Mercado imobiliário bate recorde histórico de lançamentos e vendas em 2024 e encara desafios para 2025

Com crescimento de lançamentos e vendas, setor se prepara para um ano de ajustes diante de juros altos e reformas econômicas

Compra da casa própria para imóveis novos vai ser mais estimulada do que financiamentos para imóveis usados. Crédito: Envato

O mercado imobiliário brasileiro fechou 2024 com números históricos, impulsionado pelo forte desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e pelo apetite crescente dos consumidores. 

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os lançamentos imobiliários atingiram 383.483 unidades em 2024, um aumento de 18,6% em relação ao ano anterior. Já as vendas somaram 400.547 unidades no ano de 2024, um crescimento de 20,9% em comparação ao ano anterior.

“Desde dezembro de 2022 até dezembro de 2024, o mercado absorveu tudo que foi lançado, com as vendas superando os lançamentos. Isso significa que o brasileiro valoriza a casa própria, dá valor à aquisição”, revela o presidente da CBIC, Renato Correia. Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 4º Trimestre de 2024, realizada pela CBIC em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.

Os números do quarto trimestre consolidaram essa tendência de alta, com 111.671 unidades lançadas, um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período de 2023. Já as vendas alcançaram 104.194 unidades, crescendo 19,4% no comparativo anual.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, aponta o dado histórico registrado no período. “O quarto trimestre registrou aumento tanto em lançamentos quanto em vendas. Foi o período com o maior número de unidades lançadas desde o primeiro trimestre de 2017, quando teve início a pesquisa”, explicou.

Com esse ritmo acelerado, o estoque de imóveis disponíveis caiu 7,8%, fechando 2024 com 291.928 unidades. Se essa média de vendas for mantida, o estoque de imóveis seria liquidado em aproximadamente 8, 7 meses, caso não houvesse novos lançamentos.

Setor impulsiona a economia e ganha força nas regiões

Regionalmente, o Sudeste se manteve como líder de mercado, com quase 198.496 unidades lançadas, seguido pelo Sul (79.622 unidades), Nordeste (71.319 unidades), Centro-Oeste (24.751 unidades) e Norte (9.295 unidades).

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) teve papel fundamental nesse crescimento. No quarto trimestre, 47% dos lançamentos no país foram dentro do programa habitacional e 44% das vendas totais. Em regiões como o Norte, essa participação chegou a 83%.

Desafios para 2025: juros altos e cenário econômico instável

Apesar do desempenho positivo, 2025 deve trazer um crescimento mais moderado. A CBIC projeta uma expansão de 2,3% para o setor da construção civil, impactada principalmente pelos juros elevados e pelo déficit fiscal do Governo Federal. “Atualmente, estamos com 13,25% de taxa básica e a projeção é fechar em 15% o ano de 2025. Isso aumenta significativamente o aumento do financiamento, mas não para pessoas físicas. Traz impacto para a pessoa jurídica, que já está pagando quatro pontos percentuais a mais”, observa Correia.

O cenário para o mercado imobiliário também será de ajustes. Enquanto as vendas do Minha Casa, Minha Vida devem crescer cerca de 5%, outros segmentos devem ter um avanço mais tímido, entre 1% e 2%. Além disso, a escassez de mão de obra qualificada e a valorização do dólar devem pressionar os custos da construção.

Leia mais: https://www.cimentoitambe.com.br/setor-de-construcao-civil-deve-desacelerar-em-2025-segundo-cbic/

Ano de adaptação e novas oportunidades

Diante desse cenário, o mercado imobiliário deve buscar estratégias para manter sua resiliência. O fortalecimento do crédito imobiliário, medidas para estabilizar os juros e incentivos governamentais ao setor habitacional serão determinantes para garantir o crescimento sustentável. “O imóvel continua sendo um bom negócio, mas a aquisição de imóveis novos será incentivada, enquanto o governo tem limitado o financiamento de imóveis usados”, avalia o presidente da CBIC.

Após um 2024 histórico, o setor se prepara para um ano de ajustes e adaptação. O ritmo de crescimento pode desacelerar devido à alta dos juros, mas o apetite dos consumidores e a demanda habitacional seguem firmes, garantindo oportunidades para quem deseja investir na casa própria.

Fonte
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

Contato:
ascom@cbic.org.br

Jornalista responsável
Ana Carvalho
Vogg Experience

A opinião dos entrevistados não reflete necessariamente a opinião da Cia. de Cimento Itambé.



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