ONU deverá criar metas mundiais para a construção civil
Na Rio+20, organismos como CBIC, CBCS e CEBDS propuseram criação de um grupo de trabalho para estimular a sustentabilidade no setor.
Na Rio+20, organismos como CBIC, CBCS e CEBDS propuseram a criação de um grupo de trabalho para estimular a sustentabilidade no setor
Por: Altair Santos
Durante a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) representantes da construção civil elaboraram o documento “Metas de Desenvolvimento Sustentável para a Indústria da Construção”. Trata-se de uma série de propostas que foi entregue à ONU (Organização das Nações Unidas) para a criação de um grupo de trabalho que possa discutir o futuro do setor dentro dos conceitos de economia verde.
Assinado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), pela Federação Interamericana de la Indústria de la Construcción (FIIC), pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Confederation of International Contractor’s Association (CICA), o documento pede que a ONU lidere um movimento global que priorize a construção sustentável.
Segundo o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, o objetivo é que, com a liderança da ONU, sejam estabelecidas metas e parâmetros para que a cadeia produtiva da construção civil possa se integrar definitivamente à era da sustentabilidade. “Observamos muitos projetos não caminharem por falta de entrosamento. Por isso, estamos aqui, CBIC, CBCS, CICA, FIIC e CEBDS, juntos, pedindo pela formação de um grupo de trabalho internacional para definir as metas do desenvolvimento sustentável em todo o mundo”, afirmou Simão, durante a Rio+20.
Um dos trechos do documento entregue à ONU deixa clara a opção do setor pela construção sustentável. “Em primeiro lugar, é necessário reconhecer que a construção sustentável contribui para a consolidação da formalidade no setor, gerando melhores empregos, reduzindo os riscos para as empresas e fortalecendo o bem-estar da sociedade. A aplicação efetiva dos conceitos da sustentabilidade durante a fase de planejamento e construção das edificações e dos espaços urbanos garante a qualidade dos produtos, reduzindo os custos de ciclo de vida e oferecendo ao setor financeiro oportunidades para investir, com transparência e risco mínimo”, diz.
Além da apresentação de um planejamento estratégico para a construção civil nas próximos décadas, o setor também promoveu na Rio+20 o evento “Construção Sustentável – o desafio de pensar o futuro das cidades”. Entre os debatedores estiveram, além do presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, Marcelo Takaoka, presidente do CBCS; Marina Grossi, presidente do CEBDS; Edson Yabiku, arquiteto da Foster + Partners, e Dan Hoornweg, especialista do Banco Mundial em cidades sustentáveis.
Na conferência, Takaoka citou que a construção civil é a principal ferramenta de que o planeta dispõe para dar qualidade de vida às pessoas, seja através da construção de habitações, do saneamento básico ou da oferta de infraestruturas como estradas, pontes e metrôs. “A construção civil é responsável por mais de 2/3 do PIB mundial. O setor está diretamente ligado à melhoria de vida das pessoas. Se bem empregada, a construção civil pode gerar uma economia mundial de US$ 1,6 trilhão, com a redução da pobreza e da proliferação de doenças”, destacou o presidente do CBCS.
Entrevistados
Assessorias de imprensa da CBIC, da CBCS e da Rio+20
Contato: rio20.imprensa@itamaraty.gov.br / comunica@cbic.org.br / comunicacao@cbcs.org.br
Créditos foto: Divulgação/Rio+20
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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