Norma técnica que baliza cálculo do CUB está em revisão
Comissão de estudos foi instalada em maio de 2017, mas novo texto da ABNT NBR 12721:2006 não tem prazo para publicação
ABNT NBR 12721:2006 – Avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios (condomínios verticais e horizontais) -, que normatiza o cálculo e a divulgação do Custo Unitário Básico (CUB/m²), está em processo de revisão, que começou em maio de 2017. Foi constituída uma comissão de estudos, no âmbito do CB-002 da ABNT (Comitê Brasileiro da Construção Civil), que agora se debruça sobre a atualização de todas as etapas que resultam no cálculo do CUB. Segundo o coordenador da revisão da norma, Daniel Furletti, do SindusCon-MG, a publicação do novo texto da ABNT NBR 12721:2006 levará um pouco mais de tempo, pois o processo é mais longo. “Há várias etapas que precisam ser cumpridas”, diz.
Segundo explica Daniel Furletti, o cálculo do CUB é baseado nos custos dos projetos que envolvem uma obra (elétrico, arquitetônico, hidráulico, estrutural, etc). “Como os projetos se modernizam, a revisão acontece neste contexto. A comissão de estudo constituída vai atualizar os projetos básicos da norma. Estamos na fase de formatação e atualização desses projetos, para poder precificá-los”, afirma o coordenador da norma. A expectativa é de que no 90º ENIC (Encontro Nacional da Indústria da Construção), que acontece de 16 a 18 de maio, em Florianópolis-SC, um texto-base da revisão seja apresentado aos principais agentes da construção civil. O setor de banco de dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) também atua na assessoria da revisão da ABNT NBR 12721:2006.
O Custo Unitário Básico (CUB/m²) teve origem através da Lei Federal nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964. É calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil (SindusCons) de todo o país. Determina o custo da obra para fins de cumprimento do estabelecido na lei de incorporação de edificações habitacionais em condomínio, assegurando aos compradores em potencial um parâmetro comparativo à realidade dos custos. Atualmente, a variação percentual mensal do CUB tem servido como mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de apartamentos em construção e até mesmo como índice setorial. O CUB/m² possui aparato legal e técnico. De acordo com a ABNT NBR 12721:2006, é feito um levantamento de informações junto a uma amostra de cerca de 30 empresas da construção, pertencentes à base territorial do SindusCon em questão, quando são coletados os custos de materiais, mão de obra, despesas administrativas e de aluguel de equipamentos. Os dados passam por tratamento estatístico e depois são processados através de uma combinação entre preços e pesos dos insumos, para cada especificação.
Por sua confiabilidade, CUB também funciona como índice econômico
A variação mensal do CUB também é utilizada para outras finalidades, como balizar os custos de registros de compra e venda de imóveis. Além disso, funciona como um índice. A Receita Federal usa o Custo Unitário Básico para fazer a aferição do pagamento de INSS à mão de obra da construção civil. Outros agentes econômicos utilizam o CUB para compor cálculos de inflação e outras variações de preços. “Por se tratar de um indicador com suporte técnico e legal, o cálculo do CUB adquiriu credibilidade para vários agentes econômicos”, ressalta Daniel Furletti. O assessor econômico do SindusCon-PR, Gustavo Henrique Pereira, lembra ainda que a revisão fará do CUB um indicador ainda mais confiável, além de adequar seus custos à ABNT NBR 15575:2013 (Norma de Desempenho), que passou a ser incorporada nos projetos dos empreendimentos.
Para Gustavo Henrique Pereira, o impacto que a revisão irá causar sobre o consumidor de imóveis não será significativo. “Talvez a alteração dos valores do CUB possa modificar o valor de alguns custos de documentação e taxas que são atrelados ao índice, mas isso é pouco representativo no custo total da obra. Também pode ter influência em contratos de financiamento que utilizam o CUB como indexador. Porém, a revisão não afetará essa correção. Já passamos por revisões da norma do CUB anteriormente e isso não impactou nas correções”, destaca.
Entrevistados
– Daniel Furletti, coordenador sindical do SindusCon-MG e coordenador da revisão da ABNT NBR 12721:2006
– Gustavo Henrique Pereira, assessor econômico do SindusCon-PR
Contatos
sinduscon@sinduscon-mg.org.br
imprensa@sindusconpr.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
18/12/2024
Obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte foram iniciadas
Em setembro de 2024, tiveram início as obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte. Com uma extensão de 10,5 km e sete novas estações, a linha conectará a Estação Nova Suíça ao…
18/12/2024
Construção civil deve encerrar com crescimento de 4,1% em 2024 e superar a média nacional do PIB
O ano de 2024 marcou um período de crescimento expressivo para a construção civil no Brasil. Segundo o IBGE, o setor cresceu 4,1% no acumulado dos três primeiros trimestres,…
18/12/2024
Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade bate recorde de inscrições com projetos que transformam o setor da construção
A 25ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade alcançou um marco inédito, com 101 inscrições de projetos que propõem soluções inovadoras e sustentáveis para a…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.