Na pós-pandemia, hospital será ambiente da engenharia

COVID-19 mostra o quanto essas edificações precisam estar com obras, manutenção e equipamentos em dia

Normalização para construir hospitais deve atender tanto às exigências do Ministério da Saúde quanto da ABNT Crédito: Governo do Ceará
Normalização para construir hospitais deve atender tanto às exigências do Ministério da Saúde quanto da ABNT
Crédito: governo do Ceará

Engenharia hospitalar, arquitetura hospitalar, engenharia clínica e engenharia de manutenção hospitalar são profissões em alta diante do cenário de pandemia desencadeado pela COVID-19. Para um dos pioneiros desse setor no Brasil, o engenheiro civil Fumio Araki, hospitais serão ambientes compartilhados cada vez mais por médicos, enfermeiros, engenheiros e arquitetos. “A doença deixou evidente o quanto essas edificações precisam estar com obras, manutenção e equipamentos em dia”, diz. 

Ao participar do webinar “O futuro promissor da profissão do engenheiro de manutenção hospitalar, após a pandemia”, promovido pelo INBEC (Instituto Brasileiro de Educação Continuada), Fumio Araki mostra o quanto o projeto de um hospital se diferencia de outras edificações, como instalações industriais e prédios residenciais e corporativos. “São construções com muitas peculiaridades. Hospital é uma eterna obra, que deve ser projetada e executada de acordo com as normas do ministério da Saúde e da ABNT”, afirma.

Sobre as mudanças arquitetônicas que os hospitais tendem a incorporar após a chegada da COVID-19, Fumio Araki aponta no webinar que ventilação e iluminação natural ganharão preponderância nos novos projetos. Os conceitos não são novos. Começaram no século 19, em Paris-França, no Hospital Lariboisiére, que tinha um ambiente ventilado, ensolarado e limpo, diferentemente dos hospitais da época, cuja maioria era insalubre. 

Após estagiar no Lariboisiére, a britânica Florence Nightingale – considerada a fundadora da enfermagem moderna – passou a propagar pela Europa a ideia de que hospitais precisavam ser arejados, iluminados e limpos, o que ajudou a derrubar as taxas de mortalidade em ambientes hospitalares. “Com a COVID-19, mais do que nunca hospitais não poderão abdicar de ar fresco e luz natural em suas estruturas”, afirma Fumio Araki. 

Entenda cada uma das especialidades relacionadas com projetos hospitalares

Mas o que faz cada uma das especialidades relacionadas com a construção de um hospital? A engenharia hospitalar engloba projeto, construção, manutenção, instalações (elétrica, hidráulica, ar condicionado, gases medicinais, etc.), obras e reformas (predial e instalações). A arquitetura hospitalar cuida do planejamento arquitetônico e atende os seguintes requisitos: expansão da área do hospital, modulação e padronização das instalações, sustentabilidade (de insumos a consumo de energia) e humanização do ambiente.  

A engenharia clínica abrange gerenciamento, manutenção e reposição dos equipamentos médicos; inventários e cadastramento dos aparelhos; elaboração de normas e padrões técnicos; treinamentos periódicos aos usuários de equipamentos; cadastro de fornecedores e prestadores de serviços de assistência técnica e monitoração de custos da gestão. Já a manutenção hospitalar é o conjunto de trabalhos para que todo o sistema hospitalar – prédios e equipamentos – esteja em condições de funcionamento e de preservação da vida.  

Para o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin), Alexandre Ferreli, o espaço hospitalar não se restringe aos especialistas em engenharia hospitalar, arquitetura hospitalar, engenharia clínica e engenharia de manutenção hospitalar. Ele aponta que nas unidades de saúde há espaço para a atuação de outros profissionais do Sistema Confea/CREA. “Temos também engenheiros civis, mecânicos, de produção e biomédica. Cada vez mais os hospitais precisam dos engenheiros para deixar a tecnologia disponível para os profissionais da saúde. Nosso mote é que os engenheiros também ajudam a salvar vidas”, resume.

Acompanhe o webinar “O futuro promissor da profissão do engenheiro de manutenção hospitalar, após a pandemia

Entrevistado
Reportagem com base no webinar “O futuro promissor da profissão do engenheiro de manutenção hospitalar, após a pandemia”, promovido pelo INBEC.

Contato
celak@amcham.com.br
fortaleza@inbec.com.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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