Prefeitura de Belo Horizonte investe em obras para estabilização de encostas
As obras emergenciais contam com investimento de R$ 118 milhões
Com a intenção de minimizar ou eliminar o risco geológico em áreas que são comumente afetadas durante o período chuvoso, a Prefeitura de Belo Horizonte programou investimento de R$ 118 milhões para a realização de mais de 200 obras emergenciais pela cidade.
O Programa de Gestão de Risco Geológico-Geotécnico, lançado em junho do ano passado, prevê a finalização do projeto até dezembro de 2023, beneficiando cerca de 245 mil pessoas. Em 2022, foram concluídas 89 obras em vilas e favelas.
“Há obras mais fáceis e outras mais complexas, nós vamos começar pelas mais fáceis para poder avançar rapidamente e vamos atingir toda a cidade“, afirmou o prefeito de BH, Fuad Noman. “Continuamos mapeando, avaliando e estudando quais são as áreas que precisam ser atendidas. Mas estamos dando um grande passo para evitar o risco, evitar mortes, evitar desabamentos e uma série de situações ruins em que a Defesa Civil tem que se virar para não deixar as pessoas morrerem”, destacou.
Estabilização de encostas
O Programa de Gestão de Risco engloba intervenções em pés de encostas, estabilização dos morros e sistemas de esgotamento e drenagem, para que a água não escorra e desestabilize os barrancos.
Dos sete contratos relacionados a encostas, que estão sob a supervisão da Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), duas obras já estão concluídas, conforme informações obtidas com a Prefeitura de Belo Horizonte. São elas: a encosta da Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste, e a encosta da rua Flavita Bretas, na região Centro-Sul.
As outras cinco que estão em andamento são a Pedreira Pitangui (região Nordeste), as Pedreiras Mariano de Abreu II, III e Pompeia (Leste), Pedreiras Mariano de Abreu I e IV (Leste), Pedreira Prado Lopes (encosta da Emei) e Encosta da rua Flor de Liz (Norte).
Agora em fevereiro, as obras de contenção na Encosta da rua Flor de Liz estavam na metade, já garantindo mais estabilidade ao talude (plano de terreno inclinado que limita um aterro) que oferecia risco médio de escorregamento de terras e rolamento de rochas.
Essa encosta tem aproximadamente 9.800 m², dos quais 5.980 m² receberão cobertura em concreto projetado, restando, atualmente, apenas 40% desse serviço para ser concluído. “Essa obra está sendo executada em uma grande área que apresenta inclinação irregular e extensão significativa, exigindo de nossos engenheiros uma diversidade de técnicas para a contenção dessa encosta”, explica Henrique Castilho, superintendente da Sudecap.
Nesse local, já foram feitos os serviços de limpeza da vegetação, remoção de entulhos e também de blocos de pedras soltas. Além disso, com o objetivo de direcionar a descida de água, uma escada hidráulica também já está em funcionamento, auxiliando no sistema de drenagem.
De acordo com a Prefeitura de BH, quando há um grau de risco muito alto, que não pode ser eliminado ou controlado por uma obra, as famílias que estão por lá são removidas definitivamente e encaminhadas para o Abrigo Municipal Granja de Freitas – ou orientadas a acessar o programa Bolsa Moradia, caso se enquadre nos critérios de Política Municipal de Habitação, até o seu reassentamento em uma unidade habitacional.
Fontes
Fuad Noman, prefeito de BH
Henrique Castilho, superintendente da Sudecap
Prefeitura de Belo Horizonte
Jornalista responsável
Fabiana Seragusa
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