dos processos sucessórios com antecedência e transparência conseguem ganhos de produtividade e lucratividade. É o que ficou claro em um dos estudos mais completos já realizados sobre o tema. No Canadá, as professoras Stéphanie Pontet, Carsten Wrosch, Marylene Gagne, todas ligadas às áreas de administração, negócios e recursos humanos, pesquisaram 100 empresas familiares canadenses e chegaram à conclusão que quanto mais desmistificada e planejada for a sucessão menos a empresa irá sentir o período transitório. Para isso, diz a pesquisa canadense, o processo precisa envolver mais pessoas que apenas o sucessor e o sucedido.

A participação dos stakeholders (demais gerentes, parentes, empregados, fornecedores e clientes) é importante, principalmente, para balizar o processo sucessório e impedir que a empresa passe por situações de dupla liderança e potenciais conflitos durante a troca de sucessores. O grau de aceitação dos stakeholders também é fundamental para confirmar se o procedimento está adequado às exigências da empresa. “A sucessão em uma empresa familiar raramente é um evento isolado. Pelo contrário, é um processo que se desenrola por muitos anos. Começa, normalmente, com o planejamento e estabelecimento de regras, avança com o fomento e desenvolvimento de potenciais sucessores, continua com a escolha do sucessor e é finalizada com a transição completa de poder e saída do sucedido”, finaliza o estudo canadense.

Entrevistada
Cláudia Tondo, consultora especializada em processos sucessórios em empresas familiares
Currículo
– Possui graduação em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1989), mestrado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1999) com doutorado sanduiche na HEC-Montreal (1998-1999)
– Atua como consultora em empresas familiares e em famílias empresárias desde 1993
– É associada ao Family Firm Institute (FFI) e Family Business Network (FBN) e ao Membro do conselho de consultores do FBN – Brasil
– Está vinculada ao Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e é membro do conselho de consultores do FBN – Brasil
– Associada e professora do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)
– Organizadora e autora dos livros Desenvolvendo a Empresa Familiar e Família Empresária e Protocolos Familiares e Acordos de Acionistas: ferramentas para a continuidade da Empresa Familiar (2009)
– Sócia da Tondo Consultoria
Contato: claudia.tondo@tondoconsultoria.com.br
Créditos foto: Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


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