Prédios-verdes dão lucro, desde que haja manutenção
Após a ocupação, nem todos os edifícios com certificação sustentável seguem procedimentos de desempenho operacional
O Brasil surpreende pela quantidade de edifícios com certificação LEED ™ (Leadership in Energy and Environmental Design). São 490 construções com o selo de prédio-verde, o que coloca o país em 4º lugar no mundo. Isso levou a escola de arquitetura da Universidade de Harvard a medir qual a economia que a profusão de edifícios sustentáveis gera ao Brasil. Os números levantados apontam que essas edificações pouparam o equivalente a R$ 931 milhões em consumo de energia, entre 2000 e 2017, e, no mesmo período, geraram R$ 319 milhões de economia associada à redução do absenteísmo, no que se refere à perda de dias de trabalho por razões médicas.
Segundo o Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), esses números poderiam ser mais significativos se os prédios-verdes tivessem um desempenho operacional mais rigoroso, ou seja, se realizassem todos os procedimentos para que a certificação fosse efetivamente seguida após a ocupação. Segundo o arquiteto e urbanista Luís Leal, que palestrou no GreenBuilding Brasil 2018 – ocorrido de 5 a 7 de novembro, em Curitiba-PR -, isso passa pela educação de quem utiliza o edifício. “Principalmente em edificações corporativas, é preciso que haja uma comunicação que priorize o usuário, a fim de que ele entenda e colabore com questões como manutenção preventiva, reciclagem e reformas que podem comprometer requisitos da certificação”, afirma.
Profissionais da arquitetura e da engenharia civil orientam edifícios sobre como manter a certificação
Na prática, boa parte dos empreendimentos com certificação LEED ™ apresenta desempenho abaixo do esperado depois que entra em operação. O que o CTE busca é aprimorar o processo de monitoramento e análise de desempenho das edificações, a fim de corroborar para que as estratégias e tecnologias embarcadas nos empreendimentos certificados resultem na eficiência projetada e, consequentemente, reduzam o impacto ambiental dos edifícios na fase de operação. De acordo com Luís Leal, o CTE faz esse acompanhamento de duas formas: pesquisas “in loco” nos edifícios e através da ferramenta ARC, que permite aprimorar o monitoramento de desempenho dos prédios. Atualmente, 50 empreendimentos já compartilham suas informações operacionais pela plataforma ARC.
É importante monitorar os prédios-verdes e também educar os usuários, pois a certificação LEED ™ só é renovada a cada cinco anos se a manutenção e a operação perseguirem as normas ao longo da vida útil do prédio. A preservação do selo é uma garantia de gestão consistente do empreendimento, embasada em políticas e processos de manutenção de equipamentos, que englobam consumo de energia e de água, destinação dos resíduos e serviços como os de limpeza e paisagismo. O objetivo é maximizar a eficiência operacional e minimizar danos da edificação ao meio ambiente. Tudo isso é alcançado com a correta manutenção, que é o que verdadeiramente garante a vida útil de um prédio-verde.
Entrevistado
Reportagem com base no seminário “Desempenho operacional, o futuro dos Greenbuilding”, ocorrido dentro do GreenBuilding Brasil 2018
Contato: contato@gbcbrasil.org.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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