Paraná repotencializa setor de pequenas hidrelétricas

Estado estimula parcerias entre Copel e iniciativa privada para ampliar capacidade de geração de energia sem precisar construir grandes usinas.

Estado estimula parcerias entre Copel e iniciativa privada para ampliar capacidade de geração de energia sem precisar construir grandes usinas

Por: Altair Santos

Considerado o estado com a maior capacidade hidrelétrica do país, o Paraná perdeu espaço na geração de energia através das chamadas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). Hoje, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul exploram com mais eficiência esse tipo de usina, que, de acordo com a resolução nº 394 da Aneel, pode gerar de 1 megawatt (MW) a 30 megawatts (MW). Porém, para se reposicionar neste mercado, recentes ações governamentais prometem repotencializar as PCHs no Paraná.

Alceu Grade, da Grameyer: visão empreendedora do governo do Paraná estimula as PCHs.

Há pouco tempo, o estado criou um Grupo Especial de Trabalho (GET) para atuar no licenciamento ambiental de empreendimentos estratégicos para o desenvolvimento econômico e sustentável. Entre as metas do grupo, está o incentivo às Pequenas Centrais Hidrelétricas. Para isso, desde abril de 2011, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) vêm capacitando técnicos para agilizar o licenciamento das PCHs.

Além dos entraves ambientais, os investidores em PCHs avaliam que é preciso desburocratizar as linhas de crédito ofertadas por bancos de fomento como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). “Existem empresas pensando em não produzir mais, porque não têm retorno. É preciso ter sinergia do banco de fomento e do marco regulatório”, diz Alceu Grade, da Grameyer, uma das empresas da iniciativa privada que investem em Pequenas Centrais Hidrelétricas no país.

Sem essa sinergia, o setor voltado para as PCHs avalia que o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), lançado em 2002, não conseguirá atingir uma de suas metas até 2022, que é ter 10% da energia produzida no Brasil a partir das Pequenas Centrais Hidrelétricas. “É preciso estimular o empreendedor”, afirma Alceu Grade, dizendo que o Paraná está fazendo isso. “O novo governo que está aí tem uma visão mais empreendedora, voltada a incentivar a Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) a promover parcerias com a iniciativa privada”, completa.

Demanda reprimida
Segundo dados de 2010 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o Brasil tem potencial para ter 2.200 unidades de PCHs instaladas, porém apenas 375 estão em operação, representando 2,9% de toda a energia gerada no país. Juntas, elas produzem atualmente 3.270.874 kW. Hoje, por causa dos entraves, uma Pequena Central Hidrelétrica, desde a concepção do projeto até a construção, não fica pronta antes de dois anos.

De acordo com Alceu Grade, esse tempo poderia ser reduzido, haja vista que o sistema de construção das PCHs evoluiu, assim como as instalações elétricas. “A parte elétrica e de controle, hoje, ficam prontos em cinco meses e cabem num container. Já a obra civil tem maior demanda na construção da barragem, mas ela gera baixo impacto ambiental, pois as novas tecnologias de construção substituíram os reservatórios pelo escavamento na beira do rio. A área alagada é pequena, pois o reservatório é ao longo do curso do rio”, lembra Alceu Grade.

Se o empenho paranaense der certo, até 2014 o estado deverá acrescer ao seu potencial gerador mais 1.381 MW, através de novas PCHs. Atualmente o governo tem 137 projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas para avaliar. O número é quatro vezes superior ao total de PCHs operando no estado, que são 30 e que geram 181 MW de energia. No momento, há mais duas em construção no território paranaense, com capacidade de 29 MW, e 23 já foram outorgadas para, juntas, produzirem 370 MW.

Entrevistado
Alceu Grade, presidente da Grameyer Equipamentos Eletrônicos Ltda., empresa do setor privado especializada em PCHs
Currículo

– Presidente da Grameyer Equipamentos Eletrônicos Ltda.
– Conselheiro da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC)
– Presidente da ACIAS (Associação Comercial Industrial e Agrícola de Schroeder-SC)
– Membro do Conselho Regional de Desenvolvimento de Jaraguá do Sul-SC
Contato: alceu@grameyer.com.br

Crédito Foto: Divulgação/Grameyera

Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330


Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo