De acordo com o governo de Mato Grosso do Sul, o estado, atualmente, não possui nenhuma rodovia construída com pavimento rígido de concreto, mas essa realidade está prestes a mudar. É o que garante o representante da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seilog), Hélio Peluffo. “É uma modernidade em termos de pavimentação que o governador Eduardo Riedel quer usar em nosso estado, principalmente nas regiões produtoras onde existe muito movimento de caminhões com cargas pesadas.”

Para observar de perto as vantagens do pavimento rígido, o secretário realizou uma visita técnica à rodovia paranaense PRC-280, no início de agosto, ao lado dos diretores da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul). O objetivo foi ver detalhes da estrada, que passou por uma obra de restauração finalizada recentemente, para a aplicação do pavimento de concreto em um trecho de cerca de 60 km entre as cidades de Palmas (PR) e General Carneiro (PR), no acesso a Santa Catarina. A via, que liga o Sudoeste paranaense ao Porto de Paranaguá, é considerada um dos principais corredores logísticos do estado.

“Nessa rodovia, foi utilizada a técnica whitetopping, que consiste na restauração do pavimento onde a estrutura existente (asfalto) foi aproveitada como base para a implantação de uma camada rígida de concreto, que dá maior durabilidade, maior resistência e maior capacidade de tráfego”, explica o diretor de Projetos e Orçamentos da Agesul, Dalvim Romão Junior. “A expectativa é implementar isso em nosso estado”, reafirma o executivo, referindo-se ao Mato Grosso do Sul.

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O secretário Peluffo já havia adiantado, no final de junho, que a partir de setembro a revitalização das estradas de MS seria prioridade do governo, principalmente com o investimento na construção de estradas de concreto, por serem mais resistentes ao peso dos grandes veículos e às alterações climáticas – e para atender à demanda da expansão industrial do estado, particularmente no ramo da celulose e do minério.

No entanto, a equipe de comunicação da Seilog, de MS, explicou que ainda não há uma previsão de quando as obras serão colocadas em prática, de fato, e que a equipe responsável está estudando a viabilidade da utilização do método em “projetos futuros de restauração de rodovias no estado”.

O uso do pavimento rígido vem ganhando cada vez mais espaço em ruas e estradas pelo país, já sendo muito comum em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Segundo os especialistas, a técnica tem baixo custo de manutenção e oferece vida útil de até 20 anos, proporcionando maior resistência em relação ao tráfego pesado, mais segurança contra derrapagens e melhores condições de drenagem de águas da chuva.

Fontes
Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seilog)
Hélio Peluffo, secretário da Seilog
Dalvim Romão Junior, diretor de Projetos e Orçamentos da Agesul

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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