Presidenciáveis precisam manter o Minha Casa Minha Vida

Independentemente de quem vencer as eleições, déficit de 7,7 milhões de moradias exige uma política habitacional

Seja quem for que vença as eleições, especialistas apontam que regras do FGTS para a habitação devem ser mantidas. Crédito: Agência Brasil
Seja quem for que vença as eleições, especialistas apontam que regras do FGTS para a habitação devem ser mantidas. Crédito: Agência Brasil

Transformar o Minha Casa Minha Vida (MCMV) em programa de estado é uma das missões do próximo presidente da República a ser eleito. Organismos ligados à construção civil estiveram reunidos dia 9 de agosto, em Brasília-DF, para defender essa ideia junto ao governo federal. A proposta encontra ressonância entre os candidatos à presidência da República, apesar de cada um ter visões diferentes em relação ao MCMV.

Para garantir que o próximo governo não desative o programa, CBIC, FIESP, SINICESP, ANEPAC e SNIC encaminharam pedido para que o atual governo garanta no orçamento de 2019 recursos para que o que for contratado na faixa 1,5 do programa seja pago. Para isso, é necessário um aporte de R$ 5,4 bilhões do FGTS, que deve passar por análise prévia e aprovação do Conselho Curador do FGTS, a fim de suplementar a verba atual disponível.

Até julho de 2018, cerca de 230 mil unidades foram contratadas. Sem o novo aporte, os recursos destinados serão suficientes para garantir o Minha Casa Minha Vida só até novembro deste ano. É uma realidade bem diferente da divulgada pelo governo federal em fevereiro, quando anunciou que a meta era contratar 650 mil novas unidades (130 mil na faixa 1, 70 mil na faixa 1,5, 400 mil na faixa 2 e 50 mil na faixa 3).

Independentemente de quem vier a ser eleito, o presidente da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci) no Brasil, Rodrigo Luna, cita duas razões para o Minha Casa, Minha Vida ser preservado. Uma, é que o programa funciona. “O Brasil precisa de uma série de reestruturações, mas algumas coisas funcionam bem. Uma delas é o Minha Casa, Minha Vida. Por isso, ele precisa ser preservado e ampliado”, defende.

A outra é que se tornou um programa reconhecido internacionalmente. “O Minha Casa Minha Vida continua provando ser o maior programa habitacional de todos os tempos do Brasil, com mais de quatro milhões de unidades entregues. É um número absolutamente expressivo. Podemos afirmar que hoje temos o programa habitacional mais forte e importante do mundo na baixa renda”, conclui Rodrigo Luna.

Projetos de lei que buscam mudar a finalidade do FGTS ameaçam o MCMV

Um risco que o MCMV corre a partir de 2019 é se projetos de lei que buscam mudar a finalidade do FGTS chegarem a ser aprovados no Congresso e forem sancionados pelo futuro presidente. O economista-chefe do Secovi-SP, e também presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII-CBIC), Celso Petrucci, faz o alerta.

“Foi o conjunto de recursos do FGTS e da caderneta de poupança que permitiram ao Brasil deixar de ser um país rural para ser um país urbano. A destinação dos recursos do FGTS para habitação, saneamento e infraestrutura faz parte de uma política de desenvolvimento que se mostrou acertada durante décadas e sem a qual não teríamos criado o programa Minha Casa, Minha Vida”, enfatiza.

Quem defende que o Minha Casa Minha Vida seja mantido lembra ainda que dados recentes da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, apontam que o Brasil tem um déficit habitacional de 7,757 milhões de moradias. “Mais do que tecnologia construtiva para produzir em escala, e linhas de financiamento adequadas para atender empreendedores e compradores, é necessário preservar a destinação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) no atendimento da necessidade habitacional de famílias de baixa renda”, completa Celso Petrucci.

Entrevistados
– Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII-CBIC)
(via assessoria de imprensa)
– Rodrigo Luna,  presidente da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci) no Brasil
(via assessoria de imprensa)

Contatos
aspress@secovi.com.br
fiabci@fiabci.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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