Linha Verde terá mais concreto na segunda etapa

Nova fase da principal obra urbana de Curitiba espera liberação de recursos para começar em 2010

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Linha Verde, em Curitiba: segunda etapa aguarda recursos e começará em 2010
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A Prefeitura de Curitiba finaliza a obtenção de recursos para iniciar as obras da segunda fase da Linha Verde, que irá do bairro Jardim Botânico até o Atuba. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) já anunciaram que financiarão o novo trecho, que custará US$ 138 milhões (cerca de R$ 270 milhões). Assim que vier o dinheiro, o projeto, que já está consolidado, começa a sair do papel – provavelmente no início de 2010. O certo é que, por circunstâncias da topografia, a segunda fase da Linha Verde terá mais concreto do que a etapa em fase final de conclusão, que liga o Pinheirinho ao Jardim Botânico.

Segundo o engenheiro civil Wilson Justus, coordenador-geral da Unidade Técnica Administrativa de Gerenciamento (Utag), órgão ligado à Secretaria Municipal de Obras Públicas da Prefeitura de Curitiba, o conceito da nova etapa do eixo urbano seguirá o mesmo do trecho sul, com canaleta central para ônibus, vias locais e vias marginais. “A diferença é que nesta etapa a topografia permitirá a construção de trincheiras e haverá uma adaptação dos viadutos existentes, que precisarão ser alargados para permitir a canaleta exclusiva do ônibus e as três faixas de rolamento em cada sentido”, revelou.

Justus também anunciou que haverá mais obras em concreto na segunda etapa. “Se você considerar que nós vamos mexer com trincheiras e viadutos, além da canaleta, podemos dizer que teremos mais concreto no trecho norte da Linha Verde”. Nesta nova etapa, a Prefeitura de Curitiba continuará contando com a parceria da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) para a pavimentação da canaleta e para as adaptações dos viadutos sobre as avenidas Afonso Camargo e Victor Ferreira do Amaral.

Pontes novas

A primeira fase da Linha Verde também incluiu a construção de duas pontes em concreto, cada uma medindo 70 metros, e que estão em fase final de construção no bairro Prado Velho. As obras permitiram que fossem erguidas galerias mais largas para a passagem do rio Belém. Com a obra, diminuirão os alagamentos na região. “Quer dizer, além das obras visíveis em concreto, há outras, que não são tão perceptíveis, mas que também absorvem uma boa quantidade do material”, afirmou Justus.

 

Curiosidades
* Quando concluída, a Linha Verde se tornará a maior avenida de Curitiba, com aproximadamente 18 quilômetros, cortando 14 bairros da cidade.
* O eixo urbano terá capacidade de tráfego para 100 mil veículos por dia.
* A primeira etapa da Linha Verde custou R$ 121 milhões.

 

Texto complementar

Eixo tem homônimo em Belo Horizonte

Linha Verde, em Belo Horizonte: eixo liga capital com região metropolitana e custou R$ 400 milhões
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A Linha Verde não é uma exclusividade de Curitiba. Belo Horizonte também tem a sua. A coincidência entre os eixos das capitais paranaense e mineira é que eles urbanizaram rodovias que cortavam as cidades. No caso da obra em Minas Gerais, ela liga o centro da cidade ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de BH. A construção tem 35,4 quilômetros de extensão, custou R$ 400 milhões e incluiu 20 viadutos e duas trincheiras.

Ao contrário da Linha Verde de Curitiba, a de Belo Horizonte não recebeu pavimentação em concreto. “O sistema viário deles não previu canaleta exclusiva, que é uma característica única da nossa Linha Verde”, observou Wilson Justus, coordenador-geral da Unidade Técnica Administrativa de Gerenciamento (Utag), órgão ligado à Secretaria Municipal de Obras Públicas da Prefeitura de Curitiba.

A obra mineira beneficia mais de 3 milhões de pessoas e corta 100 bairros de Belo Horizonte, além de dez municípios que integram a região metropolitana da cidade. O empreendimento, bancado pelo governo de Minas Gerais, começou em maio de 2005 e foi entregue em dezembro do ano passado.

Segundo o gerente regional da ABCP-Sul, Carlos Roberto Giublin, a tendência das grandes cidades brasileiras é adotar anéis viários como os construídos em Curitiba e em Belo Horizonte. “Eles agregam viadutos, passarelas e contornos que permitem maior fluidez do tráfego. Se bem construídos, os anéis viários redistribuem o fluxo de veículos ao longo de todo o perímetro de uma cidade. Mas é preciso tomar cuidado. Se ficarem cheios de sinaleiros, podem se transformar em vias entupidas de gente e de carros”, alerta.

Entrevistados:
Wilson Justus: justus@smop.curitiba.pr.gov.br
Carlos Roberto Giublin: roberto.giublin@abcp.org.br

Jornalista responsável – Altair Santos MTB 2330 – Tempestade Comunicação



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