O que é mais barato: construir ou comprar pronto?
Ainda que os índices para construção própria sejam mais em conta, o gerenciamento da obra é decisivo para não estourar o orçamento
Ainda que os índices para construção própria sejam mais em conta, o gerenciamento da obra é decisivo para não estourar o orçamento
Por: Altair Santos
Em maio de 2015, o valor médio do Índice Nacional da Construção Civil (INCC), medido pelo IBGE e pela Caixa Econômica Federal, foi cotado em R$ 1.001,31. Trata-se do indicador que mede a variação dos preços de materiais, mão de obra e matéria-prima da construção civil. Por isso, serve de balizador para quem constrói e faz crer que, em comparação com outros índices – como os que medem o m² construído -, seja mais barato viabilizar um empreendimento por conta própria do que comprar o imóvel pronto.

Mas não é tácito afirmar que construir é mais barato que comprar pronto. Ainda que o metro quadrado construído seja, em média, de cinco a seis vezes mais caro que o INCC, é preciso colocar nesta conta o custo do gerenciamento da obra e também do terreno em que ela será erguida. Se quem for construir por conta própria tiver um bom engenheiro civil, mão de obra qualificada e souber comprar os materiais adequadamente, a obra, de fato, pode custar mais barato. Caso contrário, o estouro do orçamento pode ser inevitável.
Segundo o engenheiro civil Euclésio Manoel Finatti, assessor de relações com o setor empresarial do CREA-PR, para quem vai construir por conta própria o gerenciamento é decisivo. “Quando o gerenciamento é feito com o objetivo de otimizar a execução, promover compras programadas, buscar custos, prazos e qualidade, ele atinge seu objetivo: reduzir o custo da obra. Um bom gerenciamento se paga. Por outro lado, caso o gerenciamento seja desastroso, a obra pode ficar mais cara que comprar pronto”, avalia.
A recomendação para quem se propõe a viabilizar uma obra, seja residencial, comercial ou industrial, é que contrate especialistas competentes. “Um bom arquiteto e um bom engenheiro civil basta para que uma obra seja feita corretamente e adequada ao seu custo. O dono da obra não deve contratar mão de obra. Isto é atribuição de quem conhece de execução de obra, que é o engenheiro. Este é um dos papéis deste profissional: saber selecionar a mão de obra adequada para cada parte, cada fase da obra”, complementa Finatti.

Retrabalho fulmina custo da obra
Sobre o que pesa mais no custo da obra, se materiais, mão de obra ou terreno, o especialista do CREA-PR revela que o impacto do terreno chega, no máximo, a 20%. Significa que a influência de mão de obra e materiais é maior no preço final. “Um profissional sem a qualificação devida causará prejuízo, pois o trabalho terá que ser refeito. Por outro lado, materiais de construção de qualidade duvidosa também geram retrabalho. Neste caso, o custo é dobrado, pois paga-se para retirar e refazer o serviço”, afirma.
Por fim, Euclésio Finatti explica que o preço da obra pronta é maior por, normalmente, existir a figura do investidor neste tipo de empreendimento. “O investidor colocou seu capital antes, e quer remunerá-lo – ao menos no valor da inflação do período. Nesta conta, ele ainda acrescenta seu ganho como investidor, e também o custo da obra. Tudo isso somado deixa a construção pronta mais cara”, reitera.

Entrevistado
Engenheiro civil Euclésio Manoel Finatti, assessor de relações com o setor empresarial do CREA-PR
Contato: euclesio@braengel.com.br
Créditos Fotos: Divulgação/CREA-PR/Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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