Não é preciso ir à Justiça para resolver conflitos na obra
Acordo amigável é a melhor solução, pois poupa tempo e gera menores impactos financeiros ao gestor e ao prestador de serviço
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que a gestão de terceiros é atualmente um dos principais desafios das construtoras. Empreendimentos de porte médio chegam a envolver mais de 20 prestadoras de serviço no canteiro de obras. Por isso, as chances de acontecerem conflitos são grandes. Na maioria das vezes, prazo da entrega e qualidade do trabalho são os pontos que mais geram divergências. Há casos mais graves em que os desentendimentos forçam o rompimento de contratos e paralisam a obra, gerando demandas judiciais que podem levar anos para serem resolvidas.
Segundo o gestor de suprimentos, Carlos Eduardo Denadai, o acordo amigável é a melhor solução. Por dois motivos: poupam tempo e geram menores impactos financeiros para os dois lados – gestor da obra e prestador de serviço. Mas para que o acordo não resulte em questionamentos futuros do prestador de serviço, e esse não bata às portas da justiça, o especialista destaca que é preciso atenção ao encerramento dos contratos. “A obra é realizada por etapas. Então, se já terminou a fundação, se já terminou a terraplanagem, é preciso exigir do prestador um termo de quitação do contrato. Com esse termo de encerramento de contrato, ele não poderá alegar que ficou faltando um aditivo ou algo parecido”, diz.
Para se chegar a uma boa quitação de contrato é necessário fazer uma boa gestão do contrato. “Os fornecimentos de serviços, de mão de obra, de equipamentos e de material de construção precisam de acompanhamento constante. O gestor da obra deve fazer isso, no mínimo, semanalmente, para repetir o processo quinzenalmente e mensalmente”, alerta Carlos Eduardo Denadai. Isso não apenas permite o controle dos contratos como o estabelecimento de estratégias de negociação. “É aqui que o gestor estabelece uma nova política de preço com determinado fornecedor ou até busca um novo fornecedor, se for o caso”, destaca.
Avaliação contínua de fornecedores deve ter como objeto o foco no resultado
Para não correr riscos contratuais, é importante também que a construtora, através de sua gestão de suprimentos, faça a avaliação contínua de fornecedores. “Esse não é um trabalho simples, pois ela mostra situações indesejadas e enxerga as falhas de contratação. Mas é importante que isso seja mostrado, por duas razões: corrigir falhas do fornecedor ou substituí-lo, se for o caso”, comenta Carlos Eduardo Denadai. “Hoje não dá mais para o construtor encontrar o fornecedor na assinatura do contrato e depois só vê-lo novamente na próxima concorrência. Isso esta fadado ao insucesso. É preciso estar junto com o fornecedor ao longo de todo o andamento da obra”, ressalta.
Por fim, o especialista reforça que tudo o que se almeja alcançar, no que se refere a ter prestadores de serviço e fornecedores que não tragam problemas, mas que atuem em conjunto para buscar a qualidade da obra, é a performance. “Hoje uma obra necessita ter foco no resultado, e todos os envolvidos precisam estar conscientes disso”, finaliza.
Veja palestra de Carlos Eduardo Denadai
Entrevistado
Reportagem com base em palestra do engenheiro civil Carlos Eduardo Denadai no Fórum de Compras e Engenharia de Suprimentos na Construção Civil
Contato: cursos@pini.com.br
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
18/12/2024
Obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte foram iniciadas
Em setembro de 2024, tiveram início as obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte. Com uma extensão de 10,5 km e sete novas estações, a linha conectará a Estação Nova Suíça ao…
18/12/2024
Construção civil deve encerrar com crescimento de 4,1% em 2024 e superar a média nacional do PIB
O ano de 2024 marcou um período de crescimento expressivo para a construção civil no Brasil. Segundo o IBGE, o setor cresceu 4,1% no acumulado dos três primeiros trimestres,…
18/12/2024
Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade bate recorde de inscrições com projetos que transformam o setor da construção
A 25ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade alcançou um marco inédito, com 101 inscrições de projetos que propõem soluções inovadoras e sustentáveis para a…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.