Plano define futuro da mineração brasileira

Principal legado do Plano Nacional de Mineração será o levantamento geológico de jazidas ainda não conhecidas no país.

Principal legado do Plano Nacional de Mineração será o levantamento geológico de jazidas ainda não conhecidas no país

Por: Altair Santos

A expectativa é de que nos próximos 20 anos o Brasil aumente até cinco vezes a produção de cimento, minério de ferro e aço. Essa projeção consta do Plano Nacional de Mineração (PNM), lançado em fevereiro de 2011. O programa pretende nortear o setor até 2031 e prevê o investimento de R$ 650 milhões, principalmente em pesquisa mineral para a expansão e descoberta de jazidas e também para a implantação de novas unidades de transformação mineral.

Carlos Eugênio Gomes Farias: “É preciso agregar mais reservas de calcário à indústria cimenteira nos próximos 20 anos.”

De acordo com o assessor do departamento minerário do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Carlos Eugênio Gomes Farias, o principal legado do PNM será o levantamento geológico de jazidas ainda não conhecidas no país. “Isso será muito importante para o desenvolvimento do setor. É preciso ter mais conhecimento geológico, porque, no que concerne às jazidas de calcário, importantes para a indústria cimenteira, as reservas atuais são suficientes, mas é preciso agregar mais reservas nos próximos 20 anos”, disse.

O assessor do SNIC avalia que o Plano Nacional de Mineração precisa também se preocupar com a infraestrutura que movimenta o setor e que, segundo ele, é um “problema sério”. “Existem gargalos, principalmente no transporte ferroviário, no transporte rodoviário e no sistema portuário. Melhorar isso é muito importante para o escoamento, não só de cimento, mas de todo o setor mineral”, disse.

Para tornar o setor mineral mais competitivo, o PMN prevê a criação da Agência Nacional de Mineração e do Conselho Nacional de Política Mineral, que vão trabalhar a consolidação do marco regulatório, a questão da outorga de títulos minerais e uma nova política de royalties. No documento que lançou o plano há o reconhecimento de que a atual legislação sobre o pagamento de indenizações pela exploração da mineração apresenta fragilidades e que o modelo de tributação onera a indústria mineral no país.

No entender do setor, desde que o PMN não consiga desobstruir os problemas do setor haverá dificuldades para que o plano incentive a inovação tecnológica ao longo da cadeia produtiva e também para que seja agregado valor aos produtos. “O setor mineral é um setor básico para toda a indústria. Só existe indústria de construção civil, indústria de automóvel e qualquer outra indústria por causa da indústria mineral. O mineral é sempre um fator básico. Então é muito importante para o setor resolver as questões propostas no plano”, diz Carlos Eugênio Gomes Farias.

O objetivo do Plano Nacional de Mineração é fazer com que o setor atinja no Brasil o mesmo status obtido na atividade petrolífera. A expectativa é de que até 2031 o faturamento da indústria mineral aumente em 50% sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) nacional, que hoje está em 10%. No ano passado, o faturamento do setor foi de R$ 282 milhões e representou 25% das exportações do país.

Entrevistado
Carlos Eugênio Gomes Farias, assessor do departamento minerário do SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento)
Currículo

– Carlos Eugênio Gomes Farias é graduado em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Pernambuco (1966)
– Pós-graduado em Engenharia Econômica (Universidade Católica de Pernambuco), em Administração (Fundação Getúlio Vargas) e Engenharia Ambiental (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
– Já atuou como professor de Geometria Analítica e de Termodinâmica da Universidade Católica de Pernambuco
– Atualmente é diretor Técnico da Companhia Nacional de Mineração Candiota e assessor do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC)
Contato: ceugeniofarias@terra.com.br

Crédito Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo