RJ combate enchentes com rio de concreto
Obra de R$ 292 milhões envolve mais de 55 mil m³ de concretagem e tem previsão de entrega para o primeiro semestre de 2014.
Obra de R$ 292 milhões envolve mais de 55 mil m³ de concretagem e tem previsão de entrega para o primeiro semestre de 2014
Por: Altair Santos
A construção de um rio subterrâneo em leito de peças pré-fabricadas de concreto, além de cinco piscinões, pretende pôr fim às históricas enchentes no centro da cidade do Rio de Janeiro. A megaobra interligará dois conhecidos rios da capital fluminense – o Joana e o Maracanã -, desviando a vazão de ambos para a Baía da Guanabara. A previsão é que o empreendimento envolva pelos menos 55 mil m³ de concreto, com investimento de R$ 292 milhões. “São intervenções que vão mitigar de forma enfática as históricas inundações que há um século causam transtornos aos cariocas”, diz o engenheiro civil Paulo Luiz da Fonseca, chefe de gabinete da Fundação Rio-Águas.
Dos piscinões, o da Praça da Bandeira é o que está com o cronograma mais adiantado. A execução já atingiu 75%. Os reservatórios serão os que consumirão mais concreto. Os cálculos estimados chegam a 42.491 m³. Em termos de tecnologia, explica Paulo Luiz da Fonseca, essas obras estão usando o método de construção por paredes diafragma, com escavação mecânica com auxílio de guindaste. Na execução do desvio do rio Joana, o túnel é escavado por meio do método NATM (New Austrian Tunnelling Method) com utilização de enfilagem, tirante e cambota, quando necessários. Além disso, para viabilizar os reservatórios, foi importada de Portugal uma escavadeira telescópica, que consegue atingir 15 metros de profundidade.
A previsão é que as obras comecem a ficar prontas entre o segundo semestre de 2014 e o primeiro semestre de 2016, quando a cidade do Rio de Janeiro irá sediar os jogos olímpicos. Por isso, os canteiros de obras nos cinco piscinões, e na construção do rio subterrâneo, envolvem atualmente 740 trabalhadores. Juntos, os reservatórios comportarão mais de 100 mil m³ de água – aproximadamente 55 piscinas olímpicas. Já o rio subterrâneo, que terá extensão de 2.400 metros (parte do túnel) e 700 metros de galeria, possui 8 metros de largura e 6 metros de altura. “Ele foi projetado para, num dia de chuva intensa, receber todo o fluxo de água que antes ia para a calha do rio Joana e não tinha mais condições de receber esse volume de água”, relata Wilmar Lopes, diretor de obras do empreendimento.
São Paulo é pioneira
A construção de piscinões para conter enchentes não é novidade no Brasil. A primeira capital a adotar essa tecnologia foi São Paulo, que nos anos 1990 começou a implantar reservatórios para conter o transbordamento de rios e canais. A obra mais emblemática neste sentido, e a maior do país, está localizada em frente ao estádio do Pacaembu, e que comporta 74 mil m³ de águas pluviais. O empreendimento consumiu 6 mil m³ de concreto armado.
Veja vídeos das obras
Entrevistado
Paulo Luiz da Fonseca, chefe de gabinete da Fundação Rio-Águas
Currículo
– Paulo Luiz da Fonseca é graduado em engenharia civil pela Universidade Federal Fluminense (1986) e em matemática (Bacharelado e Licenciatura) pela Faculdade de Humanidades Pedro II (1993).
– Tem especialização em engenharia sanitária e ambiental pela UERJ (1988), em análise de sistemas pela UVA (1990) e em geoprocessamento pela UFRJ (2003).
– Possui mestrado em educação matemática pela Universidade Santa Úrsula (2002) e doutorado em engenharia civil pela Universidade Federal Fluminense (2008).
– Atualmente é engenheiro civil da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Fundação Instituto das Águas do Município do Rio de Janeiro (Rio-Águas) atuando como diretor da diretoria de estudos e projetos (DEP).
– Também é professor-adjunto do departamento de engenharia civil (TEC), setor recursos hídricos e meio ambiente da Universidade Federal Fluminense.
Contato: rioaguas@pcrj.rj.gov.br / ascom.smo@gmail.com
Créditos fotos: Divulgação/Fundação Rio-Águas
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
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