Governo do Paraná estuda continuidade da restauração em concreto da PRC-280

Projeto prevê utilização de Whitetopping em trecho entre Palmas e Pato Branco, na região Sudoeste

Esta é a primeira obra no Paraná que utiliza a técnica de Whitetopping
Crédito: Ari Dias/Agência Estadual de Notícias

Depois de utilizar o Whitetopping na revitalização do trecho da PRC-280 que vai de Palmas ao Trevo Novo Horizonte, em General Carneiro, agora o Estado do Paraná estuda o uso desta mesma técnica em outro trecho da PRC-280, entre Palmas e Pato Branco, atendendo também os municípios de Clevelândia e Mariópolis.

“A PRC-280 tem uma primeira obra, que já está em execução, que vai de General Carneiro até Palmas. Desses 60 km, já tem cerca de 20 km prontos, com os dois lados da pista liberados. Eles estão terminando os outros 40 km e devem finalizar isso até o final do ano. Através de um termo de cooperação técnica entre o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), foi desenvolvido um anteprojeto dos outros 90 km até Pato Branco. Este anteprojeto está pronto e deve ir para licitação este ano. Porém, eles devem dividir a obra em duas partes, por conta dos recursos”, explica Alexsander Maschio, Gerente Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

O investimento do Governo do Estado é de R$ 107,4 milhões e acaba com uma espera de duas décadas por melhorias na trafegabilidade da região. “Havia a necessidade urgente de restauração completa deste trecho da PRC-280”, afirma Janice Kazmierczak Soares, Diretora Técnica do DER/PR.

Vantagens do Whitetopping

Esta é a primeira obra no Paraná que utiliza a técnica de Whitetopping. “Hoje essa obra é uma das maiores do Brasil em extensão – estamos falando de 150 km no total”, aponta Maschio

Janice destaca que nesta obra é realizado um rígido controle tecnológico tanto dos materiais empregados quanto da execução. “Somados à alta tecnologia dos equipamentos utilizados, isto garante longa vida útil e baixo custo de manutenção”, declara Janice.

O ponto mais interessante do Whitetopping é que o pavimento de concreto é feito sobre um pavimento asfáltico deteriorado. “PRC-280 é a pior rodovia do estado. Toda esburacada. Se fosse fazer um pavimento asfáltico novo lá, teria que retirar todo aquele material, escavar, tirar todas as camadas e refazer. No pavimento de concreto, não. Nós usamos tudo aquilo que está horrível como estrutura para um novo pavimento. Essa é a grande vantagem do Whitetopping. Você não precisa escavar ou tirar nada. Só é necessário fazer pequenos ajustes pontuais. E em seguida, é possível usar esse asfalto deteriorado como base para um novo pavimento”, expõe Maschio. 

De acordo com Janice, foram feitos estudos e a restauração em pavimento de concreto (Whitetopping) se mostrou mais vantajosa, pois o custo inicial desta técnica ficou menor que o custo da restauração em pavimento asfáltico, principalmente em decorrência da alta nos preços dos ligantes asfálticos. “Além disso, quando se considera o custo de manutenção, o pavimento de concreto é bem mais econômico, quando bem executado. Enquanto o pavimento asfáltico exige conservação constante a partir do segundo ou terceiro ano de vida útil, o pavimento de concreto é mais resistente, exigindo apenas a troca do material das juntas de dilatação e pequenos reparos nas placas, caso ocorra alguma patologia”, aponta Janice. 

Segundo Maschio, foi realizado um estudo para o DER na época e a obra ficou cerca de 17% mais barata com a técnica de Whitetopping do que a reconstrução em asfalto. 

Entrevistados
Alexsander Maschio é Gerente Regional Sul da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Janice Kazmierczak Soares é Diretora Técnica do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).

Contatos
alexsander.maschio@abcp.org.br
protocolo@der.pr.gov.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP



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