Pequena Central Hidrelétrica – PCH
As Pequenas Centrais Hidrelétricas representam uma solução sustentável para gerar energia limpa de maneira descentralizada em um país com grande demanda energética.
Grandes empresas fomentam a construção de PCHs no país acreditando na geração e distribuição descentralizada de energia
Por: Michel Mello
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) define a Pequena Central Hidrelétrica, ou PCH, como usinas hidrelétricas de pequeno porte e com capacidade instalada de geração superior a 1 megawatt (mW) e inferior a 30 mW. Com área de reservatório inferior a 3 km².
Uma PCH resulta em um menor impacto ambiental e também prestam à geração descentralizada de energia.
São classificadas conforme o desnível da queda d’água e pela capacidade de geração em:
– Micro: com potência < 100 Kilowatt (kW);
– Mini: entre 100 e 1000 kW; e
– Pequena: entre 1 megawatt (mW) e 30 (mW).
As PCHs operam a partir de um fio d’água, ou seja, onde o reservatório não permite a regularização do fluxo d´água. O que ocasiona, em épocas de estiagem, uma vazão disponível menor que a capacidade das turbinas e, em muitas vezes, pode ocorrer a ociosidade da central hidrelétrica.
Por esse motivo, o custo por kW da energia elétrica produzida pelas PCHs é maior que o de uma Usina Hidrelétrica de Energia de grande porte (UHE). Neste modelo, o reservatório pode ser operado para diminuir a ociosidade ou desperdício de água.
Para Ivandel Hambus, diretor do Portal PCH, “o que determina a instalação de uma pequena central hidrelétrica é um levantamento do potencial hídrico do rio, um projeto básico sobre a capacidade de geração, além do cálculo do custo do empreendimento. Somente de posse desse número é que saberemos se é viável ou não a instalação de uma PCH” .
“Atualmente existe um cálculo que para cada 1 mW gerado em um PCH o custo é de R$ 4 milhões. Por isso, esse tipo de empreendimento demanda estudos prévios para verificar a sua viabilidade”, afirma Ivandel.
Investimento em PCHs
Ivandel destaca ainda que “dentre os diversos fatores, é importante mencionar que o retorno do investimento é em curto prazo, em função da tendência de aumento no custo de energia elétrica. Hoje a PCH é uma energia limpa e viável que promove uma geração distribuída. E proporciona um desenvolvimento econômico e sustentável”.
O Brasil produz atualmente cerca de 114.051.711 kW e importa dos países vizinhos 7.000.000 kW. Em função dessa demanda, a previsão é que até o ano de 2050 teremos uma necessidade de geração de energia na ordem dos 400.000.000 kW. E isto ocorrerá automaticamente a partir da entrada de outros produtos que necessitarão de energia elétrica. “Desta forma, para ter uma indústria competitiva no mercado, o Brasil precisa ter uma visão voltada à geração e consumo de energia elétrica de sua planta”, enfatiza Ivandel.
Capacidade instalada
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, a capacidade instalada das PCHs no país é de cerca de 3.270.874 kW de potência outorgada e potência fiscalizada pela Aneel de 3.222.497 kW, com 375 usinas em operação, representando 2,90% de toda a energia gerada no país. Existe espaço para mais 2.200 unidades apenas para suprir a demanda interna.
É importante destacar que o custo da energia elétrica produzida por uma PCH é maior que o de uma Usina Hidrelétrica de Energia (UHE). Pois nessa modalidade de usina, o reservatório é operado de forma a otimizar a ociosidade ou desperdício de água. Porém, as PCHs são dispositivos que resultam em um menor impacto ambiental e geram energia de forma descentralizada e limpa.
As PCHs são utilizadas em rios de pequeno e médio portes que tenham desníveis significativos durante seu percurso, com capacidade de gerar potência hidráulica suficiente para movimentar as turbinas.
Empresas
As resoluções elaboradas pela Aneel permitem que a energia gerada nas PCHs entre no sistema de eletrificação, sem que o empreendedor pague as taxas pelo uso da rede de transmissão e distribuição. O benefício vale para quem entrou em operação até 2003. As PCHs são dispensadas ainda de remunerar municípios e estados pelo uso dos recursos hídricos.
Ivandel finaliza com o seguinte: “grandes empresas como Seara, Sadia, Gerdau e Vale investem, atualmente, nesse tipo de usina a fim de baratear seus custos de produção. Sendo que o gasto com energia elétrica representa pelo menos 40% de qualquer produto no país. E esse é um gasto que pode e precisa ser barateado. Uma solução está na construção da PCH”.
Entrevistado
Ivandel Hambus
Currículo
– Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
– Pós-graduado em Finanças e Custos pelo Instituto Catarinense de Pós-Graduação (ICPG).
– Atua no mercado de PCHs há 18 anos.
Contato: ivandel@portalpch.com.br
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
18/12/2024
Obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte foram iniciadas
Em setembro de 2024, tiveram início as obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte. Com uma extensão de 10,5 km e sete novas estações, a linha conectará a Estação Nova Suíça ao…
18/12/2024
Construção civil deve encerrar com crescimento de 4,1% em 2024 e superar a média nacional do PIB
O ano de 2024 marcou um período de crescimento expressivo para a construção civil no Brasil. Segundo o IBGE, o setor cresceu 4,1% no acumulado dos três primeiros trimestres,…
18/12/2024
Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade bate recorde de inscrições com projetos que transformam o setor da construção
A 25ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade alcançou um marco inédito, com 101 inscrições de projetos que propõem soluções inovadoras e sustentáveis para a…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.