Otimismo na construção civil reflete o bom desempenho do setor
A 44ª Sondagem Nacional da Construção, realizada pelo Sinduscon-SP, evidencia o bom momento do setor, mas traz um alerta: é preciso investir mais. Confira na matéria.
Para o diretor de economia do Sinduscon-SP, o momento é bom, mas devemos pensar o futuro
Por: Michel Mello
Os empresários brasileiros da construção civil possuem uma percepção positiva em relação ao desempenho das indústrias da construção até o terceiro trimestre de 2010. Esse é o resultado da 44ª Sondagem Nacional da Construção, uma pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional das Indústrias da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A sondagem é realizada trimestralmente desde o ano de 1999 e funciona como um termômetro da economia no país.
Uma preocupação constante desses empresários, e que reincide em pesquisas passadas, é a apreensão em relação à inflação e aos altos custos dos insumos da construção. Para o diretor de economia do Sinduscon-SP, o engenheiro Eduardo Zaidan, “essa sondagem é um reflexo razoável do passado e que nos permite ter uma ideia de como será o futuro da economia do país”. A sondagem ouviu uma mostra qualitativa de 233 empresários de diversas regiões do país ligados ao setor da construção.
Valores X percepção
Na pesquisa, os empresários atribuem a cada quesito uma pontuação que vai de 0 a 100. Os valores acima de 50 são considerados desempenho ou perspectiva favorável. Para o quesito de dificuldades financeiras, os valores acima de 50 apontam perspectiva ou desempenho negativo ou desfavorável.
A percepção do desempenho atual das empresas da construção ficou em 59,22 pontos, o que representa uma queda de 1,2% em relação ao último trimestre, mas ainda acima da elevação de 13,5% do ano anterior. As perspectivas de desempenho futuro das construtoras receberam 61,5 pontos, representando um desempenho semelhante ao ano passado.
A probabilidade de crescimento econômico ficou em 62,43 pontos o que denota a avaliação da condução da política econômica positiva no trimestre, mas a percepção sobre dificuldades financeiras se mostrou um grande entrave à maioria dos empresários.
Crescimento sustentável
A construção civil é uma atividade econômica de longo prazo, representada por um ciclo de investimentos com duração entre 24 e 36 meses. Isso quer dizer que os efeitos sucedidos na macroeconomia serão sentidos com um certo atraso. “Foi assim com a crise financeira de 2009, que quando chegou ao Brasil, encontrou todos os contratos assinados e projetos de obras já em execução. Então as construtoras puderam continuar trabalhando e não repassaram o efeito da crise a outros setores”, afirma Zaidan.
O diretor de economia diz: “Vale lembrar que o crescimento sustentável de um país deve estar baseado em investimentos, infraestrutura, máquinas e equipamentos para que as indústrias, quaisquer que forem elas, inclusive a da construção civil, possa continuar crescendo e gerando empregos”.
“Os desafios são enormes. Há muitas dificuldades em se tratando de economia brasileira. As variáveis fundamentais da economia são um terror. A inflação é ainda muito alta. A taxa de câmbio para a indústria realmente assusta. E temos uma taxa de juros real, que é escandalosa. Isso afeta as finanças públicas, os investimentos e também a poupança das famílias”, destaca Eduardo Zaidan.
Déficit habitacional
O déficit habitacional brasileiro (clique e saiba mais no link: http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/deficit-habitacional-uma-oportunidade-para-a-construcao-civil-do-pais/) é algo em torno de cinco ou seis milhões de residências, pois o país acumulou um atraso de 20 anos sem planos de habitação. Os resultados são grandes centros urbanos lotados, de terrenos e moradias inadequadas e a favelização urbana. Para Zaidan: “Uma das iniciativas que corroboram para solucionar esse atraso em relação das moradias é o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), do governo federal (clique e confira mais informações na matéria: http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/financiamento-habitacional-garante-a-expansao-da-economia/). Com ele houve uma transferência de crédito da população com possibilidade de consumo para as construtoras. Estas repassaram o crédito a todos os fornecedores do mercado da construção. E o retorno à população foi em forma de novas habitações de qualidade”.
Segundo dados do Construbusiness, em torno de 16% do PIB brasileiro passa pela indústria da construção. “Isso também representa um investimento na formação de capital fixo do país. Nós levaríamos pelo menos cinco anos, no mesmo ritmo, para resolver o problema da habitação no país. Pois, a sociedade brasileira demanda por novas e boas habitações”, conclui Eduardo Zaidan.
Entrevistado
Eduardo Zaidan
Currículo
– Formado em engenharia civil pela Fundação Armando Álvares Penteado.
– Pós-graduado em administração de Empresas pela EASP FGV-SP.
– MBA Executivo Construção Civil pela Escola de Economia da FGV-SP.
– Possui mais de 30 anos de experiência no mercado imobiliário e da construção.
– Diretor executivo da RFM Construtora Ltda.
– Diretor de Economia e presidente do Conselho Consultivo do Sinduscon-SP.
Jornalista responsável: Silvia Elmor – MTB 4417/18/57 – Vogg Branded Content
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