Museu do Ipiranga é inaugurado após reforma
Projeto contou com uma equipe de restauração que cuidou do Edifício-Monumento e uma equipe de obra que fez o prédio novo
Após nove anos fechado para visitação, o Museu do Ipiranga na cidade de São Paulo, foi reinaugurado em setembro de 2022. Com as obras iniciadas em 2019, ele passou por um processo de restauração e modernização. Agora, o museu conta com uma área construída dobrada e área expositiva triplicada, além de acessibilidade a todos os pavimentos do edifício, e a recuperação do Jardim Francês e suas fontes.
“A edificação histórica passou por uma grande restauração e modernização. Além disso, ela recebeu uma edificação nova que adentra pelo museu. Por isso, o projeto contou com uma equipe de restauração que cuidou do Edifício-Monumento, e uma equipe de obra, que fez o prédio novo. São conhecimentos diferenciados que estão trabalhando em áreas específicas”, explica Maria Aparecida Soukef, diretora de operações da Concrejato Engenharia.
O custo da reforma é estimado em R$ 235 milhões – além dos recursos incentivados, que são a maioria, há investimentos privados sem incentivo fiscal e também aportes públicos.
Etapas e desafios da obra e da restauração
Pinturas embaladas: dois grandes quadros precisaram ser embalados para a restauração, “A Conversão do Apóstolo Paulo a Caminho de Damasco” e “Partida da Monção”, uma vez que elas não podem ser retiradas pela porta devido ao seu tamanho.
Proteção dos ambientes: para a reforma, foi preciso proteger tudo aquilo que permaneceria no ambiente, como pisos e móveis. Além disso, as portas foram retiradas para a restauração.
Retirada dos degraus: por meio de um processo minucioso, os degraus da escadaria frontal foram retirados. “Fizemos recadastramento topográfico, depois mapeamos todas as pedras, enumerando todas elas. Em seguida, fizemos a retirada delas uma a uma. Elas ficaram alinhadas e guardadas desta forma”, aponta Maria Aparecida.
Retirada do asfalto: este material foi retirado e deu lugar a um piso de mosaico português. “Trata-se de um projeto sustentável no sentido de inserir elementos que possibilitam a ventilação e drenagem do museu”, afirma Maria Aparecida.
Escoramento da murada: esta etapa é feita para que ela fique preservada, uma vez que será a porta de entrada do museu. “A contenção é o que vai dar suporte e condições de se implantar a ampliação do prédio que vai ligar o Museu ao Edifício-Monumento”, declara Maria Aparecida.
Restauração da fachada: Para Wallace Caldas, arquiteto restaurador na Velatura Restaurações, um grande desafio é iniciar uma ação de restauração de fachada, sendo que o entorno, muito próximo ao prédio, estava em processo de escavação. O plano foi criar um projeto de andaimes que facilitasse o movimento horizontal das pessoas dentro da infraestrutura.
Execução da sobre cobertura: o museu recebeu mais um andar, com ocupação arquitetônica com salas expositivas, uma passarela ligando os dois torreões. “Para isso, foi necessário montar uma sobre cobertura provisória para desmobilizar o telhado. As telhas foram removidas e levadas à oficina de cobre para restauro e recuperação. Depois este material reciclado foi reaproveitado em um novo telhado”, comenta Frederico Martinelli, engenheiro civil da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP).
Testes de pintura: a especificação da cor do prédio é baseada em prospecções. Foram feitos quatro testes e foi eleito um tom híbrido, intermediário, juntamente com os tons das portas.
Porão: originalmente, o prédio foi construído com um porão que não era habitável, era apenas para ventilação. Na década de 1950, ocorreu uma ocupação no local para aumentar o espaço expositivo do museu, só que de uma forma incorreta. “Eles romperam fundações do prédio e causaram patologias que agora estão sendo arrumadas. Neste projeto, optamos por recuperar o espaço de ventilação do subsolo. Previmos todas as instalações correndo como uma grande galeria. Então por ali passam todas as instalações elétricas, de automação e hidráulicas. Essa galeria se distribui ao longo do prédio e vai subindo sala a sala pontualmente” destaca Mauro Halluli, arquiteto da FUSP.
Concretagem da laje do edifício ampliação: faz parte da esplanada que foi recomposta. “Tivemos 15 etapas de concretagem desde o início da obra. Chegamos a ter fases com até 59 caminhões. Como esse concreto é pigmentado, ele vem da usina já nessa cor especificada e ele não pode secar dentro do caminhão. Conforme um acaba, o outro já tem que iniciar novamente. Por este motivo, tem que ser tudo concretado no mesmo dia”, destaca Halluli.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=83fXs9aj0Fs
Fontes
Maria Aparecida Soukef é diretora de operações da Concrejato Engenharia
Wallace Caldas é arquiteto restaurador na Velatura Restaurações
Frederico Martinelli é engenheiro civil da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP)
Mauro Halluli é arquiteto da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP)
Contato
Assessoria de imprensa – imprensamuseudoipiranga@conteudonet.com
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
26/12/2024
Saque do FGTS: entidades alertam para o desvio de funcionalidade do Fundo e a ameaça ao financiamento habitacional
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), criado para proteger o trabalhador em situações de desemprego e financiar a habitação popular, infraestrutura e saneamento, tem…
26/12/2024
Setor da construção civil deve desacelerar em 2025, segundo CBIC
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) estima que o setor deve se consolidar com um crescimento de 4,1% em 2024. No entanto, para 2025, a expectativa é de…
26/12/2024
Pesquisa mostra que 55% das rodovias apresentam condições insatisfatórias de pavimentação, sinalização e geometria
A Pesquisa CNT de Rodovias 2024, realizada pela Confederação Nacional do Transporte, avaliou mais de 110 mil quilômetros de estradas e 55% das vias apresentam condições…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.