Passageiros crescem 5 vezes mais que rede de metrô

Soma de todas as linhas que operam no Brasil chega a 309 quilômetros. País precisaria ter mais 850 quilômetros para atender demanda atual

Soma de todas as linhas que operam no Brasil chega a 309 quilômetros. País precisaria ter mais 850 quilômetros para atender demanda atual

Por: Altair Santos

Somando todas as linhas de metrô que operam no Brasil, elas alcançam 309 quilômetros. Só para comparar, Nova York tem 370 quilômetros, o que mostra o quanto o transporte metroviário brasileiro está defasado em relação ao crescimento de passageiros. Entre 2012 e 2016, a quilometragem das linhas cresceu 7% – muito por conta das obras viabilizadas para atender demandas da Copa do Mundo e das Olimpíadas. No mesmo período, o volume de passageiros que utiliza as linhas de metrô no país aumentou 38%, ou seja, cinco vezes mais.

Atualmente, apenas a cidade de São Paulo tem linhas de metrô em expansão
Atualmente, apenas a cidade de São Paulo tem linhas de metrô em expansão

Segundo a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), o Brasil precisaria ter mais 850 quilômetros de metrô para equalizar o número de linhas com o crescimento de passageiros. Pelos cálculos preliminares, seriam necessários R$ 167,130 bilhões para a ampliação das linhas, para a aquisição de veículos metroviários e para a recuperação da infraestrutura existente. No entanto, 2015 foi o último ano que o governo federal – principal financiador de obras de metrô no país – liberou recursos para esse tipo de empreendimento.

Mesmo assim, o dinheiro equivaleu a apenas 26% dos recursos autorizados, que deveriam chegar a quase R$ 8 bilhões. Foram liberados aproximadamente R$ 2 bilhões, dos quais 95% beneficiaram apenas uma obra: a Linha 4 do Rio, que tinha prioridade por causa dos Jogos Olímpicos. Para viabilizar aquela obra, o governo federal precisou congelar os projetos de metrô em Belo Horizonte-MG e em Curitiba-PR, cujos recursos foram contingenciados. A capital mineira receberia R$ 3,4 bilhões e a paranaense R$ 1,8 bilhão. A prefeitura de Belo Horizonte ainda mantém o plano de ter metrô. Já a de Curitiba descartou o projeto.

Para o presidente da ANPTrilhos, Joubert Flores, é um equívoco o país desistir de ampliar ou instalar novas linhas de metrô. Ele afirma ainda que seria necessário o desenvolvimento de projetos estruturados, de forma que a viabilidade da obra não fosse comprometida. “Precisamos de projetos básico e executivo que tenham o detalhamento suficiente para que a previsão deste custo esteja bem garantida desde o início da implantação”, explica Joubert, que ainda defende que o Brasil facilite a participação de investidores privados na construção de linhas de metrô.

Falta planejamento
A superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi, enfatiza que os governantes precisam entender que não há solução de mobilidade para os grandes centros urbanos que não passem por um transporte estruturador como o sobre trilhos. “Um dos problemas que o setor de trilhos tem é não ser pensado no longo prazo no planejamento das cidades. As cidades crescem, se estruturam e depois precisam inserir os sistemas estruturantes. Se pensarmos o planejamento das cidades com 20 anos, atendendo essa demanda, é mais fácil. O custo é menor quando o transporte estruturante é previsto com o crescimento da cidade”, completa.

Atualmente, só a cidade de São Paulo possui obras de metrô. O município tem três linhas inconclusas, que já deveriam ter sido entregues. Para finalizá-las, deverão ser gastos mais de R$ 12 bilhões. Os recursos vêm do governo de São Paulo e do governo federal. As obras ampliarão em 31 quilômetros a atual rede de metrô da capital paulista, que é a maior do país (75 quilômetros). O estudo da ANPTrilhos analisou também linhas de trem, VLTs, monotrilhos e aeromóveis que operam nas regiões metropolitanas do país. Somados esses modais, o Brasil tem 1.062 quilômetros de transporte público que opera sobre trilhos.

Veja aqui o estudo da CNT.

Entrevistados
Joubert Flores e Roberta Marchesi, respectivamente presidente e superintendente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) (via assessoria de imprensa)

Contato
contato@anptrilhos.org.br

Crédito Foto: Governo de SP

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo