Nova ponte sobre o Guaíba, enfim, sai do papel
Obra terá 1.900 metros de extensão e outros 5.400 metros de acessos e elevados. Ao todo, consumirá 170 mil m³ de concreto e 17.600 toneladas de aço
Obra terá 1.900 metros de extensão e outros 5.400 metros de acessos e elevados. Ao todo, consumirá 170 mil m³ de concreto e 17.600 toneladas de aço
Por: Altair Santos
Antiga reivindicação da população que mora em Porto Alegre-RS e no entorno da capital gaúcha, a segunda ponte sobre o rio Guaíba finalmente sairá do papel. A obra, que será custeada por recursos federais, teve seu contrato assinado no final de março de 2014 e a instalação do canteiro de obras está prevista para junho. Avaliado em R$ 649,6 milhões, o empreendimento terá 1.900 metros de extensão e tende a acabar com os seguidos congestionamentos causados pelo esgotamento da ponte antiga, cujo vão é móvel, e que está em operação desde 1958.
O responsável pela construção será o Consórcio Ponte do Guaíba, das empresas Queiroz Galvão e EGT Engenharia. O resultado da licitação para a contratação dos responsáveis pela elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia, e pela execução das obras de construção, foi homologado pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). “Além dos 1.900 metros da ponte, o complexo rodoviário ligado à obra terá um total de 7,3 quilômetros, considerando acessos e elevados”, explica o diretor-geral do DNIT, Jorge Fraxe.
Pelo projeto aprovado na licitação, a obra vai utilizar um total de 170 mil m³ de concreto e consumir 17.600 toneladas de aço. A previsão que haja a contratação de 1.100 operários. Parte do complexo rodoviário que se erguerá em torno da ponte receberá pavimento em concreto, pois é esperada uma grande demanda de veículos pesados (caminhões). Também por esse motivo, as dimensões da pista foram projetadas para receber esse fluxo. “Em cada sentido, haverá duas faixas de trânsito de 3,6 metros, refúgios central e lateral de, no mínimo, 1,20 metros, acostamento de, no mínimo, três metros de largura”, diz Fraxe, que é graduado em engenharia civil e general do exército.
Previsão de entrega: 2017
A segunda ponte sobre o rio Guaíba ficará interligada às rodovias federais BR-116, BR-386 e BR-448. Ela fará a conexão da capital gaúcha com o sul do Rio Grande do Sul, passando pela Ilha do Pavão até a Ilha Grande dos Marinheiros. A expectativa é de que 50 mil veículos utilizem diariamente a nova ponte. É quase o mesmo fluxo que hoje trafega na ponte antiga. Outra previsão é de que a obra seja concluída até o final de 2017. Isso se todas as licenças ambientais forem obtidas. Um dos impasses é a realocação de 850 famílias, que hoje residem no percurso onde passará a ponte.
O esgotamento de capacidade do sistema atual começou em 1999. A ponte Getúlio Vargas tem um vão móvel que eleva um trecho de pista de 58 metros de extensão e 400 toneladas de peso a uma altura de 24 metros (cada torre tem 43 metros até a base, sob a água). O vão é içado sempre que é necessária a passagem de embarcações de grande porte. Mensalmente, esse movimento da ponte ocorre 45 vezes, em média. Os constantes içamentos do vão móvel geram congestionamentos no sistema viário da capital e rodovias da região. Desde 1999, a ponte já foi interditada oito vezes em consequência da fadiga e do envelhecimento do vão móvel.
Entrevistado
Jorge Fraxe, diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)
Contato: imprensa@dnit.gov.br
Crédito Foto: Divulgação/Dnit
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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