Novas regras internacionais vão exigir a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade
Adoção das normas IFRS S1 e IFRS S2 traz benefícios a longo prazo, como acesso a novos mercados e maior competitividade
O ano de 2025 marca o início de uma nova etapa para o setor empresarial brasileiro, impulsionada pela implementação de normas internacionais que vinculam sustentabilidade à transparência financeira. Sob as normas IFRS S1 e IFRS S2 (International Financial Reporting Standards), todas as empresas de capital aberto serão obrigadas a divulgar informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, incluindo os impactos climáticos de suas operações.
O objetivo é padronizar as práticas de relatório em um cenário global, permitindo uma análise comparativa mais eficaz para investidores e a sociedade. “Essas normas têm como meta trazer informações financeiras e os impactos sobre o clima, facilitando a compreensão de práticas sustentáveis, tanto pela sociedade quanto pelos investidores institucionais”, explica Claudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio).
As normas foram publicadas em junho de 2023 pelo IASB – International Accounting Standards Board.
PMEs entram na rota da sustentabilidade
Embora o foco inicial esteja nas grandes empresas, Hermolin acredita que as pequenas e médias empresas (PMEs) também serão afetadas a longo prazo. “Hoje, essas normas impactam principalmente as grandes empresas com governança corporativa e necessidade de prestar contas aos acionistas. Mas, no médio e longo prazo, isso será aplicado a todas as empresas, independentemente do seu tamanho”, destaca.
Isso significa que, mesmo fora do escopo imediato das novas exigências, as PMEs devem começar a se preparar, implementando práticas sustentáveis e sistemas de monitoramento para garantir a conformidade futura.
Brasil na vanguarda das normas globais
O Brasil tem se destacado ao adotar as normas IFRS como obrigatórias para empresas de capital aberto por meio da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Isso coloca o Brasil à frente na integração das questões climáticas e financeiras, um movimento essencial para manter a competitividade em mercados globais.
Segundo Hermolin, o cuidado com a sustentabilidade tornou-se uma exigência tanto do mercado consumidor quanto de bancos e grandes fundos de investimento, que hoje priorizam empresas que demonstrem impactos sustentáveis claros e transparentes.
Sustentabilidade como diferencial competitivo
A incorporação dessas normas não é apenas uma questão regulatória. Empresas que não adotarem práticas sustentáveis enfrentarão dificuldades na captação de recursos e na manutenção de sua base de clientes. “A sustentabilidade será cada vez mais um diferencial competitivo, tanto na conquista do mercado consumidor quanto no acesso a recursos financeiros”, observa.
Essa transição também reflete uma mudança cultural: os consumidores estão mais conscientes e exigem que as empresas sejam transparentes quanto aos impactos de suas operações no meio ambiente.
Desafios e oportunidades para o setor da construção civil
No setor da construção civil, conhecido por seu alto impacto ambiental, as novas normas representam tanto um desafio quanto uma oportunidade. Empresas precisarão adotar soluções inovadoras para reduzir emissões de carbono, otimizar o uso de recursos e garantir que seus relatórios atendam aos padrões internacionais.
Para as PMEs do setor, a adaptação pode parecer onerosa inicialmente, mas trará benefícios a longo prazo, como acesso a novos mercados e maior competitividade.
Assim, empresas de todos os portes devem começar a revisar suas práticas de sustentabilidade e estabelecer sistemas de monitoramento que garantam a conformidade com as normas IFRS S1 e IFRS S2. Investir em consultorias especializadas e capacitar equipes internas será essencial para navegar nessa transição e transformar desafios regulatórios em oportunidades de crescimento.
Entrevistado
Claudio Hermolin é graduado em Engenharia Civil pela PUC-Rio, com especializações na Escola de Negócios da PUC-Rio, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Harvard Business School. Tem mais de 30 anos de atuação no mercado imobiliário ocupando posições de liderança, nos segmentos de engenharia, incorporação e intermediação em empresas. Atualmente, é presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e também vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) no Sudeste e conselheiro de diversas empresas.
Contato:
presidencia@sinduscon-rio.com.br
Jornalista responsável
Ana Carvalho
Vogg Experience
A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
08/01/2025
Cidades quebram recordes de temperatura e especialistas destacam inovações para combater os impactos do calor extremo
Vidros com baixa emissividade são uma das opções mais eficazes para melhorar o conforto térmico sem sacrificar a iluminação natural. Crédito: Envato O Brasil enfrentou oito…
08/01/2025
‘Edifício árvore’ traz água filtrada e ar mais puro aos moradores
A fachada foi projetada para minimizar a exposição solar. Crédito: Fischer Group Com previsão de entrega para 2029, a Fischer Group deve lançar em breve, em Balneário…
08/01/2025
Agenda: confira os principais eventos da construção civil em 2025
Programação de eventos do setor de construção, cimento e concreto acontece durante o ano todo. Crédito: Concrete Show Quer se programar para os principais eventos do setor da…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.