Qual é o tamanho médio da casa própria do brasileiro?
Pesquisa da Fipe mostra evolução na capacidade das famílias de financiar imóveis com metragens maiores
Estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), encomendado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), revela que o tamanho médio da casa própria que os brasileiros conseguem financiar mede 66 m². Houve uma evolução, pois em 2018 eram 58 m². Já os 10% mais ricos do país financiam, em média, casas com 136 m². A pesquisa utilizou dados do Banco Central, do IBGE e do índice FipeZap, que utiliza informações do mercado imobiliário de 16 capitais e do Distrito Federal.
Segundo Eduardo Zylberstajn, economista e consultor da Fipe, o crescimento de 14% na metragem das casas financiadas pela maioria das famílias brasileiras mostra a evolução dos programas habitacionais do país. “O imóvel tem se tornado mais acessível para as famílias. O Brasil vem melhorando ao longo das últimas décadas. Manter a economia em uma trajetória de controle da dívida e responsabilidade fiscal é essencial para a manutenção desse cenário”, explica.
A pesquisa também mostra que, apesar do financiamento imobiliário mais longo se estender por até 35 anos, em média o mutuário consegue quitar seu imóvel em 25,4 anos. Já os 10% mais ricos zeram seus débitos com financiamento imobiliário em 2 anos. O estudo também fragmentou a pesquisa por estado. Ele mostra que as casas com as maiores metragens estão no Distrito Federal – 104,7 m², em média. Já as menores estão no Maranhão, com 34,4 m², em média.
Foram utilizadas informações de todas as capitais das regiões sul e sudeste, 5 da região nordeste, 3 da centro-oeste e uma da região norte, além do Distrito Federal. Esse mapeamento organizado pela Fipe revela o quanto é importante o financiamento imobiliário. Se não existisse a modalidade, uma família com faixa de renda entre 2 e 3 salários mínimos levaria 43,8 anos para poupar os recursos necessários para adquirir a casa própria. O estudo também mostra que mesmo uma família do topo da pirâmide salarial demoraria mais tempo para comprar um imóvel se não existisse financiamento – neste caso, de 4 a 8 anos.
Veja onde o país precisa evoluir para combater melhor o déficit habitacional
Por fim, a pesquisa da Fipe extrai 6 conclusões dos dados coletados, que são os seguintes:
1. Ampliar o acesso à moradia própria é um dos principais desafios do Brasil.
2. Desde 2017 houve uma melhoria acentuada das condições do financiamento imobiliário.
3. Os subsídios do programa Minha Casa Minha Vida (agora Casa Verde e Amarela) facilitaram o acesso à casa própria para as famílias de menor renda.
4. Persiste a desigualdade inter-regional na capacidade de compra de imóveis, seja entre capitais ou entre capitais e interior.
5. O preço do m² nas capitais dificulta a capacidade de compra das famílias, na comparação com o m² das cidades do interior.
6. Os desafios futuros para a compra da casa própria estão concentrados no acesso ao crédito, na capacidade do país de gerar emprego e renda, nas incertezas regulatórias e jurídicas, nas políticas públicas para programas habitacionais e na oferta de imóveis.
Entrevistado
Reportagem com base na pesquisa “Indicadores de Affordability”, realizada pela Fipe, encomendada pela ABRAINC e apresentada no evento Incorpora 2021
Contato
abrainc@abrainc.org.br
Jornalista responsável:
Altair Santos MTB 2330
Cadastre-se no Massa Cinzenta e fique por dentro do mundo da construção civil.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Massa Cinzenta
Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.
15/05/2024
MASP realiza o maior projeto de restauro desde a sua inauguração
MASP passa por obras de restauro em suas estruturas. Crédito: Assessoria de Imprensa / MASP Quem passa pela Avenida Paulista vem notando uma diferença significativa na…
14/11/2024
Seminário Abcic mostra o papel da industrialização nos desafios da construção
Sistemas industrializados permitem a racionalização no uso dos materiais e a redução na emissão do CO₂. Crédito: Divulgação Abcic Com o objetivo de enfatizar a importância de…
14/11/2024
Nova lei permite tributação reduzida sobre valorização de imóveis
A recente promulgação da Lei nº 14.973, de 16 de setembro de 2024, introduziu mudanças significativas no regime tributário para valorização de imóveis. Agora, tanto pessoas…
14/11/2024
Banco Central está criando a moeda digital Drex para facilitar compra e venda de imóveis
O Drex, a nova moeda digital que está sendo desenvolvida pelo Banco Central, promete transformar as operações financeiras no Brasil e pode ser um divisor de águas no mercado…
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.
Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS
Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32
Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.
Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40
Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.
Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI
O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.
Cimento Certo
Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.