Momento serve de estímulo às tecnologias do concreto
Presidente da ABESC revela que existe muito espaço para que o Brasil avance no emprego de boas práticas de concretagem
Em web seminário, o presidente da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), Jairo Abud, faz uma análise do setor de concreto no Brasil em período de pandemia de Coronavírus. O dirigente destaca que o momento pode servir para que a construção civil empregue melhor as tecnologias disponíveis para a concretagem – e também para agregar novas tecnologias. “Em média, o Brasil bombeia hoje 6 m3 por hora na obra. Nos Estados Unidos e na Alemanha, esse volume chega a 40 m3. Isso mostra o quanto podemos avançar no emprego das tecnologias e das boas práticas de concretagem, a fim de obter ganhos de produtividade”, diz.
Abud avalia que após a pandemia as construtoras tendem a se tornar mais seletivas e buscar concreteiras capacitadas para fornecer tecnologias que tragam ganhos de qualidade, de tempo e de custos para as obras. “Algumas concreteiras no Brasil não têm sequer um engenheiro responsável”, lamenta. Ele também sugere que, para melhorar a produtividade na concretagem, sejam adotadas soluções diferentes das praticadas atualmente. “Em vez de contratar o equipamento de bombeamento por metro cúbico (m3) deveria se contratar por hora. Isso certamente levaria a um ganho de produtividade”, diz. O presidente da ABESC também entende que a remuneração pelo fck (resistência) do concreto seria algo que poderia ser implantado no Brasil.
Recomendação é que entrega do concreto na obra siga protocolos internacionais de saúde
Sobre o impacto da crise gerada pela pandemia de Coronavírus no setor de concreto, Jairo Abud explica que o segmento será atingido nas suas projeções de crescimento e também na redução de prazos imposta às concreteiras. “O setor de concreto vinha de 6 anos de recessão e 2020 era um ano muito promissor. Em 2019, já estávamos acelerando. Na média, o crescimento chegou a 7,5% entre nossas associadas, ou seja, quando o PIB do país sobe, o do concreto sobe mais. Porém, quando o PIB nacional cai, o setor do concreto cai mais que o PIB. É que a autoconstrução substitui o serviço de concretagem e isso impacta também no capital de giro das concreteiras. Por exemplo, nessa crise alguns fornecedores de insumos estão reduzindo os prazos, o que tem exigido mais fôlego financeiro das empresas de concretagem”, revela.
O presidente da ABESC comenta ainda que o setor de concreto estava muito confiante de que as obras de infraestrutura viessem fortes no 2º semestre, mas ele acredita que isso não deverá acontecer. “A tendência é que o consumo de concreto siga concentrado no setor imobiliário”, avalia. O dirigente também cita que, sob o ponto de vista de risco de contaminação na obra, a entrega do concreto está bem protegida. “Estamos seguindo os mesmos protocolos estabelecidos pela Federación Iberoamericana del Hormigón Premezclado, pelo National Ready Mixed Concrete Association e pela European Ready Mixed Concrete Organization. Além disso, o motorista trafega sozinho no caminhão-betoneira, o que minimiza o risco de contaminação”, conclui.
Assista ao vídeo com a participação do presidente da ABESC (a partir de 31min)
Entrevistado
Reportagem com base no web seminário “Perspectivas pós-Covid-19”, com participação do presidente da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), Jairo Abud
Contato
abesc@abesc.org.br
todospelaconstrucao@ethos.solutions
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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