Cada emprego direto na indústria do cimento gera 4 novos postos de trabalho
Setor movimenta R$ 480 milhões em geração de valor (PIB) e arrecada em torno de R$ 55,4 milhões em impostos
O concreto é o segundo material mais consumido no mundo, de acordo com o World Business Council of Sustainability. Consequentemente, isto se reflete também na quantidade de postos de trabalho que ele gera. De acordo com o estudo “Encadeamento da indústria do cimento no Brasil” do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), para cada milhão de toneladas de cimento produzidas no Brasil são necessários cerca de 1200 empregos criados (diretos, indiretos e induzidos). Isso tudo corresponde a aproximadamente R$ 480 milhões em geração de valor (PIB) e arrecadação ao redor de R$ 55,4 milhões em impostos.
O estudo levou em conta o período de 2007 a 2018, analisando dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) e Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), do IBGE. “Neste período, tivemos um grande ‘boom’ de crescimento – que foi entre 2004 e 2014. Depois, também vivenciou uma grande queda no consumo de cimento, que foi de 2015 a 2018. Temos, então, dois extremos. Isso trouxe sustentabilidade aos nossos estudos”, comenta Flávio Guimarães, economista do SNIC.
Estudos de caso
O estudo mostra como se deu a evolução da economia local antes e depois da instalação da unidade, a ampliação dos empregos, o crescimento econômico e a acumulação de riqueza na região.
Um dos exemplos analisados foi a cidade de Baraúnas (RN), que teve uma fábrica inaugurada em 2011. “Os dados mostram que, em 2006, era um município onde 51,4% do PIB era proveniente da agropecuária. Em 2016, quatro anos após a instalação da fábrica, o perfil mudou bastante: o setor de agropecuária passou a responder por 8% do PIB, enquanto a indústria ficou responsável por 31%. Além disso, o PIB relacionado a serviços privados subiu de 17% para 31% – isto corresponde aos serviços necessários para atender este novo perfil de população. Neste mesmo período de 2006 a 2016, o número de empregos na cidade subiu de 3.000 para 4.000. Ao mesmo tempo, o PIB da cidade saiu de R$ 400 milhões para quase R$ 700 milhões. Por último, a movimentação bancária no município quase dobrou – foi de R$ 30 milhões para quase R$ 60 milhões. Esses dados mostram o poder de uma indústria em uma localidade”, revela Guimarães.
Outra localidade analisada pelo estudo foi o município de Xambioá (TO), que teve uma indústria instalada em 2009. “Neste caso, a indústria saltou de 15% para 47% do PIB. Já a evolução do emprego subiu de 1.000 para 1.500 durante o período. O PIB também saiu de R$ 200 milhões para R$ 400 milhões. Por último, o volume de ativos financeiros também subiu de R$ 100 milhões para mais de R$ 200 milhões”, pontua Guimarães.
Para Guimarães, esses dados reiteram a força do encadeamento econômico da indústria cimenteira retratando efeitos evidentes nas localidades onde as fábricas de cimento foram instaladas como a evolução da economia local antes e depois da instalação da unidade, a ampliação do emprego, o crescimento econômico e a acumulação de riqueza na região. “É nítido o ganho econômico, social e sustentável de uma fábrica de cimento em uma localidade”, conclui.
Entrevistados
Flávio Guimarães é economista do SNIC
Contato
Assessoria de imprensa – SNIC – daniela.nogueira@fsb.com.br
Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP
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