Obras na serra do Cafezal entram na reta final
Até o final de 2016, 22 dos 30 quilômetros estarão liberados para o tráfego de veículos, incluindo cinco viadutos e três túneis
Até o final de 2016, 22 dos 30 quilômetros estarão liberados para o tráfego de veículos, incluindo cinco viadutos e três túneis
Por: Altair Santos
Até o final de 2016 restarão oito quilômetros para que o trecho da BR-116, conhecido como rodovia Régis Bittencourt , esteja 100% duplicado e liberado para o tráfego. O traçado de 402 quilômetros, que liga as cidades de São Paulo e Curitiba, finaliza sua etapa mais complexa. Isso envolve a construção de quatro túneis e 24 viadutos, cortando a região conhecida como serra do Cafezal. O maior volume de obras concentra-se entre os quilômetros 348 e 361,5. Atualmente, todos os lotes contratados estão em execução.
Havia a expectativa de que um novo trecho de 4,5 quilômetros, envolvendo a liberação de três túneis e cinco viadutos, fosse autorizado para receber tráfego de veículos no começo do segundo semestre de 2016, mas, segundo a concessionária Auto Pista Regis Bittencourt, do grupo Arteris, houve atraso nas etapas de pavimentação, sinalização e iluminação dos túneis, o que protelou a abertura do trecho para outubro ou novembro. “Os três túneis já estão vazados e em fase final, ou seja, a etapa mais difícil da obra foi superada”, diz o engenheiro civil Eneo Pallazzi, diretor-superintendente da concessionária.
Atualmente, os canteiros de obras instalados ao longo dos 13,5 quilômetros que faltam ser duplicados na Serra do Cafezal, contam com um contingente de 1.500 trabalhadores. A maior concentração de frentes de obras está nos lotes 4 e 5, com serviços de terraplanagem para abertura das novas pistas, drenagem profunda (bueiros e galerias), revestimentos vegetais de taludes de cortes e aterros (encostas) e pavimentação. Nestes lotes, estão sendo construídos 19 viadutos, com execução de infraestrutura, mesoestrutura e superestrutura.
As fundações dos viadutos usam tubulões com base alargada e estacas raiz, por causa da impossibilidade de acesso de equipamentos de grande porte. Os pilares são erguidos como prolongamento dos tubulões de fundação. As vigas longarinas de concreto são moldadas “in loco” e apoiadas em cimbramento metálico. Os tabuleiros também têm as lajes moldadas “in loco” ou executados com vigas transversais e placas, ambas pré-moldadas, montadas por um guindaste de pequeno porte.
Conclusão em 2017
De acordo com o engenheiro Eneo Pallazzi, o modelo de construção das fundações atendeu exigentes restrições impostas pelas licenças ambientais. Por isso, tiveram que ser executadas praticamente de forma manual. “Tecnicamente é a melhor fundação que existe, pois é possível contar com um exame técnico de um engenheiro, de um geotécnico, ou de um prático, que vai constatar efetivamente ‘in loco’ a condição de suporte da base do tubulão. Com a escavação mecânica corre-se o risco de sobrar resíduos no fundo”, avalia.
Para construir os quatro túneis, a concessionária Auto Pista Régis Bittencourt também precisou atender restrições ambientais. Só podia ser escavado um volume de terra e rocha na ordem de 700 mil m³. Para cumprir as limitações do projeto, optou-se pelo sistema convencional NATM (New Austrian Tunnelling Method). A soma de todos os túneis tem uma extensão de 1.800 metros. “O túnel, apesar de ser bem mais caro que outras soluções convencionais, permite traçados mais convenientes. Isso resulta em um impacto ambiental menor”, resume Eneo Pallazzi.
Dos nove trechos da obra, os quatro maiores estão em fase final de execução. Isso representa 70% da duplicação. Os lotes 1, 2, 8 e 9 já estão em operação, e compreendem as duas extremidades da serra do Cafezal. O empreendimento está em curso desde 2010 e já foram concluídos 22 quilômetros de pista nova (17,5 quilômetros liberados para o tráfego). O trecho total engloba 30 quilômetros e a expectativa é de que esteja 100% concluído no segundo semestre de 2017.
Entrevistado
Engenheiro civil Eneo Pallazzi, diretor-superintendente da concessionária Auto Pista Regis Bittencourt
Contato
autopistaregis@autopistaregis.com.br
Créditos Fotos: Arteris
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
19/11/2024
Restauração da SC-305 começa a receber whitetopping ainda este ano e deve impulsionar indústrias, agricultura e pecuária
Rodovia terá sub-base de macadame e base de Concreto Compactado com Rolo (CCR). Crédito: Divulgação/SIE Uma importante transformação está em andamento na rodovia SC-305, que…
19/11/2024
Como usar a engenharia para contenção de tsunamis e erosão costeira?
No caso do muro de contenções, planejamento precisa considerar cenários extremos para garantir sua eficácia. Crédito: Envato A engenharia pode desempenhar um papel essencial…
19/11/2024
Tendência em alta: avanço de IA, IoT e robótica na construção permite crescimento das cidades inteligentes
O conceito de cidades inteligentes, com foco em conectividade e sustentabilidade, está ganhando destaque mundialmente. Segundo pesquisa realizada pela Mordor Intelligence, o…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.