Prevenção de perdas desafia varejo da construção

Prejuízos mais recorrentes estão relacionados à estocagem dos materiais de construção e aos furtos na loja

Anderson Ozawa: varejista deve criar protocolos para evitar perdas. Crédito: Alan Morici/Grau 10 Editora
Anderson Ozawa: varejista deve criar protocolos para evitar perdas. Crédito: Alan Morici/Grau 10 Editora

O principal desafio do varejo da construção é prevenir perdas no estoque, seja na forma de avarias nos produtos ou furtos. Esse tipo de prejuízo, denominado de perda financeira, se sobrepõe às perdas administrativas, perdas comerciais e perdas de produtividade. É o que o auditor Anderson Ozawa mostrou em palestra no seminário Núcleo de Conteúdo 2019, promovido recentemente pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção). “A definição de perda é todo e qualquer efeito que reduza de forma direta ou indireta o lucro da empresa. No Brasil, a perda diária de uma pequena empresa do varejo é de 250 reais por dia, em média”, diz.

Neste caso, as perdas mais recorrentes são as relacionadas ao estoque. No varejo da construção civil, de que forma ocorrem essas perdas. “São tintas vencidas, lâmpadas quebradas, menos m 3 de areia do que foi comprado no pedido, cimento mal estocado, e que empedra, cerâmicas e porcelanatos quebrados, entre outros”, relaciona o auditor. Ozawa também lembra que furtos e fraudes têm impacto significativo nas perdas, chegando a representar até 39% em alguns casos. “Para um produto furtado é preciso vender quatro para compensar a perda. O que é mais fácil: perder ou prevenir?”, questiona.

O palestrante destaca que para começar a solucionar o problema de perda de estoque a empresa deve investir na capacitação, treinamento contínuo e motivação. “Manter um clima organizacional onde as pessoas estão focadas ajuda a diminuir a ineficiência”, afirma Anderson Ozawa, destacando que o varejista deve criar protocolos para evitar perdas. “Se a companhia tem processos manuais que não estão trazendo os resultados esperados, significa que é preciso investir em tecnologias, sobretudo as que previnem perdas”, reforça. Outro procedimento que não pode ser ignorado é o de auditoria. Para Ozawa, o lema da gestão da empresa deve ser o seguinte: “Em Deus eu acredito, o resto eu audito.”

Ozawa mostra que, em média, mais de 1,29% do faturamento líquido das empresas de varejo no Brasil se deteriora com perdas no estoque, segundo dados da ABRAPI (Associação Brasileira dos Contribuintes e Pagadores de Impostos). Isso equivale a 19 bilhões de reais por ano no volume de vendas. No entanto, o setor está exposto a outros tipos de perdas, que o palestrante denomina como Pentágono de Perdas (perda financeira, perda administrativa, perda comercial, perda legal e perda de produtividade).

Saiba quais são as perdas mais comuns dentro das empresas de varejo

Anderson Ozawa registrou sua tese no livro “Pentágono de Perdas: Transformando Perdas em Lucros", e exemplifica como elas ocorrem:
Perdas financeiras
Acontece quando o comércio recebe notas falsas de dinheiro, concede crédito sem análise criteriosa, tem grande volume de devolução de cheques e é alvo de furtos

Perdas administrativas
A empresa tem desperdícios com consumo de energia elétrica e de água, gasta excessivamente com horas extras e com equipamentos e materiais para operações de uso diário.

Perdas comerciais
Quando ocorre ruptura no estoque, ou seja, o consumidor procura por um produto e não acha na loja. Ocorre também quando a empresa tem em seu estoque um material que encalha.

Perdas legais
Se dá através de processos movidos por consumidores ou por colaboradores

Perdas de produtividade
Acontece quando o cliente demora para ser atendido pelo vendedor ou quando o processo de finalização de venda na operação de caixa é lenta e causa a desistência do consumidor.

Assista a palestra de Anderson Ozawa

Entrevistado
Reportagem com base na palestra do auditor Anderson Ozawa, ocorrida no seminário Núcleo de Conteúdo 2019, promovido recentemente pela Anamaco

Contato
feicon@reedexhibitionsbrasil.com.br
grau10@grau10.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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