Furnas integra metodologia BIM a Sistema de Informação Geográfica em projeto
Com protótipo na Usina Hidrelétrica de Mascarenhas de Moraes, iniciativa visa melhorar eficiência de obras
Dentre os principais problemas na contratação e execução de obras públicas estão os projetos deficientes e mal planejados. Para trazer mais eficiência e melhorar o desempenho nestes processos, a FURNAS Centrais Elétricas e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram um projeto pioneiro que integra o Building Information Modeling (BIM) ao Sistema de Informação Geográfica (GIS) e ao Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais).
Intitulada “Desenvolvimento de Metodologia utilizando o conceito BIM aplicada a projetos de Subestações Integrados a Sistema de Inteligência Geográfica (SIG) e ao Enterprise Resource Planning (ERP)”, a iniciativa pertence ao Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da ANEEL.
Como funciona?
Sobretudo, o BIM permite simular, estimar e ampliar processos de um projeto de engenharia. Com isso, ele possibilita projetar todas as fases do ciclo de um empreendimento em ambiente de desenho tridimensional com a integração de atributos e características elétricas do ativo, integrada ao GIS e ao SAP (modelagem 3D paramétrica), com domínio do cronograma (4D) e custos (5D).
Neste projeto, FURNAS utilizou a metodologia BIM para apoiar a modernização de usinas e subestações. O primeiro protótipo BIM é da Usina Hidrelétrica de Mascarenhas de Moraes (MG) e de sua respectiva subestação. A implantação desta primeira experiência BIM em FURNAS vai de 2022 (BIM 3D) a 2028 (BIM 7D).
“Além de minimizar os impactos de eventual perda de receita por atraso nos projetos, o P&D+I BIM tem a missão de atingir a dimensão 7D, que contempla a operação e manutenção de ativos. Também vai permitir a integração do Cadastro de Ativos com a nova base de transmissão da ANEEL”, explica Ana Marotti, engenheira de FURNAS, que lembrou a possiblidade de aproveitamento do modelo pelas demais empresas do grupo Eletrobras.
Um dos grandes diferenciais deste projeto é a integração com o geoprocessamento, bem como a possibilidade de compartilhamento das informações entre diversos setores da companhia. “Todas as informações reunidas no BIM trazem parâmetros que antes estavam em banco de dados isolados na empresa. Hoje, tais parâmetros estão todos disponibilizados em tempo real de projeto. Em caso de necessidade de simulação de uma ampliação de subestação, por exemplo, é possível ter acesso a estas informações que antes ficavam ilhadas em partes diferentes da empresa. Isso confere mais precisão e efetividade ao projeto, que passa a ser baseado em evidências diárias que a operação do ativo vivencia. Além disso, minimiza erros, perdas e retrabalhos no caso de uma licitação de compras”, afirma, Gerson Lima, pesquisador da UFU.
BIM Mandate
Este projeto de pesquisa e desenvolvimento também prevê a criação do BIM Mandate, um caderno de encargos que contemplará a metodologia de planejamento, concepção e construção de projetos. Segundo FURNAS, ele servirá de referência para o desenvolvimento de futuros empreendimentos e ampliações de subestações e usinas.
“O setor elétrico precisa avançar na gestão integrada de suas obras, garantindo transparência em todas as etapas do ciclo de um empreendimento, ampliando eficiência e reduzindo custos. Dentro deste contexto, esse projeto de P&D+I é estratégico e está totalmente alinhado à diretriz de Inovação Tecnológica da empresa, objetivando difundir e promover a adoção de uma metodologia integrada BIM/GIS/ERP em FURNAS, e referencialmente nas empresas Eletrobras, como requisito indispensável para o planejamento, acompanhamento, operação, manutenção e fiscalização dos empreendimentos de geração e transmissão de energia”, destaca Fabiana Teixeira, Superintendente de Estudos de Mercado e Inovações de FURNAS.
Fontes
Ana Marotti é engenheira de FURNAS
Gerson Lima é pesquisador da UFU
Fabiana Teixeira é superintendente de Estudos de Mercado e Inovações de FURNAS
Contato
Assessoria de imprensa – imprensa@furnas.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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