Lean Construction mexe com paradigmas do setor
Filosofia transforma cultura da construtora, para que resultados não sejam obtidos em apenas uma obra, mas em todos os processos da empresa.
Filosofia transforma cultura da construtora, para que resultados não sejam obtidos em apenas uma obra, mas em todos os processos da empresa
Por: Altair Santos
Em agosto, o Brasil sedia pela primeira vez um encontro internacional sobre Lean Construction. O evento acontecerá em São Paulo e o objetivo é atingir engenheiros, gerentes, superintendentes e diretores de construtoras que atuam em obras rodoviárias, metroviárias, ferroviárias, portuárias, usinas hidroelétricas, termoelétricas e nucleares, plataformas off shore, instalações petrolíferas e petroquímicas, além de pontes, viadutos, aeroportos, oleodutos, gasodutos, linhas de transmissão, obras de saneamento, edifícios residenciais, comerciais, condomínios, edificações para fábricas, shopping centers e hotéis.
Para Jevandro Barros, diretor-geral do Institute for Operational Excellence Brasil – promotor do 1º Summit Internacional IOpEx – essa é a chance de a filosofia Lean ganhar corpo no país. “As empresas necessitam buscar diferenciais competitivos que as levem a outros patamares de resultados. As margens de lucro dos projetos estão cada vez menores, a produtividade do colaborador brasileiro ainda é muito baixa se comparada a outros países, os desperdícios em nossos processos ainda são muito elevados e nossa expectativa é de que a construção consiga se adaptar à filosofia Lean”, avalia.
O Lean é uma filosofia de gestão e a Lean Construction é a adaptação para o mercado de construção. O modelo engloba conceitos como TQM (Total Quality Management ou Gestão da Qualidade Total), Just in Time (programa que reduz o desperdício), assim como o Just in Sequence (automação do Just in Time), o BSC (sistema de gestão de desempenho) e a Teoria das Restrições, voltada para o aumento do desempenho, entre outros desenvolvedores. “Procuramos juntar o que há de melhor em relação a modelos de gestão e metodologias de aumento de performance, adaptando-os às particularidades da construção civil”, explica Jevandro Barros.
O objetivo da Lean Construction é mexer com paradigmas do setor, entre eles:
– Entregar a obra no prazo.
– Manter a satisfação e o envolvimento de seus colaboradores do início ao fim da obra, atentando para aspectos voltados à Segurança, Meio Ambiente, Ergonomia e Motivação.
– Produzir com qualidade.
– Reduzir os desperdícios dos processos produtivos e administrativos.
– Reduzir custos e, com isso, aumentar a margem operacional.
– Satisfazer seu cliente desde o início até a entrega do empreendimento.
– Alcançar resultados estratégicos de seus respectivos negócios de forma orientada, padronizada e com sustentabilidade.
Arena Amazônia
De acordo com Jevandro Barros, a Lean Construction tem um mercado praticamente inexplorado no Brasil. “Algumas empresas brasileiras, principalmente da área civil predial, vêm desenvolvendo iniciativas de caráter experimental, ou seja, através de pequenos e rápidos projetos-piloto. No país, o primeiro grande projeto de Lean Construction ocorreu na construção da Arena da Amazônia. O estádio é o nosso principal case para disseminar o sistema na construção civil”, cita, relacionando as conquistas obtidas na obra erguida em Manaus para a Copa do Mundo:
– Aumento médio da produtividade dos colaboradores da produção de 35%.
– Aumento médio da produtividade dos colaboradores administrativos de 25%.
– Aumento do índice de satisfação dos colaboradores.
– Redução média do número de desperdícios nos processos (produtivos e administrativos) de aproximadamente 60%.
– Redução média dos custos dos projetos de 20% a 40% em relação ao orçamento (mão de obra, materiais, equipamentos, ferramentas, projetos).
– Redução média dos prazos intermediário e final entre 15% e 35% em relação ao planejado.
Como a Lean Construction é também um modelo de gestão, a construtora interessada em implantar o processo não pode ter ansiedade para obter resultados. “Para que a empresa possa colher resultados realmente sustentáveis, pode levar de três a cinco anos. Este é um excelente período para que as mudanças sejam feitas e para que as pessoas possam assimilar todo o processo de melhoria contínua como um todo. Dentro de todo o processo há planejamentos de curto, médio e longo prazos”, alerta o especialista.
Entrevistado
Engenheiro mecânico Jevandro Barros, diretor-geral do Institute for Operational Excellence Brasil, com MBA em Gestão e Sistemas de Produção para Indústria Automotiva pela UFRJ, Lean Expert pela Lean Coaching da Alemanha, Lean Construction Specialist pelo Institut fuer Innovation und Management GmbH – Alemanha e Lean Construction Expert pelo The Associated General Contractors of America – USA
Contato: www.instituteopexbrasil.org/site/home/contato
Créditos Fotos: Divulgação/Chico Batata/Agecom-AM
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
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