Segundo pesquisa, mulher qualifica indústria do concreto

Por outro lado, estudo apresentado nos Estados Unidos mostra também que a mão de obra feminina encontra dificuldades para atuar no setor

Por outro lado, estudo apresentado nos Estados Unidos mostra também que a mão de obra feminina encontra dificuldades para atuar no setor

Por: Altair Santos

Mulheres que atuam na indústria norte-americana do concreto criaram em 2005 a Aliança das Mulheres que trabalham com Concreto (WICA – Women in Concrete Alliance). Há 12 anos, elas vêm realizando ações para aumentar o espaço do sexo feminino no setor. O grupo, fundado pelas engenheiras civis Kimberly Kayler e Kari Moosmann, ganhou o apoio do Instituto Americano de Concreto (ACI) e também vem marcando presença em vários eventos que ocorrem em outros países, a fim de disseminar seus conceitos.

Diretoria da Women in Concrete Alliance (WICA): elas se unem para ganhar mercado nos EUA
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No entanto, apesar dos esforços, recente pesquisa revelada pela WICA mostra que a resistência à mulher ainda persiste. O estudo mostra que, mesmo mais qualificadas, as mulheres que se candidatam a vagas na indústria do concreto perdem a disputa para homens que têm até 80% menos especialização. O levantamento revela ainda que os salários das mulheres que trabalham neste setor são, em média, 20% menores, mesmo com elas ocupando a mesma função que homens.

Por outro lado, a mão de obra feminina que consegue superar as barreiras se mantém por mais tempo no mesmo trabalho. A média dos homens é de cinco anos por empresa, enquanto as mulheres ficam até quinze anos na mesma companhia. Segundo Kimberly Kayler, o cenário tende a mudar nos próximos anos, por um único motivo: o volume de mulheres que estão nas universidades norte-americanas cursando engenharia civil já supera o de homens. “Estimo que em dez anos a indústria do concreto será obrigada a contratar mulheres. Mas por que não fazer isso agora?”, questiona.

O estudo teve a coordenação de Sefla Fuhrman, doutora em engenharia civil pela Universidade de Nova Orleans, e foi divulgada pela WICA e pela ACI. “Me especializei na aplicação do concreto na paisagem urbana. O material agregou muita tecnologia, mas a indústria ainda resiste a contratar mulheres. Acho que poderíamos ajudar na questão da sustentabilidade do concreto”, avalia a autora da pesquisa.

Diante dos resultados do estudo, Mike Schneider, presidente da ACI, propôs que o Instituto Americano de Concreto se empenhe em criar um programa que incentive a contratação da mão de obra feminina na indústria norte-americana do concreto. “Compete ao setor ter mais diversidade e inclusão em nossa força de trabalho. Ao fazer isso, teremos um suprimento adequado de profissionais e comerciantes para apoiar a demanda da indústria. Atrair mais mulheres para a indústria é uma solução possível”, afirmou.

No Brasil

Mulheres que atuam na indústria do concreto ganham 20% a menos nos EUA, mesmo ocupando a mesma função que os homens
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No Brasil, não existe estudo que abranja o tema mulher na indústria do concreto. O que há são programas que procuram qualificar a mão de obra feminina para atuar na construção civil. Um deles é desenvolvido por alunos da USP, no campus de São Carlos-SP, e que promove a ação empreendedora de mulheres para atuarem em serviços elétricos, hidráulicos, civis e de marcenaria.

A USP integra o programa Enactus, que fomenta o empreendedorismo social dentro das universidades e está presente em 36 países e em mais de 1.700 instituições de ensino. No Brasil, atua desde 1998 e engloba 84 universidades. Nestes quase 20 anos, já foram impactadas mais de dez mil mulheres. O programa, atualmente, envolve mais de dois mil estudantes e cem professores.

 

 

 

Entrevistado
Women in Concrete Alliance (WICA) (via assessorial de imprensa da ACI)

Contatos
kkayler@constructivecommunication.com
kmoosmann@constructivecommunication.com
www.womeninconcretealliance.org

Crédito Fotos: ACI e Divulgação

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330


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