Europa é aconselhada a substituir asfalto por concreto nas estradas

Novas medições da EUPAVE mostram que emissão de CO₂ é ainda mais baixa que o revelado em estudos anteriores

O mais recente estudo da EUPAVE (European Concrete Paving Association [Associação Europeia de Pavimento de Concreto]) recomenda aos países-membros que, ao abrirem novas rodovias ou restaurarem as já existentes, optem pelo concreto em vez do asfalto. A sugestão está ligada às novas medições apresentadas pelo organismo, que mostram que 1 m2 de superfície de concreto, em comparação ao asfalto, ajuda a impedir a emissão de 22,5 kg de CO2 na atmosfera.

A análise diz ainda que o pavimento de concreto ajuda a minimizar a emissão causada pela indústria de cimento na Europa. “O concreto usado nas estradas compensa, em média, 45% do CO2 emitido pela mesma quantidade de cimento produzido nas fábricas”, afirma o relatório da EUPAVE intitulado “Estradas de concreto podem fortemente contribuir para a redução das emissões de CO do transporte rodoviário”. O estudo elenca outras vantagens relacionadas ao pavimento de concreto.

Entre elas, que em 1 quilômetro de uma rodovia asfaltada são necessários 20 postes de iluminação para que ela ofereça o mesmo nível de visibilidade de uma estrada com piso rígido. No pavimento de concreto, o trecho de 1 quilômetro requer 14 postes de iluminação. A EUPAVE se baseou em uma experiência realizada no Canadá. “A refletividade superior do concreto permite gerar economia nos custos de iluminação de ruas e rodovias. Em Quebec-Canadá, rodovias com pavimento de concreto geram economia de 30% a 35% no custo da iluminação pública”, cita o organismo europeu.

Uso de resíduos no pavimento rígido está em teste na Holanda, no Reino Unido e na Austrália

O estudo também avalia que o concreto é melhor para agregar resíduos em pavimentos, como borracha moída de pneus velhos, entulhos da construção e plástico reciclado. Pesquisa financiada pela Volvo Construction Equipment estima que até 2050 as rodovias e as avenidas espalhadas pelo mundo serão construídas em cima de conceitos rígidos de sustentabilidade. Por isso, precisarão incorporar resíduos em sua composição. Na Holanda, por exemplo, está em teste o PlasticRoad.

Rodovias europeias construídas com pavimento de concreto emitem bem menos CO₂ que as revestidas com asfalto Crédito: EUPAVE
Rodovias europeias construídas com pavimento de concreto emitem bem menos CO₂ que as revestidas com asfalto
Crédito: EUPAVE

Trata-se de plástico reciclado agregado a placas pré-moldadas de concreto para a construção de estradas modulares. O primeiro trecho foi instalado em 30 metros de uma ciclovia em Zwolle, cidade localizada no leste holandês. A expectativa é de que em 5 anos a mesma tecnologia possa ser transferida para as estradas, trazendo a construção industrializada e os pré-fabricados definitivamente para dentro da engenharia de rodovias.

Outra tecnologia em desenvolvimento avança no Reino Unido, em uma pesquisa em conjunto entre as universidades de Bath, Cardiff e Cambridge. O objetivo é construir estradas do futuro com concreto autocicatrizante, a fim de estender a vida útil de um pavimento para além de 50 anos. As projeções são de que a economia gerada pela baixíssima manutenção reduziria o custo de uma rodovia em até 50%.

Na Austrália, pesquisadores da RMIT University, localizada em Melbourne, estão focados no desenvolvimento de outra tecnologia que possa ser agregada ao pavimento de concreto. Ela envolve resíduos de pneus e entulhos da construção civil. O objetivo é criar um pavimento urbano alternativo para ruas onde predomina o tráfego de veículos leves.

Veja vídeo da EUPAVE sobre pavimento de concreto

Entrevistado
EUPAVE (European Concrete Paving Association [Associação Europeia de Pavimento de Concreto]) (via assessoria de imprensa)

Contato
info@eupave.eu

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330



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