Nos moldes em que foi criado, Minha Casa Minha Vida acabou
Programa completa 10 anos em março de 2019, mas precisa revisar fundamentos para combater déficit habitacional
A Fundação Getúlio Vargas apresentou dia 22 de janeiro de 2019 o estudo “Morar longe: o Programa Minha Casa Minha Vida e a expansão das regiões metropolitanas”. A pesquisa serviu de subsídio para os debates ocorridos no seminário “Moradia e Expansão das Metrópoles Brasileiras”. O encontro questionou a eficácia do programa e expôs dados que mostram que o MCMV, caso seja mantido pelo governo, terá que rever seus fundamentos. Nos moldes em que foi criado, há 10 anos, o programa acabou, ainda que tenha se tornado o plano habitacional mais bem sucedido da história do país.
A percepção de que o programa necessita de mudanças também é compartilhada pelos empresários da construção civil. Para eles, o MCMV já não tem tanto impacto sobre os negócios. Um dos motivos apontados é a incerteza em relação à mudança de governo. Os dados recentes confirmam essa tendência. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as contratações de unidades do programa recuaram para 14 mil em janeiro de 2019 – o menor nível, desde o lançamento do MCMV, em março de 2009.
Emergencialmente, o governo federal liberou, no dia 2 de março de 2019, R$ 700 milhões para pagar parcelas vencidas às construtoras que participam do programa habitacional. Para o setor, o principal sinal de que haveria disposição para alavancar o Minha Casa Minha Vida viria do incentivo às contratações de unidades na faixa 1,5 do programa, voltado para famílias com renda até R$ 2,6 mil, e que, na prática, encontra dificuldades para atingir as metas a que se propôs. Isso coincide com os problemas elencados no seminário da FGV.
Veja os 7 pecados capitais do Minha Casa Minha Vida
Os motivos pelos quais o Minha Casa Minha Vida precisa ser revisado são os seguintes, de acordo com o que aponta a Fundação Getúlio Vargas:
- O programa só funcionou nas faixas 2 e 3, mas não atingiu seus objetivos nas faixas 1 e 1,5.
- O programa perdeu sustentabilidade quando o governo Temer liberou recursos das contas inativas do FGTS para saque.
- A crise impediu que o governo continuasse subsidiando o MCMV, o que inviabilizou a principal razão do programa: estimular a construção das HIS (Habitações de Interesse Social).
- Perdeu foco no combate ao déficit habitacional.
- Fim do Ministério das Cidades.
- Construção de conjuntos habitacionais com milhares de unidades, o que inviabiliza a gestão e desestimula as famílias a continuarem morando nas habitações.
- Muitos casos de construções malfeitas e ausência de infraestrutura básica (escola, postos de saúde, delegacias, etc).
Atualmente, o Minha Casa Minha Vida atende famílias com 4 faixas de renda.
Faixa 1
Famílias com renda de até R$ 1.800,00: financiamento de até 120 meses, com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00.
Faixa 1,5
Famílias com renda de até R$ 2.600,00: financiamento em até 30 anos, com taxas de juros de apenas 5% ao ano, e subsídios de até 47,5 mil reais.
Faixa 2
Famílias com renda de até R$ 4.000,00: subsídios podem chegar até R$ 29.000,00.
Faixa 3
Famílias com renda de até R$ 7.000,00: oferece taxas de juros diferenciadas em relação ao mercado.
Assista a íntegra do seminário “Moradia e Expansão das Metrópoles Brasileira”
Entrevistado
Reportagem com base no seminário “Moradia e Expansão das Metrópoles Brasileiras”, da Fundação Getúlio Vargas
Contato: economia@fgv.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
18/12/2024
Obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte foram iniciadas
Em setembro de 2024, tiveram início as obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte. Com uma extensão de 10,5 km e sete novas estações, a linha conectará a Estação Nova Suíça ao…
18/12/2024
Construção civil deve encerrar com crescimento de 4,1% em 2024 e superar a média nacional do PIB
O ano de 2024 marcou um período de crescimento expressivo para a construção civil no Brasil. Segundo o IBGE, o setor cresceu 4,1% no acumulado dos três primeiros trimestres,…
18/12/2024
Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade bate recorde de inscrições com projetos que transformam o setor da construção
A 25ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade alcançou um marco inédito, com 101 inscrições de projetos que propõem soluções inovadoras e sustentáveis para a…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.