Na pandemia, imóveis diferenciados mantêm mercado

Busca por escritórios menores e unidades habitacionais maiores, com home office e garden, vira tendência

Com a adoção do home office permanente, escritórios tendem a encolher na pós-pandemia. Crédito: Cushman & Wakefield/Divulgação
Com a adoção do home office permanente, escritórios tendem a encolher na pós-pandemia.
Crédito: Cushman & Wakefield/Divulgação

O distanciamento social por causa do Coronavírus trouxe uma nova realidade para o mercado imobiliário. Segundo a Buildings, especializada em pesquisa imobiliária corporativa, 80% das empresas brasileiras estimam ter escritórios menores na pós-pandemia. O motivo está relacionado ao fato de que boa parte de seus colaboradores passará a trabalhar em home office, efetivamente. Por outro lado, esses profissionais que serão deslocados para atuar em casa se movimentam para dar um upgrade em suas residências, ou seja, buscam unidades maiores, mais confortáveis e que sejam diferenciadas. 

Entre as características que se destacam, estão espaço para home office e garden. “Veremos a busca por escritórios menores e casas maiores”, diz Fernando Didziakas, sócio da Buildings. A análise é confirmada por Marcos Kahtalian, sócio da BRAIN e vice-presidente de banco de dados do SindusCon-PR. Segundo ele, imóveis diferenciados que oferecem qualidade de vida estão mantendo o mercado, mesmo na crise. O especialista aponta ainda que casas e sobrados tendem a ter maior demanda que apartamentos, por causa do distanciamento social. Porém, ressalta que apartamentos de alto padrão seguem em alta, seja para morar ou investir.

Velho depósito nos fundos de uma casa inspirou a construção de um home office. Crédito: MW Architects
Velho depósito nos fundos de uma casa inspirou a construção de um home office.
Crédito: MW Architects

Quem destaca o investimento em imóveis é Fernando Razuk, vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). “Em um momento de taxas de juros baixa, é comum os investidores buscarem investimentos de maior risco, em busca de mais rentabilidade. Porém, ações de empresas listadas na Bolsa de Valores, fundos multimercados e títulos públicos, entre outros, costumam sofrer grandes oscilações em momentos de crise, podendo gerar perdas aos investidores. O mesmo não ocorre com o valor dos imóveis, que têm oscilações de valores muito menores que ativos financeiros”, diz. 

Pesquisa mostra números do mercado imobiliário, após impacto da COVID-19

No entanto, os analistas de mercado compartilham da tese de que o “novo normal” vai exigir espaços diferenciados nos imóveis, a fim de que eles se diferenciem. Segundo opiniões, os conceitos de antes da pandemia vão mudar. “Vínhamos de uma tendência muito forte dos apartamentos compactos, grandes escritórios e espaços de trabalho compartilhado. A pandemia fez refletir sobre esse modelo imposto e nos levou a focar na qualidade de vida. Agora, a prioridade é por soluções direcionadas à melhoria da nossa moradia”, afirma Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems.

Home office passou a ser peça diferenciada para quem projeta, compra ou investe em imóveis. Crédito: MW Architects
Home office passou a ser peça diferenciada para quem projeta, compra ou investe em imóveis.
Crédito: MW Architects

A fim de entender o impacto da COVID-19 no mercado imobiliário, a Brain Inteligência Estratégica realizou duas pesquisas (com empresários do setor da construção civil e consumidores) e obteve os seguintes números: 78% dos empresários vão manter os lançamentos, mas atrasá-los, enquanto 13% pretendem lançar sem atrasos e apenas 2% vão cancelar o lançamento. Quanto aos clientes, 55% mantiveram a intenção de comprar após a pandemia, mas apenas 16% efetivaram o negócio. Entre os que ainda vão comprar, 42% prorrogarão por tempo indefinido o prazo para decidir a aquisição. A pesquisa intitula-se “Coronavírus: impactos e desafios no mercado imobiliário”.

Veja a pesquisa completa

Assista ao vídeo “Coronavírus: impactos e desafios no mercado imobiliário” – parte 1

Assista ao vídeo “Coronavírus: impactos e desafios no mercado imobiliário” – parte 2

Acompanhe a vídeo-aula “Vendas imobiliárias no momento atual”

Entrevistado
Buildings Pesquisas Imobiliárias (via assessoria de imprensa)
Marcos Kahtalian, sócio da BRAIN e vice-presidente de banco de dados do SindusCon-PR

Contato
contato@buildings.com.br
e-brain@brain.srv.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



Massa Cinzenta

Cooperação na forma de informação. Toda semana conteúdos novos para você ficar por dentro do mundo da construção civil.

Veja todos os Conteúdos

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

Cimento Portland pozolânico resistente a sulfatos – CP IV-32 RS

Baixo calor de hidratação, bastante utilizado com agregados reativos e tem ótima resistência a meios agressivos.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-32

Com diversas possibilidades de aplicações, o Cimento Portland composto com fíler é um dos mais utilizados no Brasil.

Cimento Portland composto com fíler – CP II-F-40

Desempenho superior em diversas aplicações, com adição de fíler calcário. Disponível somente a granel.

Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V-ARI

O Cimento Portland de alta resistência inicial tem alto grau de finura e menor teor de fíler em sua composição.

descubra o cimento certo

Cimento Certo

Conheça os 4 tipos de cimento Itambé e a melhor indicação de uso para argamassa e concreto.
Use nosso aplicativo para comparar e escolher o cimento certo para sua obra ou produto.

descubra o cimento certo